Viver Feliz, Morrer Feliz
A arte de viver é a arte de ser feliz. É simples assim, desde que sua vida seja tão natural quanto livre sob o ponto de vista casual cujas razões são variantes. Existem várias razões para se viver bem: O extinto natural, a continuidade da espécie, a Evolução, o serviço ao amor e o temor da morte, são exemplos de algumas delas, que nos farão refletir sobre este fascinante mistério.
Viver para Ser e não viver por viver é o que faz a diferença aqui. Na Filosofia de Samael Aun Weor no seu livro “A escalada maravilhosa” ele afirma que a escala vertical do Ser, independe da escala horizontal do Estar, onde o Ser é definitivo e o Estar é uma situação passageira, mas inevitável, isto é: O Ser evolui espiritualmente rumo à iluminação enquanto o Estar ou Ter trata-se de viver e morrer. Isto é o que eu chamo de destino. Assim, ele nos ensina a pensar que eu sou feliz embora possa estar vivendo um processo de transformação muitas vezes doloroso e supostamente infeliz. Com efeito, eu estou mortal, mas sou eterno.
Existe apenas uma razão para se morrer feliz – A Razão pura – a definição de um contexto sem variantes. Seria a vida como conhecemos o princípio e o fim? A partir desta questão, que não é a única, onde está a certeza do princípio ou a incerteza do fim? Perguntas sem respostas formam conceitos sem Razão. Então, por que devo temer o inevitável?
Na mitologia grega, Chronos é o deus do tempo e ele com sua terrível ampulheta não poupam ninguém. Tudo (a vida) termina onde começa, ou começa onde termina? E, a beleza deste mistério reside justamente no desconhecido, pois caso contrário teríamos mais razões para o suicídio. Albert Camus escreveu: “Só existe um problema filosófico realmente sério: É o suicídio”. Julgar se a vida vele ou não a pena ser vivida, derruba qualquer conceito moral ou filosófico e quando a resposta é não, acaba com mito.
Ninguém tira deliberadamente sua vida quando se julga feliz em plena realização. Mas, ser ou não ser feliz é outra questão filosófica e a meu ver também definitivo já que a felicidade é como uma página em branco. E, o que dizer das fatalidades?
Quando se vive em razão de apenas uma realidade e acreditando nos valores materiais cujos conceitos de felicidade passam pelo poder do ter, essa linha torna-se tênue, esse desejo desesperado de viver conduz a sentimentos de impotência e infelicidade e o pior, rompe-se ao longo desta existência a unicidade com o Universo e a relação com o Criador. Então, só existe uma única razão para se morrer feliz: É viver com plenitude e na prática do amor essencial e na Fé incondicional ao destino que Deus reserva a todas as suas criaturas. Fora isso, seremos por toda vida iludidos por falsas promessas e reféns do nosso próprio medo, vítimas de nossa própria ignorância.
As respostas estão dentro de nós.
Por Álvaro Francisco Frazão.