Chapolin Colorado, o super-herói mexicano



Não contavam com a minha astúcia!



CHAPOLIN COLORADO, O SUPER-HERÓI MEXICANO




Criado nos anos 70 pelo genial Roberto Gomes Bolaños (o mesmo criador do Chaves e do Chespirito), Chapolin tornou-se popularíssimo, inclusive no Brasil, e seu seriado de televisão até hoje é exibido. Incursionou também pelos quadrinhos e apareceu num filme de longa-metragem.
Com seu aspecto de inseto — o uniforme vermelho com uma capa que faz lembrar asas de besouro, além das anteninhas — Chapolin completa o seu visual com a famosa “marreta biônica”, que a gente está vendo ser de borracha.
É, com certeza, uma sátira aos super-heróis norte-americanos da DC e da Marvel. Chapolin, que o próprio Bolaños interpreta, é um herói hilário: confuso, medroso, desastrado. Apesar disso ele conta vantagens e é cheio de bordões: “Não contavam com a minha astúcia!”, “Todos os meus movimentos são friamente calculados”, “Sigam-me os bons!”, “Palma, palma, não priemos cânico” (querendo dizer: “Calma, calma, não criemos pânico”), “Se aproveitam da minha nobreza” e “Suspeitei desde o início”.
Ninguém jamais explicou onde o Chapolin mora ou como ele surgiu. Ele aparece onde é necessário, por materialização instantânea, bastando que alguém fale em tom patético: “Oh! E agora? Quem poderá me ajudar?” (ou “nos ajudar”, ou “me defender”, ou “nos defender”). Aí ele aparece gritando “Eu!” e a pessoa replica entusiasmada: “O Chapolin Colorado!” (como se fosse grande coisa). Invariavelmente o Chapolin acrescenta: “Não contavam com a minha astúcia!”
Outro poder que o Chapolin tem é o das anteninhas captadoras. E ainda dispõe das pílulas encolhedoras, com as quais reduz por alguns minutos o seu próprio tamanho, o que lhe facilita as investigações.
Aparecem outros personagens na série. Um aliado ocasional é o presumido “Super Sam” (paródia do Tio Sam). Entre os inimigos, o Racha-Cuca e o Tripa Seca (bandidos do faroeste) e o pirata Alma Negra. Desconfio que o Racha Cuca e o Tripa Seca sejam o mesmo personagem, por conta de diferenças de tradução, já que ambos são interpretados pelo magérrimo Ramón Valdez (o mesmo que faz o Seu Madruga em “Chaves”).
Chapolin é, também, intemporal: materializa-se em diversas épocas, como no Velho Oeste, no tempo dos piratas e na II Guerra Mundial.



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