Sala São Paulo _ Osesp _ 25 de agosto_ 2011_ em minha melhor escrivaninha
Estive lá assistindo a regência de Marin Alsop, maestra americana, titular da Osesp em 2012. Primeira parte _ "Conserto para violino de Korngold", e após o intervalo, "A sinfonia número 5 de Prokofief".
(Incrível para mim me encontrar em 2012 _ sempre me parece um tempo futurista como _ "1984, de Orson Wells" _; felizmente há diferenças, e também semelhanças entre nós e a novela escrita pelo autor citado. Seres humanos somos trágicos).
Na Sala São Paulo, uma entre inúmeras pessoas assisti ao "Conserto para Violino de Korngold", e à "Sinfonia N° 5 de Prokofiev". Não me considero entendida em música, mas expectadora; e expectadores somos ativos, em nós acontecem afetos, feitos, afecções; acontecem "coisas", diria o mineiro; e também Clarice Lispector, que volta e meia em seus livros-cósmicos sempre se refere à "Coisa". Que para ela se aproxima de Deus.
Você terá tido notícias da última quinta feira (25 de agosto) por suplementos culturais e/ou internet. O que posso dizer, nunca vi nada mais vibrantemente expressivo, belo, intenso, luminoso. Vivi a energia feminina que se encontra em homens e mulheres, e da qual, quem sabe, o universo esteja repleto; não pude deixar de considerar que, talvez uma mulher reja uma orquestra com "qualidades femininas". O que são qualidades femininas? Qualidades femininas se encontram em homens e mulheres. Agora me vemmo pensamento de que, por exemplo _ a internet segue um rumo feminino _ o do "não saber". Trata-se na verdade do não saber, uma aquisição humana tardia. Quer dizer, uma possibilidade que podemos conquistar. Ou não. É delicioso "não saber", e junto a um outro que também não sabe? É raro,mas possível.
Para mim o que a maestrina ou maestra faz quando regendo é o que importa. Não é o que ela diz, mas o que mostra. Fiquei arrepiada.