HÁBITO DA LEITURA
Há muito tempo que venho tentando entender essa síndrome da “não leitura”. Sempre ouço, leio, assisto que os brasileiros não gostam de ler. E tento entender o porquê disso.
Para se escrever, existem outras exigências. É necessário conhecimento, ter opinião bem formada sobre o que escrever. Necessário também que se conheça o mínimo de gramática, principalmente de concordância verbal, concordância nominal, etc. Para escrever de forma mais profunda, descrevendo fatos, é necessário mais; é necessário que se tenha também uma forte dose de aptidão para isso, certo talento até, ou vocação, que o seja.
E para ler, o que é preciso? Hábito seria? Mas para se adquirir o hábito somente com o exercício da leitura e como obtê-lo sem se iniciar? Curiosidade talvez? Sim, a curiosidade seria um mecanismo de levaria as pessoas à leitura.
Penso, penso, tento chegar a alguma conclusão mais acertada e não chego a nada. Apenas suposições. Essa história de que tem que aprender de pequeno, que tem que existir o exemplo dos pais, que a escola é a responsável, que é o professor que precisa incentivar, que os livros são muito caros e tantos outros motivos tão vastamente expostos não me convence.
E o mais estranho em tudo isso, é que na medida em que evoluímos em inúmeros, em quase infinitos aspectos, o hábito da leitura recua, retrocede. A cada dia temos menos pessoas lendo. E não falo apenas de ler livros, romances que seja. A cada dia se lê menos, nem mesmo os assuntos que dizem respeito ao seu dia-a-dia; até mesmo nas atividades profissionais, as pessoas praticamente não lêem. É preocupante, que mesmo os estudantes, cada dia lêem bem menos, mesmo que para fazer provas.
É tão comum que os assuntos expostos de forma escrita, por mais importante que sejam, normalmente não são lidos em sua íntegra. A prova disso é que na medida em que se evolui em tecnologia, na medida em que tudo se desenvolve, o processo de comunicação profissional proporcional e assustadoramente regride. Tanto é verdade, que o maior problema das empresas, em todos os cantos, em todos os segmentos, é a deficiência da comunicação. Até mesmo a comunicação verbal, mas em se falando de comunicação escrita, é ainda mais aviltante.
Qualquer mensagem, qualquer texto que exija alguns minutos de leitura, a grande maioria das pessoas ficam nas primeiras linhas e às vezes às últimas. Além disso, mesmo quando lidas, normalmente são mal interpretadas, exatamente pela falta de leitura; a falta de capacidade de interpretaçao. E isso causa sérios problemas de comunicação em todos os sentidos.
Estou escrevendo este texto e tenho absoluta convicção que poucas serão as pessoas que se darão ao trabalho de lê-lo. E dessas poucas que iniciarão, menos ainda chegarão ao final e dessas, ainda menos pessoas terão discernimento para interpretar adequadamente o que estou expondo, o que estou tentando dizer, a mensagem que estou tentando repassar.
E é tão fácil distinguir em meio às pessoas, aquelas poucas que tem o hábito da leitura. Normalmente são pessoas com conhecimento amplo, que sabem das coisas que lhe rodeia, que tem melhor compreensão das atitudes de quem lhe rodeia. São pessoas menos aflitas, menos ansiosas, mais equilibradas, exatamente porque vão acumulando conhecimentos tantos, que – independente de sua atividade – tem uma melhor compreensão do meio em que vivem, do seu habitat.
E grande parte dos males que tanto afligem as pessoas e normalmente traduzidas em aflições, em ansiedade, insegurança e medos, tem origem na ignorância; exatamente a ignorância é a causa do medo e do medo derivam todos os demais problemas e conflitos que tanto afligem as pessoas, transformando nessa doença coletiva da ignorância. Pior é que essa ignorância é sempre mascarada, escondida, tapada e afogada por falácias e faz-de-conta. Entorpecidas por pseudo sucesso econômico, boa aparências e tudo mais oriundo do endo marketing e suas vicissitudes.
A falta de leitura - bem lá no fundo - entendo seja mais uma manifestação da doentia e nefasta preguiça. Aliás, a preguiça bem no fundo não existe, o que existe na realidade, é a “síndrome do desejo adiado”. É sim. A preguiça não existe não. São apenas desejos ou necessidades adiadas. O preguiçoso jamais assume que não vai fazer determinada coisa. Ele simplesmente diz que vai fazer depois. Que depois ele faz. Que se não leu, foi por falta de tempo, mas que vai ler.
Então, estou concluindo por mais uma suposição para o falta de leitura: A síndrome do desejo adiado, ou em outra palavra, mais simples, mais direta, a preguiça.
Ou quem sabe seria o complexo do “sabe tudo”. Bom, esse é outro assunto, que merece ser bem mais esmiuçado. E não posso abusar da boa vontade de quem leu este artigo até aqui. A vocês, parabéns e muitíssimo obrigado pela leitura.
