Canudos
No coração da Bahia em meio da caatinga e de uma vegetação rasteira:
Nasceu um belo vilarejo chamado de canudos.
Depois o chamaram de belo monte. Por não lhe faltar belas serras e montes.
o vaza- barris desce sereno, fazendo curvas entre
os rochedos, com elevações as vezes pedegrosos, e rodeado de montanhas. Silencioso atravessa os sertões entre flores e plantas silvestres e matas virgens, xiquexiques, mandacarus, cactos, flor de jurema, umburanas, macambira e favelas. O clima instável, dias tórridos ,noites geladas. Nunca foi, e nunca será, o fim do mundo.
Entre a caatinga, o rio, e os montes ,eu nasci, e me criei ,tomando banho no rio vaza-barris que, passava entre as terras do meu bisavô Joaquim macambira.Lá na antiga fazenda arrojado na macambira, onde o rio descia suave e perene. Deparava-me no rio Com emas e as seriemas,e outras aves, quando vinha a chuva, o rio enchia e o sertão se transformava em um paraíso para mim.
O comercio de canudos já existia antes da chegada de conselheiro.
Existia lá duas famílias importantes e donos de terras: Os Mota e os Macambira.Surgiu um terceiro grupo familiar os chamados Villa novas ,procedentes do Ceará. via Senhor do bomfin.Fazendeiros e comerciantes de peles ,Joaquim macambira este sendo dono da fazenda arrojado.O Couro era farto e comercializado por ele.
Casado com Maria Francisca frança macambira, tiveram uma prole numerosa.
Na beira do vaza-barris plantava-se o feijão, o milho, melância
Mandioca, e outras verduras que, ainda alcancei a minha avó Maria Francisca macambira, as margens do vaza-barris,Na macambira, fazendo o mesmo cultivo, as mesmas plantações que seu pai costumava fazer, como também eles tinham ,criações de cabras, onde o leite era aproveitado para o consumo. Era feito coalhada queijo que até hoje é comercializado na região.Minha avó uma volta e outra estava sempre relembrando daquela trágica guerra.:Pois na época era de uma das filhas mais nova de meu avó estava com dez anos e sobreviveu aquela trágica guerra.
(escavando ao redor das ruínas da casa sede da fazenda recolhemos uma enormidade de fragmentos de louças inglesas, francesas e holandesas, características da produção européia dos séculos xviii e xix que nos mostravam de imediato que a tal edificação foi ocupada durante essa época. o lixo deixado por seus ocupantes não mente e indicava que ela foi intensamente ocupada ou, pelo menos, intensamente equipada para receber visitantes com o que havia de melhor em abundância nas cidades do litoral como salvador no decorrer do século xix. o que se podia encontrar na época em casas de famílias de certa posse no recife ou em salvador também existia lá. desses documentos, na verdade o lixo da casa, podemos tirar algumas conclusões. conselheiro não escolheu a esmo esse local. não se tratava de fato de um lugar ermo e desabitado, dados que pesquisas realizadas mais recentemente vêm comprovando. para a arqueologia, algumas respostas podem ser imediata
bastando interrogar o próprio sítio arqueológico.
no interior do parque, defronte a canudos, identificamos os alicerces de outras casas de fazenda pertencente à gente importante como a família macambira, os irmãos vilanova. Ao seu redor, os caraterísticos cacos de louça européias, indicavam que esses grupos dominantes na hierarquia canudense mantinham hábitos distintos aos da hoste conselheirista que vivia abaixo na "tróia de taipa e palha". eram pessoas diferenciadas que ocupavam uma posição física distinta. não residiam no interior da cidadela. E se escreveu tanto a respeito da igualdade em canudos( do texto arqueologia na caatinga,arqueologia de canudos em canudos para canudos:Paulo eduardo zanelli).
O Ovelho macambira homem forte, alma selvagem , coração mole, natureza forte e vigorosa de força e coragem ,um velho lobo solitário, era assim que minha avó se referia ao seu pai.
Na sangrenta luta uns dos jovens guerreiro, valente e astuto, filho de Joaquim macambira morre, salva-se nesta emboscada Maria Rita sua prima e namorada, forte e corajosa e de uma de beleza suave e agreste . Vendo seu noivo caído já sem vida, ajoelha e chora com a morte do seu ente querido. Joaquim macambira sofre com a morte de herdeiro, pois era o seu braço direito.
