NASCE A ACADEMIA ALTAMIRENSE DE LETRAS
Sérgio Martins Pandolfo*
Realizou-se aos trinta dias do mês de setembro p.p. no Auditório da Casa da Cultura da bela e progressista cidade xinguana de Altamira, a posse solene dos membros eleitos da novel congregação literária constituída há pouco mais de um mês, a Academia Altamirense de Letras.
A maioria das pessoas não sabe, exatamente, qual o verdadeiro papel das Academias no contexto literário/cultural. Muitos acreditam ser elas simples agremiações elitistas, de conformação eminentemente corporativa, ou, ainda, como se diz popularmente, constituindo verdadeiras “igrejinhas” de pseudointelectuais que almejam granjear ou altear “status”, o que não corresponde à verdade, por oportuno advirta-se. As Academias são agremiações de caráter científico, artístico ou literário, podendo ter origem e manutenção institucional ou particular. São instituições ancestrais que se iniciaram ainda na Grécia Antiga, com Platão, nos jardins de Academo (daí academia), nos arredores de Atenas e durou do século IV ao I a.C., compreendendo vários períodos.
A Academia Francesa é, sem ponta de dúvida, a mais antiga dessas instituições surgidas na Era Moderna, criada em 1635 a instâncias do Cardeal de Richelieu, e se fez paradigmática para todas as demais congêneres que se seguiram no mundo culto de então. Em nosso País, a primeira instituição de escopo acadêmico foi a Academia Imperial de Medicina, fundada em 1835, hoje Academia Nacional de Medicina. A Academia Brasileira de Letras, criada no Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897, é a guardiã oficial da Língua Portuguesa no Brasil e o representa nos acordos periódicos de revisão do idioma. No Pará a anterioridade foi da Academia Paraense de Letras, em 3 de maio de 1900, conjuntamente com o Instituto Histórico e Geográfico do Pará, por iniciativa de Domingos Antônio Raiol, o Barão de Guajará.
A Academia Paraense Literária Interiorana - APLI, fundada a 27 de março de 1993 e a que pertencemos, por especial convite “apadrinhou” a solenidade de posse dos novos “imortais” altamirenses.
O ato solene revestiu-se de alta significação cultural, pelo que foi prestigiado não só por eminentes autoridades representativas da vida política, cultural e social locais, como por um seleto e distinguido público formado por convidados, parentes e amigos dos empossandos que fora assistir a cerimônia. A mesa diretora dos trabalhos, que tivemos a honra e o prazer de presidir, contou, ademais, com a presença da prefeita municipal, Sra. Odileida Sampaio, deputados estadual Airton Faleiro e federal Zé Geraldo e o Prof. da UFPA Rainério Meireles. Maior município do Planeta, Altamira, tida como a Princesa do Xingu, está a experimentar atualmente um agudo e repentino surto de crescimento e progresso, mercê da instalação, em seus lindes geográficos, da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que será, ao seu término, a terceira maior UHE do mundo.
Por sua importância dentre os municípios deste Estado, por sua intensa vida cultural, bem como pela marcada presença de elementos destacados da intelectualidade parauara, tais como professores universitários que atuam nos campi das duas universidades do Pará e seu alunado, escritores, poetas, jornalistas e de muitos outros segmentos ligados às letras, Altamira já estava mesmo a reclamar a instalação desse silogeu literário que tem por escopo principal a cultura da língua de Camões. O ato também cresce de importância por coincidir com o momento histórico do 1º Centenário de emancipação do município - criado pelos missionários da Companhia de Jesus antes de 1750 -, a ser festejado a 6 de novembro próximo.
sergio.serpan@gmail.com - serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.com
Sérgio Martins Pandolfo*
Realizou-se aos trinta dias do mês de setembro p.p. no Auditório da Casa da Cultura da bela e progressista cidade xinguana de Altamira, a posse solene dos membros eleitos da novel congregação literária constituída há pouco mais de um mês, a Academia Altamirense de Letras.
A maioria das pessoas não sabe, exatamente, qual o verdadeiro papel das Academias no contexto literário/cultural. Muitos acreditam ser elas simples agremiações elitistas, de conformação eminentemente corporativa, ou, ainda, como se diz popularmente, constituindo verdadeiras “igrejinhas” de pseudointelectuais que almejam granjear ou altear “status”, o que não corresponde à verdade, por oportuno advirta-se. As Academias são agremiações de caráter científico, artístico ou literário, podendo ter origem e manutenção institucional ou particular. São instituições ancestrais que se iniciaram ainda na Grécia Antiga, com Platão, nos jardins de Academo (daí academia), nos arredores de Atenas e durou do século IV ao I a.C., compreendendo vários períodos.
A Academia Francesa é, sem ponta de dúvida, a mais antiga dessas instituições surgidas na Era Moderna, criada em 1635 a instâncias do Cardeal de Richelieu, e se fez paradigmática para todas as demais congêneres que se seguiram no mundo culto de então. Em nosso País, a primeira instituição de escopo acadêmico foi a Academia Imperial de Medicina, fundada em 1835, hoje Academia Nacional de Medicina. A Academia Brasileira de Letras, criada no Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897, é a guardiã oficial da Língua Portuguesa no Brasil e o representa nos acordos periódicos de revisão do idioma. No Pará a anterioridade foi da Academia Paraense de Letras, em 3 de maio de 1900, conjuntamente com o Instituto Histórico e Geográfico do Pará, por iniciativa de Domingos Antônio Raiol, o Barão de Guajará.
A Academia Paraense Literária Interiorana - APLI, fundada a 27 de março de 1993 e a que pertencemos, por especial convite “apadrinhou” a solenidade de posse dos novos “imortais” altamirenses.
O ato solene revestiu-se de alta significação cultural, pelo que foi prestigiado não só por eminentes autoridades representativas da vida política, cultural e social locais, como por um seleto e distinguido público formado por convidados, parentes e amigos dos empossandos que fora assistir a cerimônia. A mesa diretora dos trabalhos, que tivemos a honra e o prazer de presidir, contou, ademais, com a presença da prefeita municipal, Sra. Odileida Sampaio, deputados estadual Airton Faleiro e federal Zé Geraldo e o Prof. da UFPA Rainério Meireles. Maior município do Planeta, Altamira, tida como a Princesa do Xingu, está a experimentar atualmente um agudo e repentino surto de crescimento e progresso, mercê da instalação, em seus lindes geográficos, da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que será, ao seu término, a terceira maior UHE do mundo.
Por sua importância dentre os municípios deste Estado, por sua intensa vida cultural, bem como pela marcada presença de elementos destacados da intelectualidade parauara, tais como professores universitários que atuam nos campi das duas universidades do Pará e seu alunado, escritores, poetas, jornalistas e de muitos outros segmentos ligados às letras, Altamira já estava mesmo a reclamar a instalação desse silogeu literário que tem por escopo principal a cultura da língua de Camões. O ato também cresce de importância por coincidir com o momento histórico do 1º Centenário de emancipação do município - criado pelos missionários da Companhia de Jesus antes de 1750 -, a ser festejado a 6 de novembro próximo.
À feição da maioria das academias a AAL se comporá de 40 cadeiras patronímicas de ilustres figuras das letras pátrias e seus membros perpétuos serão sempre escolhidos por sufrágio. O silogeu tem como patrono geral D. Eurico Krautler, segundo bispo da Prelazia do Xingu. A presidi-la o Prof. e poeta João Jesus Rosa. O bispo D. Erwin Krautler, um dos membros empossados, falou em nome dos demais.
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*Médico e escritor. SOBRAMES/ABRAMES------------------------------------------------------------------------------
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