Há muito tempo que venho tentando entender essa síndrome da “não leitura”. Sempre ouço, leio, assisto que os brasileiros não gostam de ler. E tento entender o porquê disso.
Para se escrever, existem outras exigências. É necessário conhecimento, ter opinião bem formada sobre o que escrever. Necessário também que se conheça o mínimo de gramática, principalmente de concordância verbal, concordância nominal, etc. Para escrever de forma mais profunda, descrevendo fatos, é necessário mais; é necessário que se tenha também uma forte dose de aptidão para isso, certo talento até, ou vocação, que o seja.
E para ler, o que é preciso? Hábito seria? Mas para se adquirir o hábito somente com o exercício da leitura e como obtê-lo sem se iniciar? Curiosidade talvez? Sim, a curiosidade seria um mecanismo de levaria as pessoas à leitura.
Penso, penso, tento chegar a alguma conclusão mais acertada e não chego a nada. Apenas suposições. Essa história de que tem que aprender de pequeno, que tem que existir o exemplo dos pais, que a escola é a responsável, que é o professor que precisa incentivar, que os livros são muito caros e tantos outros motivos tão vastamente expostos não me convence.
E o mais estranho em tudo isso, é que na medida em que evoluímos em inúmeros, em quase infinitos aspectos, o hábito da leitura recua, retrocede. A cada dia temos menos pessoas lendo. E não falo apenas de ler livros, romances que seja. A cada dia se lê menos, nem mesmo os assuntos que dizem respeito ao seu dia-a-dia; até mesmo nas atividades profissionais, as pessoas praticamente não lêem. É preocupante, que mesmo os estudantes, cada dia lêem bem menos, mesmo que para fazer provas.
É tão comum que os assuntos expostos de forma escrita, por mais importante que sejam, normalmente não são lidos em sua íntegra. A prova disso é que na medida em que se evolui em tecnologia, na medida em que tudo se desenvolve, o processo de comunicação profissional proporcional e assustadoramente regride. Tanto é verdade, que o maior problema das empresas, em todos os cantos, em todos os segmentos, é a deficiência da comunicação. Até mesmo a comunicação verbal, mas em se falando de comunicação escrita, é ainda mais aviltante.
Qualquer mensagem, qualquer texto que exija alguns minutos de leitura, a grande maioria das pessoas ficam nas primeiras linhas e às vezes às últimas. Além disso, mesmo quando lidas, normalmente são mal interpretadas, exatamente pela falta de leitura; a falta de capacidade de interpretaçao. E isso causa sérios problemas de comunicação em todos os sentidos.
Estou escrevendo este texto e tenho absoluta convicção que poucas serão as pessoas que se darão ao trabalho de lê-lo. E dessas poucas que iniciarão, menos ainda chegarão ao final e dessas, ainda menos pessoas terão discernimento para interpretar adequadamente o que estou expondo, o que estou tentando dizer, a mensagem que estou tentando repassar.
E é tão fácil distinguir em meio às pessoas, aquelas poucas que tem o hábito da leitura. Normalmente são pessoas com conhecimento amplo, que sabem das coisas que lhe rodeia, que tem melhor compreensão das atitudes de quem lhe rodeia. São pessoas menos aflitas, menos ansiosas, mais equilibradas, exatamente porque vão acumulando conhecimentos tantos, que – independente de sua atividade – tem uma melhor compreensão do meio em que vivem, do seu habitat.
E grande parte dos males que tanto afligem as pessoas e normalmente traduzidas em aflições, em ansiedade, insegurança e medos, tem origem na ignorância; exatamente a ignorância é a causa do medo e do medo derivam todos os demais problemas e conflitos que tanto afligem as pessoas, transformando nessa doença coletiva da ignorância. Pior é que essa ignorância é sempre mascarada, escondida, tapada e afogada por falácias e faz-de-conta. Entorpecidas por pseudo sucesso econômico, boa aparências e tudo mais oriundo do endo marketing e suas vicissitudes.
A falta de leitura - bem lá no fundo - entendo seja mais uma manifestação da doentia e nefasta preguiça. Aliás, a preguiça bem no fundo não existe, o que existe na realidade, é a “síndrome do desejo adiado”. É sim. A preguiça não existe não. São apenas desejos ou necessidades adiadas. O preguiçoso jamais assume que não vai fazer determinada coisa. Ele simplesmente diz que vai fazer depois. Que depois ele faz. Que se não leu, foi por falta de tempo, mas que vai ler.
Então, estou concluindo por mais uma suposição para o falta de leitura: A síndrome do desejo adiado, ou em outra palavra, mais simples, mais direta, a preguiça.
Ou quem sabe seria o complexo do “sabe tudo”. Bom, esse é outro assunto, que merece ser bem mais esmiuçado. E não posso abusar da boa vontade de quem leu este artigo até aqui. A vocês, parabéns e muitíssimo obrigado pela leitura.