Como vender a Lua. Filme. Minha Crítica
Afinal, foi fake ou aconteceu mesmo em 1969?
Os Norte Americanos desceram esses homens na Lua? Há controvérsias desde antão. Na teoria da conspiração, foi um “reality show” de cenas exibidas (live) na televisão. Mas, eu vi. Eu vi naquela tarde e me lembro que fiquei encantado que até escrevi um poema: “ O espaço é, o meu senhor “
A questão é: O filme é baseado em fatos reais - Que fatos? Ou os fatos supostamente reais deram origem as controvérsias que perduram até aos dias de hoje?
Não há como saber.
Como vender a Lua, filme dirigido por Greg Bellanti e magistralmente interpretado por Scarlett Johansson e um fenomenal gato cujo nome também ficou em segredo.
Scarllet dá um show de marketing e sensualidade com seu figurino da época (anos 70) e com seus cabelos loiros estilo channel. Os dois são os protagonistas dessa comédia romântica.
Um gato na Lua
Esta foi sem dúvida a cena mais inusitada e hilária do filme. Aconteceu quando um gato preto detona o set de filmagens e passa correndo frente as câmeras. Nas instalações da montagem e lançamento dos foguetes, da cápsula lunar da NASA em Cabo Canaveral, vivia um gatinho preto querido por todos menos o supersticioso diretor de lançamento Cole Davis (Channing Tatum) que acreditava no azar ao cruzar com tal gato, mas que ao final o bichano acabou bagunçando a cena do falso desembarque lunar. O diretor Cole Davis e a marqueteira Kelly que viviam às turras, mas que acabam se apaixonando são os verdadeiros responsáveis pela ideia de vender a NASA ou a Lua ao público.
A NASA que na época corria contra o tempo de alcançar os Soviéticos na corrida espacial, receosa de algo dar errado, contratou a interessante marqueteira Kelly Jones (Scarlett Johannson) para que ela com seu conceituado trabalho em Marketing comercial e seu carisma além de sua atraente sensualidade, levantasse junto à opinião pública o moral da Agencia Espacial. Eles estavam (como sempre) lutando para conseguir mais verbas com o Senado Americano, cujos senadores relutavam, pois, havia uma pressão do eleitorado para destinar mais verbas para os programas sociais. Foi então que ela teve uma ideia de criar um reality show de um desembarque lunar dentro de um estúdio (set) montado na instalação da NASA, simultâneo ao desembarque real na Lua. No momento do lançamento próximo à contagem regressiva eles que tiveram a ideia de colocar uma câmera acoplada ao módulo para transmitir ao vivo, e assistido pelo pessoal do lançamento, tiveram a surpresa de que o monitor de TV não funcionava, o que fez que Kelly e assessores saíssem em desabalada carreira até o comércio da cidade para adquirir um aparelho de TV. Tudo estava configurado para dar certo, ao mesmo tempo que os astronautas desciam do módulo lunar na Lua e no set de filmagem, até que um gato assustou o operador de efeitos, que acabou caindo e expondo a farsa ao vivo na TV.
O filme é um misto de romantismo e comédia da época em que Hollywood apresentava uma safra de filmes românticos e engraçados que nos fazia rir e chorar nas noites de domingo. Além disso o filme faz um apelo à nossa reflexão sobre o poder da mídia e o que a Televisão pode criar uma cena falsa, o oposto dos fatos reais, muito mais hoje em dia com os recursos da IA.
O filme é bom e recomendo.
Julho de 2024
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Por Álvaro Francisco Frazão
Myself.