O HOMEM NAS TREVAS, E A RELATIVIZAÇÃO DOS CONCEITOS MORAIS.

"O homem nas Trevas" é o título de um filme de suspense psicológico de 2016, o diretor uruguaio Fede Alvarez quis se afastar de elementos sobrenaturais, aproximando-se mais do suspense do que do terror, apresentando três jovens assaltantes de casas em Detroit como fator problemático do enredo.

Eles entram na casa de um homem cego, um velho soldado de guerra que perdeu a visão em batalha, sofre pela perca de uma filha atropelada por outra jovem, e mantem esta jovem presa em seu porão e abusa sexualmente dela até que lhe dê uma nova filha.

Uma narrativa densa e sem mocinhos, enfatiza bandidos morais se degradiando nas suas justificativas pessoais para fazer o que fazem - um grupo de jovens degenerados assaltando um velho que também é um sequestrador e que abusa de uma jovem.

Entretanto, o diretor nos direciona a tomar partidos, expondo a vida particular de uma personagem dos assaltantes, a jovem Rocky, sensibilizando o público a torcer por ela ser bem sucedida em matar e roubar o velho cego.

Estes relativismos morais que nos fazem quebrar a noção de contrato social e torcer pelo assassino, são, na minha opinião, a premissa mais interessante do filme, o espectador se pega torcendo pelo sucesso do mal dos assaltantes e condenando instintivamente um homem cego que tinha, como ela, suas razões para fazer o que estava fazendo em seu porão.

Trazendo este relativismo para a vida real, sabe-se de uma declaração polêmica de um serial killer ateu e canibal, por nome Jeffrey Dahmer, que assassinou 17 garotas - ele fez uma confissão bastante reveladora sobre a conexão do Pensamento Relativista e a Teoria da Evolução de Darwwin, estas foram suas palavras antes de ser condenado:

"...eu sempre acreditei na teoria da evolução como verdade, que todos nós viemos do lodo, que quando nós morremos, você sabe, é isso, não há nada(...), ... Se uma pessoa não acredita que existe um Deus a quem prestar contas, então, qual é o sentido de tentar modificar o seu comportamento para mantê-lo dentro de padrões aceitáveis?"

O verdadeiro darwinista é desvinculado das noções morais herdados da religião, se um ateu ainda conserva padrões morais relativos a normativa social judaico-cristã, ele pode não acreditar em Deus, mas acredita na moralidade religiosa como verdade absoluta, só não sabe disso.

O Darwinista cinetifico é relativista nas questões morais e éticas, ou seja, o que é certo e errado hoje para uma sociedade, (como matar, roubar, fazer relações incestuosas, sexo com crianças etc., proibições morais estas ligadas a religião), amanha podem não ser errado, pois tudo é relativo.

Essa construção moral vem de uma herança, de uma genealogia como diz Friedrich Nietzsche. E tem origens na religião, diante disto, o verdadeiro ateu deveria se despir de toda moralidade que vem de herança religiosa, pois ao conserva-la como padrão de conduta e de relacionamento, este também confirma o caráter dependente da religião.

Um ateu dizer que não precisa da religião para ser bom é uma asneira sem igual, ele pode não precisar de um Deus para invoca-lo, mais precisa dos seus preceitos morais e é inundado por eles em seu dia a dia e modo de pensar, herança religiosa da conduta humana.

O marxismo cultural quer relativizar tudo isso e desconstruir essa moralidade judaico-cristã, extirpando-o da mente humana através da libertinagem sexual desregrada e da zombaria e contestação de tudo aquilo que se enquadra em um padrão social, em especial o modelo de família dada por Deus.

Nisto, a frase do filme "O Homem nas Trevas", o personagem velho e cego revela sua total desvinculação com os padrões moralistas da sociedade de cultura judaico-cristã, numa atitude de relativismo moral ele revela que; "Não há nada que um homem não possa fazer, depois que aceita o fato de que Deus não existe".

Lililson Santos

Lililson
Enviado por Lililson em 29/12/2018
Reeditado em 29/12/2018
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