Amazonas ressurge: Uma joia rara do cinema Brasileiro redescoberta após um século

Filme brasileiro é encontrado após 100 anos - Amazonas, O maior rio do mundo (1918 - 1920) - Trechos - Silvino Santos - Cinema Brasileiro

Um Tesouro Perdido Retorna à Luz:

Em um achado fortuito nos arquivos da Národní Filmový Archiv, em Praga, República Tcheca, ressurge um tesouro perdido há quase um século: o documentário mudo "Amazonas, o Maior Rio do Mundo", realizado em 1918. Considerada uma "pérola rara" do cinema brasileiro, a obra foi vítima de um roubo por um dos produtores antes de sua estreia, sendo vendida para o exterior com outro título. Apesar do sucesso na Europa, o filme desapareceu na década de 1930, restando apenas uma cópia em Praga.

Um Pioneiro na Documentação da Amazônia:

Dirigido por Silvino Santos, um dos primeiros cineastas a registrar a Amazônia em imagens, "Amazonas, o Maior Rio do Mundo" é um marco na história do cinema brasileiro. Filmado ao longo de três anos, entre 1918 e 1920, o documentário apresenta, em preto e branco e sem som, um registro singular da região. A câmera de Santos percorre o rio Amazonas desde o Pará até o Peru, capturando imagens de festas populares como o Círio de Nazaré, plantações, belezas naturais, a vida urbana e a dos povos indígenas que habitavam a margem do rio.

Mais do que um Filme: Um Retrato de uma Época:

A redescoberta de "Amazonas, o Maior Rio do Mundo" vai além do resgate de uma obra cinematográfica de valor histórico. O filme oferece um olhar único sobre a Amazônia no início do século XX, revelando um passado rico em cultura, tradições e costumes. As imagens captadas por Santos servem como um documento precioso para estudos históricos e antropológicos, permitindo uma análise aprofundada da vida na região naquela época.

Um Legado para as Gerações Futuras:

A reaparição de "Amazonas, o Maior Rio do Mundo" após um século é um lembrete da importância da preservação do patrimônio audiovisual. O filme ressalta a necessidade de ações conjuntas para garantir a recuperação e o acesso a obras cinematográficas raras, como forma de manter viva a memória cultural do país. Através da preservação e do estudo de obras como essa, podemos compreender melhor nosso passado, fortalecer nossa identidade e construir um futuro mais consciente e conectado com nossas raízes.

Um Novo Capítulo para "Amazonas":

Recentemente exibido em um festival de cinema mudo na Itália, "Amazonas, o Maior Rio do Mundo" abre caminho para novas apresentações no Brasil e na Europa. Essa redescoberta abre portas para diversas possibilidades, como estudos aprofundados sobre a produção audiovisual brasileira da época, análises do impacto cultural do filme e reflexões sobre a importância da preservação da memória audiovisual. Mais do que um simples filme, "Amazonas, o Maior Rio do Mundo" se configura como um patrimônio cultural de valor inestimável, que convida-nos a revisitar um passado rico e a celebrar a beleza da nossa história.

Sinopse:

Um registro das diversas manifestações culturais e naturais que acontecem ao longo do curso do rio Amazonas. Percorrendo do Pará ao Peru, o filme mostra festas populares como o Círio de Nazaré, plantações, belezas naturais, a vida da cidade e dos povos indígenas que habitavam a região.

Fontes de pesquisa:

Cinema Brasileiro Archives [CBA]

https://www.cinemateca.org.br

https://youtu.be/1K4BnAObXIM

https://youtu.be/LEw0sAuJK3E

https://youtu.be/HN084ATIkM4

https://www.justwatch.com/br

SINOPSE

Documentary by Portuguese Silvino Santos, about the Amazon, its flora, fauna, its inhabitants and among other wonderful images from the beginning of the 20th century with alternating close-up shots of caimans, jaguars and tropical flora with footage of Indigenous rituals--including some of the earliest known moving images of the Indigenous Witoto people--and longer sequences showcasing the region’s extractive industries: rubber, the Brazil nut, timber, fishing, even the egret feathers that were a staple of women’s fashion at the time.