Leia, nem que seja...

bem ou mal ou bem mal,
manual, , manchete de jornal, só no natal, mas leia. Arranje o Tempo.
Nem que seja: um tablóide Aqui, outro debilóide ali, revistas baratas ou revistas Caras, balanço fiscal ou qualquer jornal, como puder, mas leia.
Nem que seja de baixo pra cima, de trás pra frente,
depressa ou pausadamente, de pouco tempo atrás ou d’agora pra frente, mas leia.
Nem que seja em silêncio ou em voz alta, no almoço, sentado, de pé no café, ou de bruços, poema grego, ou poetas russos,mas leia.
Nem que seja por favor, no espelho, ou pelo retrovisor,
apólice de seguro, outdoors, ou lista telefônica,
nosso governador com sua obra faraônica, mas leia.
Nem que seja ao vento, no relento, só por um momento, mão e pensamento, mas leia.
Nem que seja por dever de profissão, por lazer ou obrigação, no carro ou na lotação, balançando embaralhando a visão, mas leia.
Nem que seja parachoque de caminhão, ou pura pichação,
sua carta de demissão, resultado de eleição, mas leia.
Nem que seja por um lampejo, carta de despejo, sorte no realejo, mas leia.
Nem que seja pra não pisar na grama, pra entender a trama,
ou qualquer bobagem, mesmo revista de sacanagem, mas leia.
Nem que seja com fome, ou enchendo a pança, comendo direito ou fazendo lambança, à força ou por deleite, antes que derramem seu leite, mas leia.
Nem que seja pra rir ou pra chorar, pra guardar e emoldurar,
para ter o que contar, pra embolar e descartar, ou mesmo pro sono chegar, mas leia.
Nem que seja no terreiro ou no banheiro, pra si mesmo ou pra terceiro,
sem ganhar ou por dinheiro, mas leia.
Nem que seja obra de doido varrido, de político banido, de currículo construído, mas leia.
Nem que seja desafeto seu, ainda que texto meu, mas leia.
Leia meu amigo! Chegamos rapidamente ao fundo do poço.
Se você é do tipo, que sempre acredita, que pior não fica, veja o tamanho da ...
Ao findar mais 4 anos, poderemos estar diante do quadro abaixo:
1 - o regresso de Lula,
2 - a reeleição de Dilma,
3 - a consagração de Tiririca pra Presidente da República Federativa do Brasil.
Como se vê, um desastre, maior que aquele das torres.
He, he, he!
Uma sociedade que suprime a leitura, faz de um jornal sem letras, a única leitura desta mesma sociedade.
É como diz aquela gravação, que roda constantemente num programa de rádio, aqui das geraes:
“ ôh brasileiro, ôh brasileiro!”
Acooorrrrrrda bra-si-lei-ro!!!

Afonso Rego
Enviado por Afonso Rego em 30/10/2010
Reeditado em 24/03/2012
Código do texto: T2586464
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