Notting Hill (publicado originalmente em 4/5/2024)
Durante um tempo, não sei o motivo, tive certeza de que Julia Roberts havia sido indicada ao Oscar de atriz por ‘Um Lugar Chamado Notting Hill’, que em julho comemorará 25 anos de estreia. O filme está no top-10 de minha esposa e, creio, no de outras tantas mulheres que amam histórias românticas, mesmo que algumas sejam meladas demais. À minha surpresa, nunca este longa-metragem foi tema desta coluna. Nunca é tarde.
Trabalho mais conhecido do diretor Roger Michell (morreu aos 65 anos, em 2021), conta como William Thacker (Hugh Grant), dono de livraria independente no bairro de Londres que dá título à fita, e Anna Scott (Julia Roberts), atriz conhecida mundialmente, se conhecem, dentro daquela loja. Ao derramar café na artista, vão à casa dele. Impulsivamente se beijam. A atração é imediata.
Entre idas e vindas, se apaixonam. Mas, claro, há obstáculos, como em qualquer roteiro de amor. Ela é vítima de tabloides, tem um ex-namorado impertinente e não para em casa, devido à carreira. Ele tem vida pacata, mora com um sujeito estranho e procura ficar longe de confusão. Porém, a paixão é maior do que qualquer entrave.
Uma das cenas que os fãs mais adoram é a do jantar na casa da irmã de William, quando quase ninguém reconhece Anna e perguntam banalidades a ela. Numa brincadeira da produção, quando é questionada sobre o cachê de seu último trabalho, responde, na lata: ‘15 milhões de dólares’. Foi o valor real que Julia Roberts recebeu a filmar ‘Um Lugar Chamado Notting Hill’. Aliás, Michell não acreditava que ela toparia o projeto. Após ler o script, a atriz não teve dúvidas em aceitar. A escolha de Grant foi de Richard Curtis, produtor. Já haviam trabalhado juntos antes e a opção por ele, unânime. A música ‘She’ paira na película o tempo todo. Alec Baldwin faz uma ponta como o namorado de Anna. Duração: 124 minutos. Cotação: bom.