Entende-se por vida sensível o conjunto dos fenômenos cognitivos e dinâmicos determinados no sujeito psicológico por excitações vindas dos objetos materiais externos ou que tem por fim os objetos sensíveis externos. Esta dupla série de fenômenos, especificamente distintos, mas em relação mútua constante, define toda a vida psíquica do homem. A vida sensível é por sua vez informada, penetrada, e parcialmente governada pela vida intelectual.
Desde o nascimento o homem desenvolve uma aptidão que reproduz certos atos com facilidade e que em sua repetição constante é denominado de Hábito. Muitos confundem hábito com costume, o qual simboliza uma acomodação às circunstâncias de seu meio ambiente. Esta acomodação tem o nome de adaptação passiva ou o hábito passivo. O hábito representa um automatismo, a partir de um sinal dado, facilita ao ser vivo dominar as circunstâncias que o envolvem. Tem por finalidade a continuidade e o progresso, reduzindo o esforço exigido pela ação e, pode ser classificado como: hábito intelectual – relacionado com o conhecimento, hábito motor, relacionado à execução de aptidões a executar e hábitos morais – relacionados às qualidades e defeitos.
O hábito reforça os órgãos e as faculdades conferindo a força e agilidade, diminui a consciência, pois o ser age automaticamente e reforça as necessidades, aumentando gradativamente os instintos aos quais pode sucumbir. Sua formação depende de condições biológicas, representando a dualidade da natureza (matéria e espírito), respeitando os limites, condições fisiológicas, formado pela criação de vias nervosas que facilita a passagem do influxo nervoso em conjunto com a disciplina do sistema muscular e, as condições psicológicas representada pela inteligência, pois a mesma é quem separa os movimentos úteis e inúteis.
Da mesma forma que o hábito é adquirido pode ser rompido, desta forma, basta abster-se de exercer, ou seja, desorganizar o sistema que os criou e, neste caso cessa o perigo que produz o mau hábito de anular as sensações e emoções e de fazer com que o ser, perca sua liberdade, identidade e responsabilidade.  

verita
Enviado por verita em 14/10/2011
Reeditado em 07/11/2011
Código do texto: T3275366
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