Novo octogenário na praça (publicado originalmente em 14/12/2024)
Três meses atrás, 25/9, Michael Douglas completou 80 anos. Pouca gente sabe, mas começou a se destacar no cinema não na atuação, mas na produção – 1975, ‘Um Estranho no Ninho’. Coube a ele convenceu ao pai, o lendário Kirk Douglas (1916-2020), a entregar o papel principal a Jack Nicholson – Kirk, que comprara os direitos do livro na década de 1960, queria interpretar o protagonista Randle Patrick McMurphy, que havia encarnado no teatro anos antes. Michael achou adequado um ator mais jovem.
Ganhou a batalha, o filme levou os principais Oscars (incluindo o de ator a Nicholson) e o cineasta iniciante viu a fama explodir. A mãe, Daina Douglas (1923-2015), também era atriz. Os pais se divorciaram quando o garoto Michael tinha 7 anos. Diana morreu de câncer, num retiro a artistas, depois de se casar outras duas vezes. Michael percorreu grande parte dos anos 80 fazendo filmes sem interesse, já como ator. Porém, em 1987, ao dar vida a Gordon Gekko em ‘Wall Street’, surpreendeu a todos com seu trabalho, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator, quando derrotou o próprio Nicholson, por ‘Ironweed’, depois de passados 12 anos de ‘Um Estranho no Ninho’.
A continuação, ‘Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme’ (2010), não chamou a atenção do público. ‘Atração Fatal’ (também de 1987) e ‘Instinto Selvagem’ (1992) contribuíram à fama de ‘garanhão viciado em sexo’, principalmente no segundo, quando, contracenando com Sharon Stone, teve sequências bem quentes diante das câmeras. A esta altura, não era mais ‘filho de Kirk’, mas Michael Douglas.
Livrou-se da sombra do pai. ‘Traffic’ (2000) e ‘Refém do Silêncio’ (2001) se destacaram. Nos últimos tempos esteve em fitas que ironizavam a velhice, ‘A Última Viagem a Vegas’ (2013), ou pontas cômicas, ‘Minhas Adoráveis Ex-Namoradas’ (2009). O casamento com Catherine Zeta-Jones, exatamente 25 anos mais nova (ela também é de 25/9), agitou o show business. As bodas de prata serão ano que vem.