Por que um Adolescente Frequentaria a UBT?
Por JB Xavier
Extraído do Informtivo nº 405 - Março de 2012


 

   Escuta, mano, vc já se fez essa pergunta? Já levou algum papo reto tentando fazer a cabeça do carinha para que ele largue sua turma, seu som nervoso, suas minas, seu futebol e deixe de curtir uma tarde sarada de sábado, sem aulas, sem trampo escolar, sem “time” para ir prá cama e venha para uma reunião da UBT? Se você conseguiu que ele viesse, largando isso tudo, e se o carinha retornou outras vezes, então mano, agito para você! Desculpe eu quis dizer parabéns! Você descobriu a fórmula de garantir o futuro da UBT no Brasil. É isso que todos queremos! E se você realmente conseguiu, conte para nós como foi isso! Qual é o truque, porque na maioria das vezes em que conseguimos trazer adolescente para uma reunião da UBT, deixamo-lo durante duas horas ou mais, sentado, olhando para a nuca do ancião à frente, ouvindo um assunto que não lhe diz respeito,e pelo qual não tem o mínimo interesse. Pequenininho com seus 15 anos, perdido entre marmanjos na faixa dos 70 e acima, ele pode até vir uma vez, e, se for educado, aguenta a “tortura”, mas nunca mais volta. Não  importa se quem o trouxe - pais, tios, avós ou amigos - se esforcem para “dourar a pílula” dizendo a ele que agora aprenderá a fazer trovas e será reconhecido como trovador. “E daí?” - pensa o moleque -”Quem precisa disso?” Obviamente ele não pensa alto, senão leva uns petelecos do acompanhante. Sua vingança será ainda mais terrível para a renovação da UBT: Ele simplesmente não volta mais, e assim, temos um futuro trovador a menos em nosso meio. 

    Se você estranhou o linguajar do início deste artigo, acredite, você está caminhando sobre parte do problema para a renovação da UBT. A coisa é um pouco mais complexa do que simplesmente conseguirmos trazer  jovens para a UBT.  Temos como  concorrente uma super oferta de divertimentos aos jovens, muito mais interessante - do ponto de vista deles - que uma tarde passada em uma reunião que não tem nada a ver com sua juventude. Mas, mesmo sendo difícil, dá-se um jeito e ao final acabamos por conseguir que algum colégio abrace a ideia. A questão é outra. Costumo dizer que é preferível a resposta errada para a pergunta certa,  que a resposta certa para a pergunta errada.
 

   Diante disso não é difícil perceber que estivemos fazendo a pergunta errada até agora: “Como faremos para trazer jovens para a UBT?”, quando deveríamos estar perguntando: “Como faremos para MANTER NA UBT os jovens  que conseguirmos trazer?” Essa é a verdadeira questão, e é de difícil solução, porque passa por termos que abandonar nossas velhas maneiras de pensar e assim, prepararmos nossas reuniões para serem assistidas por jovens, que abriram mão de divertimentos interessantes para estarem ali. Ok! certamente quem me lê agora deve estar perguntando: “ E como faremos isso?” Bom, eu sugeriria que respondessem a pergunta do título, com a cabeça de um jovm de 15 anos.  É um bom começo.


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UBT
Enviado por UBT em 08/03/2012
Reeditado em 09/12/2012
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