13º Capítulo do livro "Consagração"
-George Alvin-
George continuou sua viagem de olho nas colinas. Não queria ser surpreendido por nenhum bandido. Seguiu seu caminho num compasso ritmado com o seu cavalo. Mas estava mesmo era pensando na beleza sem igual da Senhorita Elizabeth Haullin. Desde que sua jovem esposa falecera, ele não se interessara por outra mulher. Aline Alvin , sua esposa, morrera havia uns cinco anos de pneumonia. Desde então George não se apaixonara por ninguém. Ele estava com 38 anos .Havia se casado com 30 anos. Viveu três anos com Aline, e ela logo adoeceu, vindo a falecer rapidamente. Aline não deixara filho, ela não engravidava de jeito nenhum. George queria um filho, mas logo que sua esposa adoecera ele perdeu as esperanças. Havia –se passado três anos do acontecimento. George não gostava de falar desse assunto com ninguém.E tornou-se um homem sério, calado. Ele era um inspetor federal, foi escolhido em Denver para investigar sobre os roubos de gado e os constantes assassinatos que haviam naquela região. Mas ele não poderia se apresentar como tal. Então ele teria que passar por peão , procurar um emprego em algum rancho e começar a investigação. Não sabia o que encontraria pela frente , mas seguiria seu destino. Logo ele teria a solução para a sua investigação. Primeiro ele iria procurar o xerife da cidade , passar por um homem procurando trabalho .O encontro com a moça o fez ficar curioso. Ele queria encontrá-la novamente. Ah...Elizabeth....nome lindo! Senhorita fina e educada, linda ,que ele não conseguia tirar a imagem dela da sua mente. Após uma hora e meia de galope avistou o povoado city Fort.Estava com a garganta seca , queria beber uma tequila e dirigiu-se ao cassino Liverpool. Deu uns tapinhas de leve no lombo do seu cavalo, e colocou as rédeas num toco de árvore perto do Cassino. Entrando no recinto logo percebeu que havia uns dois homens no balcão e uma garota sentada com as pernas cruzadas jogando a fumaça do cigarro para o alto. Logo que o viu piscou o olho para ele . George fez um aceno com a mão no chapéu e se dirigiu ao balcão. Os dois que estavam lá eram jogadores trapaceiros, e começaram a querer perturbá-lo.
-E aí filhinho da mamãe , está vindo de onde?Vai beber leite ou um suquinho? Perguntaram os arruaceiros rindo alto. George fez de conta que não ouviu.Eles se indignaram e continuaram.- Ei ...você não tem língua? Espera aí que se tiver vai ficar sem ela agora...e os dois bandidos levaram a mão no cinturão para pegarem as armas. Ao que George já estava preparado, e como o brilho de um relâmpago seu revólver 38 apareceu disparando dois tiros. Cada um dos arruaceiros viu sua arma no chão. Estonteados, olharam um para o outro, saíram correndo para fora do cassino. Então George pediu: -Uma tequila por favor. O garçom rapidamente pegou a garrafa e o copo e o serviu. A moça que estava na mesa ficou olhando admirada para o recém chegado.Nunca vira um gatilho tão rápido. Depois de mais uma dose George entregou um dólar para o garçom . Já ia se retirando quando a moça o interrogou:-Oi ..você aí forasteiro no povoado, não quer tentar a sorte no Pôquer? George aproximou-se da mesa, cumprimentou a moça que disse chamar-se Rosa e respondeu gentilmente.
-Não Senhorita, desta vez não. Procuro o xerife...pode me dizer onde fica a delegacia?
Rosa pergunta:
-Veio de longe?
-Sim... vim de longe, procuro trabalho.
-Bom...a delegacia fica a uns quinhentos metros daqui.
-Obrigado Rosa.
-E o seu nome?
-George. Me chamo George.Até mais.
E saiu pela portinhola que ficou balançando para lá e para cá. Precisava encontrar o xerife urgente. Montou no seu cavalo e saiu a procura da delegacia.
Autora: Margareth Rafael