Separação de imagens (publicado originalmente em 20/10/2018)
Foram três produções antes da de 2018 – 1937, 1954 e 1976, e com figuras do calibre de Jady Garland, Barbra Streisand. Agora, em 'Nasce uma Estrela', que estreou nesta semana, é a vez de Lady Gaga dar vida a Anny, a artista sem brilho descoberta por um cantor (Bradley Cooper, também diretor, produtor e roteirista do filme).
A fama da moça confunde os sentimentos de Jack (Cooper) e as vidas perversas do casal transforma o amor de alguma forma. O que escrever sobre Gaga, a popstar da década? Ela se desmontou para interpretar a jovem de classe média, garçonete insatisfeita e aspirante a compositora e cantora.
De cara limpa, supostamente sem maquiagens, debutou na sétima arte com vontade de ser o que não é, ainda: atriz. É claro que lhe falta técnica e a performance mais categórica, mas são em seus números musicais– e a trilha sonora é uma parte impactante– que Gaga fulgura e a câmera é a melhor amiga.
Cooper conseguiu deixa-la à vontade e o trabalho total desenvolvido pelo cineasta pode render frutos: a Academia de Artes, que elege os finalistas do Oscar, ama cantoras/cantores iniciantes assim no cinema – tenho quase a certeza de que será indicada a coadjuvante, bem como ele a ator e diretor.
A pergunta que fica: revela-se aí um novo diretor? Pode ser que sim. A sua próxima empreitada será a cinebiografia do maestro Leonard Bernstein, com Cooper no papel-título. 'Nasce uma Estrela' dá uma respirada com o surgimento da atriz Lady Gaga e o script, coberto com os shows de Jack e Anny, é um alvo que Cooper acertou em cheio.
Afinal quem não gosta da história de amor recheada de reviravoltas e salpicada de dramas, tragédias? Quem não conhece as filmagens de 37, 54 e 76 que levante o braço. Preparem seus lenços. Duração: 136 minutos. Cotação: ótimo.