JOVENS RECANTISTAS, FUJAM DAS IGREJAS!
Depois de muito, muito refletir, e também após considerar a minha própria vida e as vidas das pessoas que conheço, concluí que o maior mal já feito à humanidade foi a invenção das religiões.
E tudo isso por um simples motivo: tudo que é contrário à vida faz parte do pensamento religioso. Ser religioso é acreditar em tudo de forma inversa, é olhar o mundo justamente da forma que ele não é.
A religião despreza o efetivo em prol do imaginário, coloca o transcendente acima do imanente, e sua retórica é tão sorrateira e ao mesmo tempo sedutora, que quase todo homem e toda mulher possui um vínculo, por menor que seja, com aquilo que fez mais mal à humanidade em todos os tempos; a religião.
Impressiona-me a alta capacidade de crença das pessoas. E somente no terreno religioso é possível falar em crença. Aliás, a crença é exigida, é condição SINE QUA NON para que alguém seja considerado fiel de verdade. Sem crença, no cristianismo, é impossível alcançar a tolice da salvação.
E por falar em salvação, o que essa palavrinha inocente pressupõe?
Ora, quem precisa de salvação está perdido, fadado à ruína, ao fracasso generalizado; indo mais fundo dentro retórica cristã, salvar-se dessa vida; e aqui mora toda a falcatrua religiosa e também toda a sua sujeira, pois, se é preciso que sejamos salvos desta vida é porque esta vida é uma grande porcaria, uma grande droga.
Ainda no meu estarrecimento com a “lógica” religiosa, o homem moderno é cético em tudo. Mas não fará, mesmo o crente mais fervoroso, apenas uma oração para um filho que esta com uma pneumonia.
Mas sim dará ao filho enfermo os antibióticos prescritos pelo CIENTISTA médico, pois em seu íntimo, mesmo que inconscientemente, não cometerá a loucura de querer curar uma doença grave com uma inócua oração. A oração complementa o remédio. E depois do medicamento tomado, o guri ter se salvado, os créditos vão para Deus.
A oração o salvou! Dizem os crentes.
Queria ver se salvava sem os comprimidos! Digo eu.
E no nosso mundo tecnológico não há área da vida em que se permita pensarmos de forma não-racional. Mas em contrapartida, quando se trata de questões religiosas, o homem contemporâneo não tem problema em pensar de forma contrária ao razoável.
Neste terreno, tudo se pode. E é assim porque o religioso moderno, de fato, não tem nada de verdadeiro em si, mas apenas um ranço deixado por uma tradição que insiste em conservar.
Vejamos, por exemplo, o caso dos católicos romanos.
No Brasil é grande a presença dessa religião e nem preciso dizer que por séculos ela foi hegemônica, inclusive religião oficial do Estado brasileiro; pois bem, quem é o católico do século XXI?
Ele é alguém que se DIZ católico, mas sua prática é laica. O católico vai à igreja somente em eventos pontuais na sua vida. Um batizado, um casamento, o chamamento de um padre para dar a extrema unção a um pobre moribundo... Isso é ser religioso?
A religião é parte da vida de muita gente até hoje, mas só é de maneira bastante superficial. Pouquíssimos levam a religião a sério, como já disse no exemplo dos católicos romanos.
Dos que levam a religião a sério, a tendência à loucura, à pedofilia e toda sorte de imundice se faz potencial.
A religião no século XXI reflete a estrutura econômica capitalista selvagem dos nossos dias.
É o pastor bradando por prosperidade em cima de seu sórdido púlpito, é o padre que agora também, além de bulinar a meninada, começa a ver que esse negócio de votos de pobreza não está com nada, e começa a fazer um marketing mais agressivo para vender suas quinquilharias.
Meu conselho é que o leitor jovem fuja das religiões enquanto é tempo, enquanto elas não o aniquilaram por completo e não o transformaram num ridículo eunuco.
Fuja, fuja!