Certamente que quando Dale Carnegie escreveu este livro,creio que na década de 30 ou 40 ainda não deveria haver festas literárias.
Mas,este título, aplica-se bem a elas.
Em festas assim conhecemos e interagimos com muitas pessoas,leitores e  escritores;normalmente esses últimos são acusados de ter um ego do tamanho de um bonde e dizem que não costumam se dar bem uns com os outros.
Talvez por essa ser uma profissão altamente competitiva,principalmente num mercado escasso de leitores como o Brasil;e,todos precisam de um lugar ao sol.
Na última festa literária que participei,onde estavam reunidos dezenas de profissionais da palavra,não percebi nada disso;e,olhe que sou muito observadora e adoro prestar atenção nos seres humanos,essas figuras fascinantes,que tentamos imortalizar nos nossos livros.
Não devemos esquecer que um escritor é também um ser humano,sujeito a chuvas e trovoadas,como todos;haverá o dia em que  despertarão com o pé esquerdo,como todo mundo.
O escritor é apenas um operário da palavra com obrigações profissionais como qualquer outra pessoa. E que luta pela vida como todo mundo.
Alguns acham assustador levantar pela manhã e encarar uma tela branca pronta a sugar palavras.Todo dia fazendo tudo quase sempre igual...
Mas, estou me desviando como sempre do tema que escolhi para hoje que é  a amizade;a importância das festas literárias para ampliar conhecimento e informação e conhecer nossos pares,aprendendo com eles.E,vocês não são capazes de avaliar o que aprendi nesses quatro dias com esses mestres da Literatura que conheci em Marechal,durante a Flimar..
Ia ouvindo e guardando carinhosamente essas informações e depoimentos informais no cantinho mais impenetrável do meu coração como uma espécie de poupança para o futuro;descobri tudo que não deveria fazer e o que seria necessário fazer para marcar presença   nesse cenário assustador que é a Literatura ,assim mesmo,no maiúsculo.
Para mim,ser escritor não é apenas escrever livros é mais uma atitude diante da vida,uma exigência e uma intervenção;é desassossegar e nunca acumpliciar-se.É ser um apóstolo cuja religião é o conhecimento.
Bambas como Antonio Torres,Ignácio de Loyola Brandão e Affonso Romano,gente que tem tanto a ensinar,tanta informação a passar e que se debruça com atenção para pessoas como eu que estão começando,trilhando os primeiros caminhos nesta selva onde se criam livros,editam e publicam ,três palavrinhas tão  fáceis de escrever e tão difíceis de realizar.
A primeira lição que aprendi foi a da humildade; a segunda,a da solidariedade e a terceira a da persistência;todos passaram pelo que estou passando hoje e todos venceram.
Não bebi apenas o conhecimento no pequeno convívio com esses mestres; bebi, também, a esperança.
IMG:Com Edna Lopes na Seresta das Pitanguinhas


Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 15/09/2011
Código do texto: T3220751
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