Pobres camponeses, que ali chegavam, atribulados na dura luta pela vida, com vontade de plantar e colher a beira do vaza-barris. Sem qualquer apoio, sofrendo conseqüências econômicas e política. Porque mataram sem piedade, tantos inocentes? “Nossa terra, é o lugar que nascemos e, crescemos seja ela como for, aprendemos desde pequenos a amá-los, mesmo com lutas ou derrotas”
Morre o velho macambira e sua sobrinha Maria Rita .No ar voavam-se gaivotas um SiLêncio mortal ,um estampido.
Ovelho guerreiro está morto seu corpo não podia ficar insepulto.
Minha avó na época com dez anos.Maria Francisca Macambira,foi levada para Salvador.O Comitê Patriotico abrigou.Depois,
encontrada pelo jornalista Dr. lelis Piedade, em mãos de oficias do exercito no forte de são Pedro em salvador e tratou dela carinhosamente,fora entregue ao general artur de Oscar por Antonio beatinho.Na guerra Um tiro embaixo do braço lhe deixou ainda com sequelas.Voltando a sua terra natal, viveu muitos anos ainda no povoado sertanejo na Macambira, hoje coberta pelas águas do vaza-barris.
(Poema de Francisco Maganbeira que participou da guerra de canudos, integrando no grupo acadêmico de medicina que segiu para o sertão acompanhando as tropas do exército) .Tentando tomar ou fazer parar o canhão um dos filhos do velho macambira se aventura em um dos épisodios mais famoso da guerra, tentou tmar a raça um dos canhões da expedição de Artur oscar. sacrificou-se com alguns companheiros ,perdeu a vida e ganhou um poema de De Francisco Maganbeira.
o Héroi.
Ei-lo morto! Por fim tombou inanimado
Entre o espanto glacial da tropa que, sentida,
Se ajoelha ante o seu corpo heróico e ensangüentado...
Tinha tanto valor na luta enraivecida
Que parece que a morte iníqua respeitava,
Deslumbrada de assombro, aquela nobre vida.
Quando a luta era mais aterradora e brava,
Ele, em meio à fumaça escura, aparecia,
E, entre as balas e o horror, intrépido, passava...
A tropa, eletrizada, ao ver-lhe a galhardia
E a bravura sem par, colérica e ofegante,
O seu vulto sereno, a delirar, seguia.
E então -- que frenesi !
O prélio nesse instante redobrava de fúria;
o ronco da metralha era maior,
E o chão ficava flamejante...
E ele, calmo, afrontando a raiva da batalha,
Ia a força contrária, altivo, rechaçando,
Bem como o furacão que as árvores desgalha.
Jamais alguém o viu estremecer ...
e, quando o combate horroroso e incerto ia crescendo,
Sempre o viam tranqüilo, as forças animando.
E, se desembainhava, entre o rugido horrendo
Dos canhões, a espelhante espada gloriosa,
Dir-se-ia ter nas mãos um facho resplendendo.
Sempre foi vencedor ...
a sua valorosa voz jamais ordenou, cheio de medo e espanto,
Uma só retirada ou fuga desastrosa.
Assim o batalhão pungido chora tanto
Porque afinal morreu aquele que era forte como o oceano,
tendo um coração de santo...
Lamenta o que jamais tremeu diante da morte,
Até ver o adversário entregue e prisioneiro
Ante o enorme valor de sua audaz corte.
Se era brando na paz, ficava sobranceiro
Na guerra, e, sendo assim, nele os soldados viam
A um tempo, um comandante, um pai e um companheiro.
Há pouco, entre o rumor das balas que zuniam,
Ele passava, quando um tipo violento o matou;
E, ao olhá-lo assim, todos sofriam.
Por isso o batalhão, neste cruel momento,
Pensa vê-lo surgir do chão onde descansa,
Tendo a espada nas mãos, como um deslumbramento...
Ergue-se a radiar, e, glorioso, avança
Com a mesma intrepidez que tinha na peleja...
Mas, vendo prisioneira uma gentil criança,
Curva a fronte, e, chorando a sua face beija.
http://escritoramariarayalves.blogspot.com/
Foto de umas das tantas serras e montes que temos em canudos.Belíssima e Explêndida!
