ALIENAÇÃO

Hoje em dia as pessoas se transformaram em máquinas. As circunstâncias impostas pelo sistema capitalista internacional empurram quase todos nós para um estilo de vida alienante.

De um modo geral, o ser humano trabalha pelo fato de necessitar de sobreviver. Isso significa que o trabalho não representa necessariamente os valores do indivíduo. O produto da atividade econômica não reflete nossa subjetividade.

Quando um famoso pintor pinta um quadro, esse projeta o lado subjetivo do artista, seu universo interior, sua realidade interna, seu modo de entender o mundo, aquilo que os filósofos Alemães chamam de Weltanschauung. Algo semelhante se passa no momento em que um músico cria ou interpreta sua música. Trata-se da expressão de seu ego, seu "eu". Nesse caso não há um abismo separando o criador de sua criação. Ou seja, deixa de acontecer aqui a realidade da alienação. O que existe é harmonia subjetiva, sensação de bem estar, equilíbrio, pois chegamos à conclusão de que não somos meros instrumentos manipulados por forças impessoais, como acontece quando alguém labuta numa fábrica, fazendo algo repetitivo, automatizante, que não revela os verdadeiros interesses, vocação ou ideal da pessoa.

Ao fazermos algo somente por precisar do dinheiro, é muito comum expressarmos sintomas que refletem nossa situação de seres alienados. Por exemplo, nos sentimos cansados, irritados, esgotados, agressivos, desanimados, sem entusiasmo, e a qualidade daquilo que fazemos constantemente deixa a desejar. Por quê? Porque falta o fundamental e vital elemento da identificação com nosso labor, e consequentemente não nos empenhamos a contento. Isso é sobejamente demonstrado em todas as profissões.

IRAQUE

Iraque
Enviado por Iraque em 18/12/2011
Código do texto: T3395761
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