Pelos Caminhos do Mundo
Há pouco mais de trinta anos, quando morava na histórica cidade de Penedo, li esse livro do título acima, de autoria do Professor Silveira Bueno, cuja segunda edição data de 1956. Por ter gostado de seu conteúdo, ofereci, em empréstimo, a algumas pessoas do meu restrito relacionamento, na confiança de que seria devolvido sem nenhuma cobrança.
Mudei de cidade, não tive o livro de volta, e esqueci a quem emprestei. Ao me aposentar, senti o desejo de viajar por esse mundo afora e quis reler o livro que tanto me empolgou. Procurei em livrarias, pesquisei na internet e não o encontrei. Agora, numa recente viagem a Curitiba, para a minha grata satisfação, eis que, num alfarrábio, lá estava o tão desejado livro.
Ao relê-lo, revivi os lugares por onde passei, numa descrição de quem sabe retratar no papel aquilo que os olhos já viram. Numa época diferente da nossa, sem contar com a modernidade dos meios de transporte de hoje, o autor percorreu grande parte da Europa e da nossa América do Sul, apreciando cada detalhe das belezas do velho e do novo continente e repassa para nós um pouco de sua cultura e de sua experiência de viajante. E deixa claro que, assim como gostamos mais daquilo que conhecemos, o passeio se torna mais proveitoso, quando já conhecemos o lugar visitado, através de sua história. Da mesma forma que ser apresentado a uma pessoa da qual nunca se ouviu falar, não causa nenhum interesse, também ocorre com os lugares. Hoje, graças ao “Seu Google”, buscamos todas as informações a respeito dos lugares que pretendemos visitar, tornado mais prazeroso o conhecimento “in-loco”. Embarquemos nessa grandiosa nave cultural que é o livro e façamos um belo giro “Pelos Caminhos do Mundo”.