O caminho da riqueza - Paititi
PAITITI- O CAMINHO DA RIQUEZA
O trevo de quatro folhas da Caixa, em forma de Mega-sonhos
O ser humano busca, fingindo que não, a riqueza material, pois a espiritual ele tem de graça todos os dias, rezando, orando e consultando as bolas de cristal, horóscopos, e até fazendo promessas subindo escadarias de igrejas ou fazendo caminhadas como essa de Trindade, aqui em Goiás, ou aquelas romarias em Aparecida, sem falar em tantas outras espalhadas de norte a sul do nosso Brasil varonil.
Confesso que posso assumir aqui o rótulo pejorativo de puritano pois durante toda minha vida, posso me gabar de nunca ter feito isso ou aquilo que os meus códigos de ética não permitiram e ainda não permitem e posso citar dois exemplos: Nunca fiz uma “fezinha” num jogo de bicho, pois sempre achei isso um engodo e praticada por pessoas de má fé e nunca subi escadarias de igrejas, pois em meus momentos difíceis nunca pedi “graças” e sequer prometi nada pra ninguém “superior”, pra não ter que pagar.
Mas... do alto dos meus 66 anos, começo a rever certos conceitos que sempre tive. Não vou usar a palavra preconceito, pois acho que esse termo ficou muito deturpado e convenhamos que a palavra em si, no verdadeiro sentido, não é nada tão horrorosa assim, como a mídia prega. Preconceito pra mim significa, desconfiar, ou seja, você não tem certeza se pode confiar nessa ou naquela pessoa, nisso ou naquilo que estão lhe dizendo, melhor ficar com um pé atrás, como é o que fazem os Mineiros e depois de exercitar o direito natural de conceituar, e aí tudo bem, você segue em frente.
Se eu ganhasse sozinho uma mega-sena de 70 milhões eu até que poderia reservar um gás pra subir de joelhos qualquer escadaria que o meu atual vigor físico suportasse – rssss. Promessa feita e se algum dia me virem assim, podem chegar e começar a bajular. rsssss
O motivo dessa brincadeira é que tenho sido um freqüentador assíduo de casas lotéricas e toda semana faço minha aposta de R$20 quando o premio acumula acima de R$10 milhões. Comigo tudo é exagerado, até pra ter sorte, sou exigente, quero ganhar sozinho (de preferência) e acima do teto mínimo. Calma ai minha gente, eu quero ganhar sozinho não por egoísmo, é porque tenho uma família muito grande e somente em Ponte Nova, sabe-se lá quantos primos eu tenho oficiais e não oficiais.
Depois daquele incidente no Rio Grande do Sul e outros sobre os Bolões a gente percebe o quanto a malandragem aqui fora é a escola da corrupção que contamina a classe de políticos. Bolão somente se deve participar com amigos e mesmo assim com um documento assinado por todos.
Minha suspeita maior reside ainda no fato de que com a tecnologia moderna, um malandro que opere o sistema central de apostas, pode meia hora antes de fechar todas as apostas, fazer uma leitura rápida no computador e detectar as combinações ausentes e fazer um cartão simples de R$,2,00 e levar todo bolo sozinho.
Mas, na esperança de que isso seja impossível e bem controlado, continuo no caminho dos sonhos para um dia chegar a Paititi e encontrar sozinho o meu tesouro, para então eu poder mandar cobrir com pedrinhas de brilhante todos os caminhos que me levarão a Machu Picchu.