Sartre: O ser e o nada, a destruição de Aristóteles e a morte de Deus.

Jean Paul Sartre ao formular sua magnífica obra, O ser e o nada, destrói Aristóteles, do mesmo modo, Tomas de Aquino, destruído a Filosofia medieval e a metafísica.

Com sua epistemologia, Sartre prova a não existência de deus, pelo fato da não existência da relação da potencia com o ato.

O que há é tão somente a potencia e não o ato, sendo que o referido seria a representação máxima de deus.

Do ponto de vista das ciências em geral, existe apenas a evolução, sendo contínua, o fundamento biológico, químico e físico.

Com efeito, geneticamente o homem é apenas evolução, primeiro ele existe, a partir da existência define sua essência temporariamente, pelo fato de estar em constante superação.

A vida não tem sentido, porque tudo na natureza não tem finalidade, sendo a existência uma ilusão.

Deste modo, primeiro o homem existe, na existência se define em consonâncias com as condições culturais históricas.

Portanto, o homem é um ente em si, sua condição primordial, posteriormente, o homem vai se definindo historicamente, transformando um ente para si.

O ente para si não é concebido como uma ideia existente a priori, entretanto, como contínua evolução antropológica na formatação da sua essência, entendida como o ente si, dialeticamente com o ente para si, deste modo, continuamente em direção ao infinito, sem a ideia do ato em si, que seria a perfeição.

O fundamento da existência está no entendimento da natureza, que evolui continuamente sem chegar a um ponto fixo, sendo assim, deus não existe pois não existe a perfeição, o que há tão somente o movimento, a natureza é a efetivação da dialética cósmica.

Sendo assim, causa e efeito se efetiva na perspectiva da potência contínua e não do ato, se deus não existe, não há sentido para o mundo.

A angústia nasce quando a pessoa não aceita a realidade cientifica do mundo, insiste em dar significação para uma realidade sem sentido, assim sendo, o homem cria a cultura da má fé, o esforço contínuo para dar significação a existência.

A má fé, impossibilita a evolução humana, entretanto, a referida fundamenta na metafísica, cujo teor a prova da existência de deus imaginativamente, através da falsa física.

Como se existisse um ato no qual tenciona o movimento da potência, deste modo, a existência passa ter sentido, quando tal conceituação apenas uma falácia.

Portanto, a falácia do efeito da causa invertida, pois deus não é o fundamento da existência do homem.

O homem um subproduto da natureza, como subproduto quântico, volta sempre a sua integração natural, ou seja, na incorporação quântica do mundo.

Em síntese somos a poeira cósmica do universo, incorporada no planeta terra, a relação da potência e ato em Aristóteles não tem fundamento científico para evolução do mundo.

O homem é simplesmente o seu nada.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/05/2020
Reeditado em 23/05/2020
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