A ORIGEM DA PALAVRA MERDA NOS BASTIDORES DO TEATRO
No inicio, os espetáculos de teatro eram feitos em cima de carroças, onde era montado o palco, com o cenário e os atores desempenhavam os seus papeis.
Os personagens femininos eram interpretados apenas por homens, porque as mulheres, as crianças e os escravos não tinham o direito de se manifestar em público, esse direito era dado apenas aos homens.
Eles se valiam de máscaras que davam o tom do espetáculo, essas máscaras eram também conhecida como persona, (se não me engano, pois faz tempo que li sobre isso), dai surgiram os Personagens. A palavra máscara vem dos Etruscos, ou seja é mais velha que Roma, e que o latim, isso não é incrível? Por falar no latim, vale lembrar que o primeiro escrito que se tem conhecimento estava em uma fivela de um cinto em um túmulo.
Mas voltando a origem da palavra Merda entre os atores, como sinal de boa sorte, se dava porque como os espetáculos eram ao ar livre e o único meio de transporte eram os cavalos, os atores perguntavam entre si se havia muita merda dos cavalos? Se a resposta fosse sim, era sinal que havia muito público no local do espetáculo. Com o passar do tempo, os cavalos foram sumindo de cena, mas a tradição da Merda continuou até os dias de hoje, é certo que a maioria dos atores repetem o desejo que haja muita merda para todos, sem saber dessa história, como eu fazia antes de saber, achamos engraçado, mas não ousamos não desejar.
Os atores e suas maninhas!!! Só o Chico e o Caetano souberam traduzir tão bem, em suas músicas: Merda de Caetano, e Na Carreira de Chico e Edu Lobo. Quando escuto essas duas músicas me transporto imediatamente para a sensação de está na coxia tentando ver o público, esperando pela deixa para entrar em cena, esse momento é delicioso, a mente fica em prontidão para lembrar todas as falas, as marcações de luz e de música, a voz tem que está aquecida, não pode falhar, e o personagem tem que está vestido no ator, para passar emoção, alegria, dor, é preciso anular a personalidade do ator e deixar fluir apenas o personagens, é quase uma incorporação consciente. Onde o ator domina totalmente a pseudo verdade que todos sabem que é uma farsa, mas que por alguns segundos pensam ser verdade e as emoções se cruzam, os atores e o público em uma cumplicidade se permitem um exercício mental de faz de contas, isso dá um enorme prazer aos dois, faz exercitar o sentir e o pensar ou simplesmente o gargalhar. Isso faz tão bem a alma, que vem ocorrendo mesmo antes de tudo que é chamado cultura.