Cuidado com os e-trotes!
Recebi e-mail de um amigo com texto supostamente escrito por Luís Fernando Veríssimo. Falava mal da décima primeira edição do Big Brother Brasil.
Fiquei intrigado por dois motivos. Primeiro: será que Veríssimo realmente gastaria seu tempo, criatividade e tinta de caneta para se sujeitar a fazer algo tão carne de vaca quanto criticar um Reality Show? Faria algo tão inútil quanto o próprio programa?
A segunda pergunta que me veio à cabeça: já se sabe da existência de vários textos que circulam na Internet com o nome do Arnaldo Jabor. O próprio teve que ir aos jornais para negar a autoria de tais escritos. Não seria, pensei eu, esta também a situação deste texto que leva o nome do cronista gaúcho?
Comparemos meus caros: eu, um cidadão comum, nem escritor sou, publico texto fazendo críticas ao conteúdo da TV e sou criticado vorazmente pelo ato. Imagine qual seria o efeito caso mensagem do tipo fosse redigida por alguém gabaritado, como o renomado escritor?
Por assim pensar, procurei na Internet informações sobre o texto. Descobri num site dedicado a desvendar boatos virtuais que Luís Fernando Veríssimo NÃO ESCREVEU a crítica coisíssima nenhuma.
Respondi ao e-mail do amigo enviando o link do artigo sobre a farsa. E fiz o seguinte comentário: “Rapaz! Tive uma ideia! Vou escrever um texto descendo a lenha na Rede Globo e vou assinar com o nome do Paulo Coelho, para azucriná-lo um pouco!”.
Meu amigo me incentivou a aplicar o trote. Daria pano pra manga! Seria um escândalo, simplesmente porque um monte de interneteiros vai cair na pegadinha. Vão acreditar na hora, assim como acreditam em tudo o que rola na rede.
Observação: este texto aqui fui eu mesmo quem escreveu pessoal. Eu, Gabriel. Não é falsificado! Palavra de escoteiro!