Magia
Num dos vários impasses que eu tive com alguém quando falei que utilizava magia, este alguém me levantou pontos que me serviram novamente como base para meditações, e a conclusão de que sempre de alguma forma eu tenho razão.
“E ele disse:
- Eu não acredito em magia!
- O que pra você é magia? – eu perguntei.
- Magia pra mim é Harry Potter, e isso não existe.
- Bem... Se magia fosse realmente o que há em Harry Potter nem eu acreditaria, ou você não estaria vivo... (Esta última parte eu pensei mais do que realmente disse)”.
Segundo Scott Cunningham, em seu livro “Guia Essencial da Bruxa Solitária”: “A magia é a projeção das forças naturais para gerar efeitos necessários”. Em outras palavras, magia é o uso de tudo o que está ao seu redor em função de alguma coisa. É o querer, desejar, sentir e o vibrar. É o viver. Ainda usando Cunningham como fonte, ele nos diz que há três fontes de forças naturais: o poder pessoal, o poder da Terra e o poder divino.
Em minhas vivencias e experiências eu aprendi que não há apenas três fontes de forças naturais. Se pensarmos bem (e lermos e entendermos o que Franz Bardon explica no seu Livro “A Magia Prática”), tudo e exatamente tudo, vem das forças naturais – Entendam “natural” como vindos da energia de Fogo, Água, Terra e Ar – e estas mesmas são em conjunto e originadas pela força divina (Akasha).
Então se a Terra, o Universo e tudo que há nele se originam de forças - não os elementos como conhecemos - mas sim forças diferentes (ora passivas, ativas, neutralizantes ou potencializadoras), que por sua vez vem da energia divina, logo o Universo inteiro é divino. Se o Universo é o macrocosmo do divino, um indivíduo seria o microcosmo. Posso dizer então a partir disso que poder pessoal, poder da terra e poder divino são no fim apenas um tipo de energia oriundos da mesma e única fonte.
Que fonte é esta? Como encontrá-la e conectar-me a ela?
Há várias religiões, tradições, Deuses, Deusas e várias outras crenças que explicam sempre a mesma coisa que o homem das cavernas reconheceu ao ter consciência de si e do que o rodeava. Ele descobriu ao ver a mulher sangrar todo mês a ponto de morrer e não morrer. Viu um circulo de luz em um céu claro e outro circulo menos luminoso num céu escuro e percebeu pouco a pouco que este dois círculos influenciavam seu ambiente e assim suas vidas e assim por diante. Tudo isto, toda esta energia que aparentemente foge do nosso controle e nos controla é uma representação desta energia, do Akasha. Uma representação bem turva e mal definida, devo dizer.
Como utilizar esta energia é o grande diferencial que causa tanta polemica e desavenças entre as religiões. Cristãos usam-na por meio de orações, preces, e seguindo as palavras da bíblia. Cientistas tentam desvendar esta força, explicá-la, destrinchá-la e enfraquecê-la, o que não conseguem fazer. Bruxos usam esta energia de forma devocional, intuitiva, instintiva, natural. É aquela coisa de: deu na telha? Tem lógica para nossa mente? Está dentro de nossas crenças, ou pode ser habilitado paras as mesmas? É magia.
Utilizamos a criatividade, o amor pela divindade, o amor próprio (que no fim é o mesmo), a força de vontade e principalmente nossa fé e desejos para podermos “controlar”, nos harmonizar com o Akasha e por meio disto conseguirmos o que ansiamos. O que vai ser cobrado? As conseqüências? Sinceramente eu parei de questionar e mesmo me preocupar. Uma avalanche não se preocupa com o que está na sua frente. Uma jaca não quer nem saber o que tem embaixo dela pra poder cair. Apenas cai, porque chegou a hora, porque ela quis, porque faz parte da natureza dela, porque o Akasha permitiu que fosse assim. É com este pensamento que pratico magia.
Tinha o costume de dizer que magia era energia e que nós a movíamos pela vontade e desejos. Na mesma conversa que me fez meditar, alguém que apontou que isto era psicologia. No entanto psicologia não existia em 500 a.C (esqueci a outra forma de marcar o tempo, vou ter que usar Cristo como marcador ainda), o que existia não era mais nada que a certeza de quem se era, do que se acreditava, do que se queria e como conseguiria aquilo. A magia estava feita.
Alguém me pergunta: “Então há ações do nosso cotidianos que são magia, como se aprontar , se arrumar e se maquilar toda pra conquistar aquele cara que a tempos olhamos?”. Eu digo que com certeza. Você usou das suas ferramentas e possibilidades em busca de algo que você queria. Energeticamente ou fisicamente houve influência Akashica, pois você é ele, você está com ele e você operou uma magia.
Simples demais para ser temida? Simples demais ara ser julgada como algo errado e demoníaco? Pois é... Nossas vozes foram caladas várias e várias vezes pelas novas religiões que preferiram seguir um manual de vida do que o decorrer da própria vida. Não pudemos espalhar para o mundo o quão maravilhoso é ser livro e ligado ao divino poder. Tivemos de fazer mistério, encobrir com véus, fazer ameaças e criar maldições para proteger o nosso maior tesouro: nós mesmos e tudo que podemos e queremos ser.
Uma das minhas várias meditações sobre o que é magia. O mais perto do que para mim é magia, de como a encaro e como a utilizo. A primeira postagem oficial sobre minha fé e religião. Espero que apreciem e abram suas mentes.