God Bless América critica de cinema

God Bless América - critica de cinema

Paulo Sergio Larios

“(Deus abençoe a América) dirigido pelo comediante e ator Bobcat Goldthwait (o Zed de “Loucademia de Polícia”).

O filme de comédia de humor negro utiliza a violência para fazer uma crítica à sociedade norte-americana e tem sido duramente criticado pelo excesso de violência e pela suposta apologia ao uso de armas.

No filme Frank tenta se matar após ter sido diagnosticado com câncer na cabeça. Mas desiste da idéia quando vê uma garota rica fazendo o maior barraco por não ter ganho o carro desejado em um reality show! Irritado com a atitude da garota, ele começa a matar pessoas irritantes e fúteis, especialmente estrelas de televisão. Pelo caminho encontra Roxy, uma jovem de 16 anos que partilha o seu desprezo pela civilização e juntos tornam-se parceiros no crime.”

http://www.frangonerd.blog.br/cinema/conhecam-o-filme-god-bless-america

O filme é surpreendente desde o inicio. Com humor negro e violento, o filme critica tudo, mas de uma forma muito interessante, não sendo barato em momento algum.

A critica aos EUA serve extremamente bem para o nosso país e acredito que quase para todos os países atualmente. Vivemos numa sociedade televisiva, que dá crédito ao pior do pior. O médico disse que Frank iria morrer, mas enquanto diz isso o telefone toca, avisando que a sua reforma estava atrasada. O pastor maluco, o cara que estaciona em duas vagas, os adolescentes usando celular no cinema e jogando pipoca nos outros, esses e um monte de outros caras são alvos para Frank, que passa a matar a todos os inúteis da sociedade. Mas Frank não está só e Roxy, uma adolescente meio doida dá idéias de batalharem uma guerra anti-capitalista. Algumas cenas são hilárias, porque nos identificamos com elas. Frank tem uma moral forte, o que o transforma em algo mais. Num dialogo que gostei bastante, Toxy se insinuou oara Frank, num supermercado e ele dá uma lição de moral para a sociedade, onde diz que os mais velhos devem ver os mais jovens como crianças que são e que nem todo velho é tarado. O filme é um murro no estômago.

A única coisa que eu não tenho gostado nos filmes de atualmente, é a falta de fazer um filme sem violência. E pior ainda, é que os filmes atuais são extremamente violentos. Esse filme é considerado como comédia, como humor, um filme onde morrem mais de trinta pessoas, algumas de forma cruel. De inicio eu me senti extremamente desanimado, porque morre uma criança logo no inicio do filme – na verdade a criança não morre, só na sua mente, mas ainda assim a cena é muito, mas muito violenta – e quase parei de assistir o filme ali mesmo. O pior é que a violência não era exatamente á toa, ninguém, praticamente morreu de graça, todos que morreram mereciam, na ótica do filme, de morrer.

CHAMADA DE EMERGÊNCIA

Outro filme que acaba pecando pela violência é chamada de emergência, um dos melhores filmes que vi nesses dias, com Hally Berry, a mulher gato. Se você não viu, o filme vale a pena, até quase o final, onde a violência toma conta. Uma adolescente foi raptada e o filme passa metade dele com a menina dentro do porta-malas do carro do bandido – e essa é a melhor parte do filme, a grande sacada. Da metade pro fim descobrimos os motivos do assassino e o vemos em sua inteireza, ou melhor: em sua loucura, e ai a violência toma conta, a ponto de as vitimas virarem vilões – diga-se, sem a mínima necessidade, num filme que já era excelente, mas que piorou muito no seu final forçado.

As notas de Deus abençoe a América – God Bless

Eu daria nota DEZ, pela critica do filme que é mordaz, à tempo e necessária, onde a nossa sociedade triste é mostrada em sua inteireza, e desejaria que todos vissem esse filme critico que já considero um dos melhores de 2013.

Entretanto eu dou nota ZERO, pela violência extrema num filme considerado como comédia. God Bless está mais para filme de terror do que para comédia. As pessoas morrem de tudo quanto é jeito nesse filme. Se a idéia era chocar, para chamar a atenção, consegue, só que a violência é tanta, que ao mesmo tempo em que chama a atenção, afasta um possível publico.

Eu não gosto de ver gente esfaqueada numa comédia; ou ver o assassino sorrindo enquanto mata pessoas como se matassem baratas – se bem que o apresentador de TV era uma barata; e o pai e a mãe e aquela menininha rica que ganhou o carro, eram horríveis.

Eu não sei se aconselho você a assistir o melhor filme critico de 2013, eu não sei mesmo; pela violência, não vale.