Tuna Dwek – Arte em Pessoa
Além de atriz é socióloga, tradutora e escritora... Fala cinco idiomas fluentemente.
Tuna acredita que todas essas outras funções acrescentam muito no seu trabalho de atriz. Ela diz que a sociologia te ajuda muito no momento de ler um texto.
Atuou nos curtas: “Manual para Atropelar Cachorro” em 2005, “O Quintal dos Guerrilheiros” também em 2005 e recentemente gravou o curta “Minha Obra”, da atriz Bárbara Paz (o primeiro curta da atriz). Acredita ser importante fazer os curtas, pois tudo que o ator faz é útil. Também participou do seriado “Minha Nada Mole Vida” da Rede Globo, e falou ter sido um desafio, pois acha menos difícil fazer drama: “É menos difícil eu tocar você com a emoção do que com o humor. Drama todo mundo tem”. Na TV Trabalhou nas minisséries “Um Só Coração” de Maria Adelaide Amaral e “JK” também de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, ambos na Rede Globo. Nas duas minisséries a atriz fez duas personagens que existiram. Marinette Prado (personagem Francês de Um Só Coração) foi à idealizadora da Semana de Arte Moderna de 22 em São Paulo. Olímpia Garcia (personagem Espanhola de JK) uma cafetina. Outras francesas foram interpretadas por Tuna, em “Da Cor do Pecado” e “Essas Mulheres” da Rede Record. Atuou também em “A Diarista”, “Queridos Amigos”, na novela “Ciranda de Pedra”. E também fez muitos comerciais. Atualmente a atriz atua na novela: “Tempos Modernos”.
E não é coincidência seus papéis serem ligados a línguas estrangeiras, ela diz ser intencional, “Porque eles sabem que eu falo de verdade, não faço de conta”.
Para compor a personagem Olímpia Garcia de JK a atriz foi para Madri e diz que ficava 24 horas pensando, falando e treinando em espanhol, quando voltou para o Brasil, ela e seu assessor de imprensa foram para a Rua Aurora, na Avenida São João e Rua Augusta, pois queria entender de perto esse universo. O universo da prostituição, tem uma visão muito glamurosa no cinema, no teatro e na televisão. Mas diz que na verdade, o ponto de partida deste mundo é a necessidade. Em suas visitas nunca deixou claro a sua intenção naquele lugar, sempre entrava como uma cliente, e saía rapidamente, porque essa realidade pesada te deprimia.
Tuna sabe separar bem o profissional da vida pessoal, deixa seus personagens nos palcos, nunca os leva para casa, mas que adquiriu com a experiência, pois somente o tempo ensina a separar.
Como escritora publicou: “Maria Adelaide Amaral – A Emoção Libertária” onde tive o prazer de presenciar o lançamento do livro e “Alcides Nogueira – Alma de Cetim”. Tuna diz ter sido fácil escrever sobre ambos, pois ter uma grande amizade, de anos: Só ajudou! E em breve lança mais duas biografias: da fotógrafa Vânia Toledo e da atriz Denise Del Vecchio.
E além de tudo isso se dedica ao teatro, em 2006 participou de algumas leituras do Letras Em Cena e do Nunca Se Sábado e para este ano já tem várias propostas.
É uma das artistas mais completas que tem e vem contribuindo para o crescimento da nossa arte. E tem o dom de fazer amizades por onde passa e cativar multidões, por sua generosidade, amizade, inteligência e conhecimento da vida.
Acredito que para ser a “Arte” não bastava somente ser poliglota, ser socióloga, escritora, tradutora, atriz... Tinha mesmo que ter a simpatia que somente Tuna Dwek tem. E a arte agradece!!!
“Tenho o prazer em te ter como amiga, não pelo que teu nome representa na nossa arte, mas por ser Tuna Dwek, a pessoa simpática, humorada, humilde, que só tem a acrescentar nas nossas vidas! E obrigado a Nanda Rovere por me apresentar essa incrível mulher!”.
Texto publicado pelo jornal Folha da Cidade em 2007 e atualizado em 2010.