O grito perdido do grande silêncio.
Eu sou o princípio do fim, a anti causa da causa.
A metafísica idiossincrática do início do meio, a juventude perdida, na insubstancialidade do medo.
Sou o sonho turbinado pelo o silêncio das vozes, a pergunta não essencializada.
As vezes penso em quase tudo, sem poder dizer nada, sou o sorriso calado.
O começo do início, a proposta perdida, a dor do nada, a inexistência da existência.
A incausalidade do fundamento da anti matéria.
Sou a luz de hidrogênio exaurida pelo o tempo sem fim, a hora distante do instante passado.
Você não entende o brilho das estrelas, as ondas mar, a finalidade do fim.
Sou a beleza do ar, o vento que sente as tempestades, o lado forte da vossa fraqueza.
Sou o colorido das nuvens, a noite continuada, a eternidade indelével do esquecimento.
Força arquivada da vossa misericórdia, a luz dos buracos negros.
Sou a imaginação da não imaginação, o que devo dizer o sacrifício dos dias contados.
O desmanche da maldição, os bruxos encruzilhados, os deuses do céu.
A alegria sem felicidade, o encantamento das emoções não encontradas.
A verdade da história escondida, a distopia do desejo perdido, sou o anti fundamento do princípio formalizado.
A luz acesa do telhado quebrado, o olhar benéfico do mundo abismado.
As coisas da vida, a vela a do barco naufragado, sou a negação do sangue vampírico.
A grande pergunta, as coisas do olhar da anti essência do carrasco maldito.
Estou sobre a ponte quebrada a estrada entortada,
saiba que sou todo mundo, entretanto, o mundo está fora de mim.
Por isso sou o fim do início o começo dos meios inviabilizados, a cegueira da razão instrumentalizada.
O inicio do fim, a destruição das ondulações propositadas por ancorações incompreensíveis.
Edjar Dias de Vasconcelos.