RELATO DE UM SAMBISTA!
Pode chegar, a festa é aqui e já vai começar, mas, deixa a tristeza do lado de fora, e traga a esperança do seu coração, meu irmão! Porque preciso de você, nesse meio carnavalesco.
Oh, agradável samba! Emergido da cultura afro-brasileira, transportando letras com descrições do cotidiano, como exemplo, o samba do partido alto, o que, leva a mídia discurso do real dos morros e das regiões necessitadas.
Mas antes da celebração, vamos limpar o salão, por que daqui a pouco haverá marchas em filas, de encantos e grande harmonias, com desenvolvimento ou total transformação no cenário, portanto uma evolução, e em cada unidade desse batuque, formara um conjunto, surgindo o nosso samba-enredo.
Sim, Noel Rosa, dissera de forma categórica, na canção “Feitio de Oração”: “Ninguém aprende o samba no colégio”, referindo, ironicamente, de que o Brasil tão americanizado, de fato, gente que não entende ou não compreende que esse gênero musical é uma identidade forte na cultura do país.
Enfim, no dia da apresentação, rogarei benção pra desfilar, seremos o sol com foco gigantesco, assim, seguindo adiante e fomentando a arte do samba, sob os tambores, pandeiros, chocalho, reco-reco, cuíca etc. E por mim, não terá ninguém com ato de sacana, pra prejudicar o que será deslumbrante, vamos rapazes, não há outra hora, é agora, e vamos ganhar!
Chegando ao final, a fantasia vai voltar pro barracão, querendo ou não, a quarta-feira de cinzas tomou seu lugar, mas não faz mal, por que o morro é feito e respira samba, em suma, o compromisso desse ano foi com êxito, não morreu e nem envelheceu, pois, estava lá a mocidade fazendo parte.
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PRADO, Lucas Expedito Claro. RELATO DE UM SAMBISTA. Folha de Tayassu. Taiaçu, v. 23, p. 04, 14 de Março de 2011.