A Superstição pode afetar o comportamento em uma macrocultura
Há tempos, a supertição tem tido um grande impacto no comportamento humano, algumas vezes produzindo efeitos macroeconômicos mesmo nas sociedades mais industrializadas.
Um exemplo dos efeitos da superstição são as taxas de natalidades japonesas entre os anos de 1960. O declínio geral e constante das taxas de natalidades é evidente nas últimas décadas. No entanto, o que se sobressai é a queda de 25% em um único ano, o de 1966. Uma queda tão expressiva em nascimentos significa uma série de problemas para as companhias que vendiam berços no ano de 1966 ou bicicletas em 1972, para as faculdades e universidades em 1984 e para os empregadores em 1988.
Por que o mercado afundou 25%? Em boa parte da Ásia (onde a influência chinesa é forte), cada ano está associado a um dos 12 animais. Por exemplo, 1996 era o ano do rato. Ambos, 1990 e 1978, foram os anos do cavalo, como 1966. Na cultura japonesa existe um crença sobre o heigo, ou o ano do cavalo de fogo, que acontece apenas uma vez a cada 60 anos e a última vez foi em 1966.
De acordo com essa antiga superstição, uma mulher quer dar à luz a uma criança no ano do cavalo de fogo está destinada a viver uma vida infeliz e a matar o seu marido se ele se casar. A julgar pela taxa de natalidade naquele ano no Japão, a superstição do cavalo de fogo desanimou as pessoas a terem filhos naquele ano. O ponto relevante aqui é que uma superstição pode afetar substancialmente os comportamentos em países industrializados.
Extraído do texto de Cathy Anterasian, Juohn L. Graham e R. Bruce Money, Are U.S Managers Supersticius about Market Share? Sloan Management, verão 1996, p. 67-77.