DO LIVRO OS PENSADORES – KEYNES/KALECKI, (abril cultural-1978),

DO LIVRO OS PENSADORES – KEYNES/KALECKI, (abril cultural-1978), inflação e deflação, escrito em 1931.

A melhor maneira de destruir o sistema capitalista é desmoralizar a moeda. Por um contínuo processo de inflação, os governos podem confiscar, de modo secreto e despercebido, parte importante da riqueza de seus cidadãos. Com este método, eles não apenas confiscam, mas confiscam arbitrariamente; e, enquanto o processo empobrece a muitos, de fato enriquece a alguns. A visão desse arbitrário remanejo repercute não somente na segurança, mas também na confiança quanto á equidade da existente distribuição da riqueza. Aqueles a quem o sistema traz ganhos extraordinários, além de seus merecimentos e mesmo além de suas expectativas e de seus desejos, se tornam “especuladores”, objeto do ódio da burguesia – empobrecida pelo inflacionismo – assim como do ódio do proletariado. Na medida em que a inflação avança e o valor real da moeda flutua selvagemente de um mês para o outro, todas as relações permanentes entre devedores e credores, que formam o fundamento último do capitalismo, se tornam tão completamente desordenadas que passam quase a não ter sentido; e o processo de aquisição da riqueza degenera em jogo e loteria. (1919-Lênin). Tal processo foi muito usado sempre em tempos de guerra, embora no século passado, praticamente não teve inflação.

A inflação estimula a produção e o emprego para haver equilíbrio necessita de aumento salarial; a deflação inibe a produção e o emprego .

O século passado foi marcante pela criação e confiabilidade no sistema de investimento em papel, e criou a classe investidora, poupava-se e investia em papel , e tudo isto foi feito com enorme confiança, pois toda a poupança feita, rendiam dividendos, e assim teve segurança por quase um século, pelo menos por três gerações, e isto foi até a bancarrota de 1929.

No começo estes arranjos separaram os administradores da propriedade sua posse, surgindo daí : 1) Sociedade anônima, onde o proprietário era dono das ações ordinárias(papéis) embora não fica na administração da propriedade; 2) Arrendamento, onde locava temporariamente a propriedade; 3) Hipotecas, bônus, debêntures e ações preferenciais (pleno desenvolvimento do investimento), onde o proprietário desfaz da propriedade por uma renda anual perpétua em dinheiro, ou por um parte em dinheiro e uma parte anual.

Com este sistema, a ativa classe empresarial poderia chamar em apoio de suas empresas não apenas sua própria riqueza, mas as poupanças de toda a comunidade. De outro lado, as classe profissionais e proprietárias poderiam encontrar um emprego para seus recurso que lhes traria poucos problemas, nenhuma responsabilidade e (acreditava-se) pequeno risco. Assim funcionou o sistema por cem anos na Europa, com extraordinário sucesso, facilitando o crescimento da riqueza em escala sem precedente. Poupar e investir rapidamente se tornou a obrigação e a delícia de uma grande classe. As poupanças eram raramente sacadas e, acumulando-se a juros compostos, tornaram possíveis os triunfos materiais que todos agora reconhecemos; contudo tal sistema é ancorado em estabilidade da moeda de forma perpétua.

A estabilidade da moeda não interessa aos governos (que também é um tomador, através de títulos públicos) , e a classe devedora ( tomadores de dinheiro), que politicamente tende de tempos, em tempos desestabilizarem a moeda, criarem a inflação (desvalorizarem a moeda) e recolherem os benefícios das poupanças da comunidades, empobrecendo-as.

Assim devemos entender que quando criados os sistemas financeiros, durou por muito tempo , por que era sério, responsável, a política deste século, e a ganância, criou mecanismo escusos, interesseiros, e aí temo o capitalismo selvagem, a globalização.

Bragança Pta.-SP, 01 de Janeiro de 1999.

ESTRELADA DA MANTIQUEIRA

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Enviado por estreladamantiqueira em 14/02/2012
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