VIAGRA EMOCIONAL
Por Lucia Marques
Extasiada. Acredito que essa é a palavra que resume como me senti depois de assistir O Último Templário, filme lançado em 2010 e brilhantemente dirigido por Paolo Barzman, que conta a história de quatro homens mascarados, montados a cavalo e vestidos como os templários invadem a exposição “Tesouros do Vaticano” e desaparecem com objetos inestimáveis, porém o assalto foi um meio utilizado pra disfarçar o que realmente estava sendo tramado. Um padre do vaticano queria desvendar os mistérios contidos em um pergaminho que teria sido protegido pelos Templários a mais de setecentos anos. Esta revelação abalaria os pilares fundamentais do cristianismo.
Um filme cujos protagonistas são Victor Garber, com o papel de um agente da FBI ( Sean Reilly) e Mira Sorvino, arqueóloga (Tess Chayklin) , contracenam com diálogos bem construídos e um humor inteligente. Lançam-se sem piscar, numa aventura em busca de descobrir o real motivo do episódio ocorrido no museu.
Tess, a protagonista, amava sua profissão, embora tenha em pendurado suas botas . Não queria cometer o mesmo erro com sua filha, que seu pai cometera em deixá-la na maioria das vezes só, pois ia à busca dos seus sonhos como arqueólogo.
O arqueólogo, igualmente os cientistas, não generalizando, claro, tem sua crença voltada para o empírico, e não foi diferente com Tess. Não acreditava em Deus, mas seu amor a arqueologia a fez correr atrás de resgatar o que havia sido roubado. Juntou-se ao agente da FBI e mergulharam em grandes aventuras.
Quem de nós, o idealista, não imaginou um dia ter coragem de aventurar-se em busca de seu sonho. Quem de nós não busca uma comunhão absoluta com Deus.
Eu, você e todos nós estamos sempre à procura de algo que ainda não experimentamos que nos preencha que nos faça mais felizes, ou melhor, menos infelizes. Hoje tem se falado pouco sobre o amor, parece que virou uma coisa em desuso. Amor não é apenas o que aproxima um homem e uma mulher. Amor é um estado de espírito que nos move constantemente, é uma energia que não se esgota.
Foi através desse amor, que os protagonistas, a serem encontrados depois de um naufrágio, por pessoas simples e conectadas a essa energia cósmica os fizeram ressurgir dos mortos. Diante dessa experiência, ambos conheceram Deus, através da bondade, da caridade e da fé que essa comunidade lhes mostrara.
Nós com nossa insensibilidade deveríamos experiênciar mais vezes deste “Viagra motivacional”, chamado amor. E dane-se se parecermos cafonas.
Comentário sobre o filme Último Templario