De braços abertos para a nossa essência

O que somos nós, se não um “universo” composto de cores, jeitos, formas e memórias, correndo, andando, bailando, tropeçando pelos lençóis do tempo, da eternidade. E o que somos nós, dentro desta imensa colônia chamada Terra Brasilis, hoje, vulgo Brasil, ou então, o Brasil majestoso; como dizia Darcy Ribeiro, “Uma cultura de retalhos.” E mais, de solo fértil, onde tudo que se planta nasce. Um Brasil do Samba de cordas portuguesas, tambores africanos e o compasso de 2/4 indígena.

E então, o que fazemos neste Brasil? O que podemos aprender diante de tanta diversidade? O que devemos plantar e o que devemos colher?

Diante de tantas riquezas, não só nós podemos nos identificar como brasileiros, mas também todo o resto do mundo. Pois todos somos a soma de diferentes memórias, diferentes experiências, vivendo neste “universo” composto.

E como podemos nós, esquecer de nossas raízes? A partir do momento que nos afastamos de nossas origens, da nossa essência, da natureza propriamente dita, perdemos nossa identidade. E cada vez mais, estamos nos perdendo de nós mesmos. E é neste vácuo que criamos os nossos medos, em todas suas aparências.

A correria do cotidiano, a vida nas megalópoles, a falta de convivência com a grande mãe natureza, o esquecimento de nossas culturas; tudo isso nos torna homens industrializados, produzidos em massa. Neste momento de Globalização, da grande integração dos povos, cria-se o tempo perfeito para fazer crescer a copa de nossas árvores, mas sem raízes, a árvore cai.

Portanto, vejamos quanta riqueza temos ao nosso redor. Quão perfeita, divina e surpreendente é a natureza e todos os seus reinos. Não tenhamos medo de visitar a nossa essência, ouvir o nosso silêncio. De braços abertos como nosso cartão postal, o Cristo Redentor, deixando o Sol aquecer nosso coração, despertando, clareando o nosso Deus interior. Como dizia Hermes Trimegisto: “o que está em cima, é igual o que está embaixo”.