1964 - o Brasil entre armas e livros
Assisti ao documentário '1964 - o Brasil entre armas e livros' produzido pelo Brasil Paralelo. É ótimo. Bem documentado. Ao contrário do que dizem seus críticos, não louva os militares e tampouco justifica o assim chamado golpe de 64; exibe, contextualizada a história do Brasil naquele período na história mundial, o protagonismo do povo brasileiro, que, temendo a tomada do poder pelos comunistas, se manifestou contra João Goulart, após cuja queda clamou o povo às forças armadas, que assumiram o poder. Há, no documentário, muitos dados esclarecedores, dados que contestam, com base em documentos, tanto a versão narrada pelos esquerdistas, quanto à narrada pelos militares. É tal documentário uma obra de gente séria, lúcida, que assumiu o compromisso de estudar a fundo o tema, sem deturpá-lo para correspondê-lo a esta ou aquela ideologa. Não há ufanismo. É um documento histórico. Sendo assim, dada a seriedade de seus realizadores, por que, então, provocou tal documentário reação hostil virulenta, e de pessoas que nem sequer o assistiram? Por que, infelizmente, muita gente, reduzida à condição de cães de Pablov, perdeu o dom da inteligência: bastou tal gente ler, no cartaz, '1964', que se esgoelou, babando de ódio: "É filme de torturadores! Querem a volta do regime militar!' e outras sentenças de igual teor. Os militares não o apreciaram porque não foram enaltecidos; os esquerdistas, porque tal documentário não encampa a versão esquerdista da história, versão, esta, que, em mal prosa e péssima poesia, dá como heróis os revolucionários comunistas, que treinados e financiados pelos governos de Cuba, China e União Soviética, almejavam fazer do Brasil um Gulag tropical.