O grito perdido do grande silêncio.

Eu sou o princípio do fim, a anti causa da causa.

A metafísica idiossincrática do início do meio, a juventude perdida, na insubstancialidade do medo.

Sou o sonho turbinado pelo o silêncio das vozes, a pergunta não essencializada.

As vezes penso em quase tudo, sem poder dizer nada, sou o sorriso calado.

O começo do início, a proposta perdida, a dor do nada, a inexistência da existência.

A incausalidade do fundamento da anti matéria.

Sou a luz de hidrogênio exaurida pelo o tempo sem fim, a hora distante do instante passado.

Você não entende o brilho das estrelas, as ondas mar, a finalidade do fim.

Sou a beleza do ar, o vento que sente as tempestades, o lado forte da vossa fraqueza.

Sou o colorido das nuvens, a noite continuada, a eternidade indelével do esquecimento.

Força arquivada da vossa misericórdia, a luz dos buracos negros.

Sou a imaginação da não imaginação, o que devo dizer o sacrifício dos dias contados.

O desmanche da maldição, os bruxos encruzilhados, os deuses do céu.

A alegria sem felicidade, o encantamento das emoções não encontradas.

A verdade da história escondida, a distopia do desejo perdido, sou o anti fundamento do princípio formalizado.

A luz acesa do telhado quebrado, o olhar benéfico do mundo abismado.

As coisas da vida, a vela a do barco naufragado, sou a negação do sangue vampírico.

A grande pergunta, as coisas do olhar da anti essência do carrasco maldito.

Estou sobre a ponte quebrada a estrada entortada,

saiba que sou todo mundo, entretanto, o mundo está fora de mim.

Por isso sou o fim do início o começo dos meios inviabilizados, a cegueira da razão instrumentalizada.

O inicio do fim, a destruição das ondulações propositadas por ancorações incompreensíveis.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 26/05/2019
Reeditado em 26/05/2019
Código do texto: T6657315
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