Porque muitos são infelizes
O problema crucial do ser humano é medir a felicidade quantitativamente. Não só no fator benefícios materiais, como no próprio grau de felicidade. O que faz gerar no homem as condições necessárias a uma vida feliz é o sentimento de gratidão. A comparação torna-se o inferno de muitos quando deixam que isto influencie na sua forma de ver a felicidade. Se formos pensar em termos de época, por exemplo, quem viveu há quinhentos anos era tremendamente infeliz porque não tinha sequer um chuveiro para tomar banho ou uma geladeira para conservar seu alimento. Ao passo que, hoje, não ter um aparelho celular da moda pode gerar uma tremenda infelicidade.
Só este exemplo já prova que felicidade não tem nada que ver com coisas materiais. Deixar a azáfama da vida diária corromper a faculdade de ser feliz é outro descompasso. Medir os sonhos dentro de uma realidade evidente traz paz de espírito e essa traz felicidade. O contrário, colocar acima das estrelas o seu sonho porque o vizinho conseguiu chegar até elas é outro fator terrível de estresse, o que vai contribuir para a infelicidade. Então, é pensando nisso, um pouco todo dia, e procurando trazê-lo para a vivência, que se galga a felicidade.
Quando dizemos galgar nos referimos à aquisição de compreensão para ser feliz todos os dias. Porque felicidade já existe presente aqui e agora desde o momento em que viemos ao mundo. Tudo está contido na gratidão. Ao comparar o que fomos ontem com o que podemos fazer no dia de hoje para sermos uma pessoa melhor em vez de olharmos para o vizinho é um dos maiores fatores de felicidade. Isto traz esperança e essa vem sempre com alegria. Se, em cima de tudo isso, pusermos a gratidão só pelo fato de estarmos aqui, podendo fazer a diferença na nossa própria vida, não tem por que não sermos completamente felizes.