11 de fevereiro de 1922 - inicia-se a SEMANA DA ARTE MODERNA
No dia 11 de fevereiro de 1922 iniciou a semana da ARTE MODERNA no Teatro Municipal de São Paulo. Com o apoio financeiro de fazendeiros de café, os vanguardistas conseguiram realizar a Semana da Arte Moderna.
Na década de 20 uma grande massa de imigrantes destinada às fazendas de café fixou-se em São Paulo. Na década anterior muitos chegaram e fundaram dinastias. Eram negociantes, industriais e fazendeiros, entre eles, os “Matarazzo”. Alguns menos afortunados, mas que deixaram descendentes que muito contribuíram para as artes, as letras, a imprensa, etc.
Ideias importadas da França, mas de caráter nacionalista revolucionaram o sistema, rompendo com as velhas expressões artísticas. O mesmo ocorria simultaneamente em Paris.
Em 1921 já surgia o embrião do que seria a “Semana”. Em 09 de janeiro, um grupo se reunia no Trianon para homenagear MENOTTI DEL PICCHIA, no lançamento do seu livro “As Máscaras”. Naquele momento houve discursos e críticas aos passadistas, e defesas da arte moderna.
MÁRIO DE ANDRADE escrevia “Paulicéia desvairada” e muitas críticas aos poetas parnasianos.
Em novembro, DI CAVALCANTI fez uma exposição chamada “Fantoche da Meia-Noite”.
GRAÇA ARANHA, que acabava de chegar da Europa, compareceu, e ali mesmo surgia a ideia da “Semana da Arte Moderna”:
ANITA MALFATTI totalmente descompromissada quanto à cor e com simplicidade das formas.
DI CAVALCANTI com uma pintura, predominando a geometria.
BRECHERET, na escultura, com obras estilizadas.
VILLA-LOBOS, na música, utilizando como tema o folclore brasileiro e um instrumento inédito, uma folha de zinco que vibrava.
A revista KLAXON – mensário da arte moderna – iniciou-se em maio de 1922 e encerrou em janeiro de 1923. Teve um papel importante no movimento.
“KLAXON cogitava, principalmente, de arte, mas que representa a época de 1920 em diante. Por isso é polimorfo, onipresente, inquieto, cômico, irritante, contraditório, invejado, insultado, feliz.”
Esse movimento teve continuidade durante anos.
Em 1924 OSWALD DE ANDRADE lança o “Manifesto da Poesia Pau-Brasil” (ilustrado por Tarsila do Amaral).
Em 1926, em resposta ao nacionalismo do Pau-Brasil, surgia um grupo formado por PLÍNIO SALGADO, MENOTTI DEL PICCHIA, GUILHERME DE ALMEIDA e CASSIANO RICARDO, chamado “Verde-Amarelo”.
Em 1928 OSWALD contra-ataca com o “Manifesto Antropófago”.
A revolução de 30 deu oportunidade para novas pesquisas e expressividade da realidade nacional.
HEITOR VILLA-LOBOS compõe as “Bachianas Brasileiras”.
Em 1933, destacava-se na escultura BRUNO GIORGI.
LÚCIO COSTA, como diretor da Escola Nacional de Belas Artes, renova o ensino da arquitetura.
Em 1942, inaugura-se o edifício do Ministério da Educação e Cultura, cujo risco original de LE CORBUSIER deu origem a novos conceitos de área livre, na implantação urbana de lotes restritos.