No coração da Bahia em meio da caatinga e de uma vegetação rasteira:
Nasceu um belo vilarejo chamado de canudos.
Depois o chamaram de belo monte. Por não lhe faltar belas serras e montes.
o vaza- barris desce sereno, fazendo curvas entre
os rochedos, com elevações as vezes pedegrosos, e rodeado de montanhas. Silencioso atravessa os sertões entre flores e plantas silvestres e matas virgens, xiquexiques, mandacarus, cactos, flor de jurema, umburanas, macambira e favelas. O clima instável, dias tórridos ,noites geladas. Nunca foi, e nunca será, o fim do mundo.
Entre a caatinga, o rio, e os montes ,eu nasci, e me criei ,tomando banho no rio vaza-barris que, passava entre as terras do meu bisavô Joaquim macambira.Lá na antiga fazenda arrojado na macambira, onde o rio descia suave e perene. Deparava-me no rio Com emas e as seriemas,e outras aves, quando vinha a chuva, o rio enchia e o sertão se transformava em um paraíso para mim.
O comercio de canudos já existia antes da chegada de conselheiro.
Existia lá duas famílias importantes e donos de terras: Os Mota e os Macambira.Surgiu um terceiro grupo familiar os chamados Villa novas ,procedentes do Ceará. via Senhor do bomfin.Fazendeiros e comerciantes de peles ,Joaquim macambira este sendo dono da fazenda arrojado.O Couro era farto e comercializado por ele.
Casado com Maria Francisca frança macambira, tiveram uma prole numerosa.
Na beira do vaza-barris plantava-se o feijão, o milho, melância
Mandioca, e outras verduras que, ainda alcancei a minha avó Maria Francisca macambira, as margens do vaza-barris,Na macambira, fazendo o mesmo cultivo, as mesmas plantações que seu pai costumava fazer, como também eles tinham ,criações de cabras, onde o leite era aproveitado para o consumo. Era feito coalhada queijo que até hoje é comercializado na região.Minha avó uma volta e outra estava sempre relembrando daquela trágica guerra.:Pois na época era de uma das filhas mais nova de meu avó estava com dez anos e sobreviveu aquela trágica guerra.
(escavando ao redor das ruínas da casa sede da fazenda recolhemos uma enormidade de fragmentos de louças inglesas, francesas e holandesas, características da produção européia dos séculos xviii e xix que nos mostravam de imediato que a tal edificação foi ocupada durante essa época. o lixo deixado por seus ocupantes não mente e indicava que ela foi intensamente ocupada ou, pelo menos, intensamente equipada para receber visitantes com o que havia de melhor em abundância nas cidades do litoral como salvador no decorrer do século xix. o que se podia encontrar na época em casas de famílias de certa posse no recife ou em salvador também existia lá. desses documentos, na verdade o lixo da casa, podemos tirar algumas conclusões. conselheiro não escolheu a esmo esse local. não se tratava de fato de um lugar ermo e desabitado, dados que pesquisas realizadas mais recentemente vêm comprovando. para a arqueologia, algumas respostas podem ser imediata
bastando interrogar o próprio sítio arqueológico.
no interior do parque, defronte a canudos, identificamos os alicerces de outras casas de fazenda pertencente à gente importante como a família macambira, os irmãos vilanova. Ao seu redor, os caraterísticos cacos de louça européias, indicavam que esses grupos dominantes na hierarquia canudense mantinham hábitos distintos aos da hoste conselheirista que vivia abaixo na "tróia de taipa e palha". eram pessoas diferenciadas que ocupavam uma posição física distinta. não residiam no interior da cidadela. E se escreveu tanto a respeito da igualdade em canudos( do texto arqueologia na caatinga,arqueologia de canudos em canudos para canudos:Paulo eduardo zanelli).
O Ovelho macambira homem forte, alma selvagem , coração mole, natureza forte e vigorosa de força e coragem ,um velho lobo solitário, era assim que minha avó se referia ao seu pai.
Na sangrenta luta uns dos jovens guerreiro, valente e astuto, filho de Joaquim macambira morre, salva-se nesta emboscada Maria Rita sua prima e namorada, forte e corajosa e de uma de beleza suave e agreste . Vendo seu noivo caído já sem vida, ajoelha e chora com a morte do seu ente querido. Joaquim macambira sofre com a morte de herdeiro, pois era o seu braço direito.
