CARNAVAL
CARNAVAL DE 1987
Nos dias 1, 2 e 3 de março de 1987, fui coordenador do Centro Espírita Olhar de Maria, quando foi promovida a CONESMA – Confraternização Espírita do Maranhão, publicado no BOLETIM INFORMATIVO – Rua da Inveja, 52.
Convidamos os freqüentadores que assim quisessem, escrevessem sobre o Carnaval.
Muitos se manifestaram e a comissão eleita selecionou 3 (três) textos. Pretendemos republicá-los nas proximidades do Carnaval deste ano. Faz-se apenas 1(um) texto, por motivo de espaço, apanhado pela ordem do boletim. Seguindo, futuramente, os demais.
O CARNAVAL – ACRÓSTICO
Cobrem-se as avenidas com serpentinas das ilusões e confetes de alegrias. Largos sorrisos emolduram rostos cálidos de prazer ou desprezo.
Aurora da utopia do sexo alucinado, queimando paixões, vícios de pobres coitados.
Risos e lágrimas misturam-se ao som da bateria, numa onda de loucura e paixões alucinantes a girar na cantaria.
Num samba enredo de agonia, enlouquecem corações jovens, que ao despertar de outro dia, choram as desgraças de um bloco na rua.
Aumenta a folia, o momo reina e a enxurrada invade as mentes insanas numa reflexão de vibração em sintonia.
Vão as cinzas de quarta-feira varrer as amarguras de um bloco que encantou na avenida.
As almas desiludidas carregam as fantasias da existência sem fé. Mas os céus em divina misericórdia derramam-na a quantos queiram.
Luzes dos irmãos perdidos no carrossel da carne, iluminando a noite escura de mais um carnaval.
Joaquim Faria de Oliveira