Pobres camponeses, que ali chegavam, atribulados na dura luta pela vida, com vontade de plantar e colher a beira do vaza-barris. Sem qualquer apoio, sofrendo conseqüências econômicas e política. Porque mataram sem piedade, tantos inocentes? “Nossa terra, é o lugar que nascemos e, crescemos seja ela como for, aprendemos desde pequenos a amá-los, mesmo com lutas ou derrotas”
Morre o velho macambira e sua sobrinha Maria Rita .No ar voavam-se gaivotas um SiLêncio mortal ,um estampido.
Ovelho guerreiro está morto seu corpo não podia ficar insepulto.
Minha avó na época com dez anos.Maria Francisca Macambira,foi levada para Salvador.O Comitê Patriotico abrigou.Depois,
encontrada pelo jornalista Dr. lelis Piedade, em mãos de oficias do exercito no forte de são Pedro em salvador e tratou dela carinhosamente,fora entregue ao general artur de Oscar por Antonio beatinho.Na guerra Um tiro embaixo do braço lhe deixou ainda com sequelas.Voltando a sua terra natal, viveu muitos anos ainda no povoado sertanejo na Macambira, hoje coberta pelas águas do vaza-barris.
(Poema de Francisco Maganbeira que participou da guerra de canudos, integrando no grupo acadêmico de medicina que segiu para o sertão acompanhando as tropas do exército) .Tentando tomar ou fazer parar o canhão um dos filhos do velho macambira se aventura em um dos épisodios mais famoso da guerra, tentou tmar a raça um dos canhões da expedição de Artur oscar. sacrificou-se com alguns companheiros ,perdeu a vida e ganhou um poema de De Francisco Maganbeira.
o Héroi.
Ei-lo morto! Por fim tombou inanimado
Entre o espanto glacial da tropa que, sentida,
Se ajoelha ante o seu corpo heróico e ensangüentado...
Tinha tanto valor na luta enraivecida
Que parece que a morte iníqua respeitava,
Deslumbrada de assombro, aquela nobre vida.
Quando a luta era mais aterradora e brava,
Ele, em meio à fumaça escura, aparecia,
E, entre as balas e o horror, intrépido, passava...
A tropa, eletrizada, ao ver-lhe a galhardia
E a bravura sem par, colérica e ofegante,
O seu vulto sereno, a delirar, seguia.
E então -- que frenesi !
O prélio nesse instante redobrava de fúria;
o ronco da metralha era maior,
E o chão ficava flamejante...
E ele, calmo, afrontando a raiva da batalha,
Ia a força contrária, altivo, rechaçando,
Bem como o furacão que as árvores desgalha.
Jamais alguém o viu estremecer ...
e, quando o combate horroroso e incerto ia crescendo,
Sempre o viam tranqüilo, as forças animando.
E, se desembainhava, entre o rugido horrendo
Dos canhões, a espelhante espada gloriosa,
Dir-se-ia ter nas mãos um facho resplendendo.
Sempre foi vencedor ...
a sua valorosa voz jamais ordenou, cheio de medo e espanto,
Uma só retirada ou fuga desastrosa.
Assim o batalhão pungido chora tanto
Porque afinal morreu aquele que era forte como o oceano,
tendo um coração de santo...
Lamenta o que jamais tremeu diante da morte,
Até ver o adversário entregue e prisioneiro
Ante o enorme valor de sua audaz corte.
Se era brando na paz, ficava sobranceiro
Na guerra, e, sendo assim, nele os soldados viam
A um tempo, um comandante, um pai e um companheiro.
Há pouco, entre o rumor das balas que zuniam,
Ele passava, quando um tipo violento o matou;
E, ao olhá-lo assim, todos sofriam.
Por isso o batalhão, neste cruel momento,
Pensa vê-lo surgir do chão onde descansa,
Tendo a espada nas mãos, como um deslumbramento...
Ergue-se a radiar, e, glorioso, avança
Com a mesma intrepidez que tinha na peleja...
Mas, vendo prisioneira uma gentil criança,
Curva a fronte, e, chorando a sua face beija.
http://escritoramariarayalves.blogspot.com/
Foto de umas das tantas serras e montes que temos em canudos.Belíssima e Explêndida!