Inovador Guerra Mundial Z
GUERRA MUNDIAL Z - CRÍTICA
Guerra Mundial Z. Um filme "diferente", mas não menos empolgante. De fato, não é o melhor filme de todos os tempos, mas é com certeza o carro chefe nessa nova categoria criada, chamada de “Apocalipse Zumbi”. Nele observamos uma leve pitada de humor e uma grande injeção de suspense e principalmente de tensão. No filme, há boas cenas onde torcemos intensamente para o sucesso do personagem e cenas em que nos preocupamos com cada erro cometido. Isso muito ajuda numa interseção entre o filme e o espectador. Então não se preocupem, momentos de grande tensão nesta trama não lhe faltarão.
A grande jogada da trama do filme está em cima da tão buscada cura. E desta vez, a salvação da humanidade, é apresentada de forma inovadora e surpreendente. Tecnicamente, ela é mostrada somente ao final do filme, mas para muitos, a percepção acontece bons minutos antes. Aqueles que assistirem com completa atenção, descobrirá o sentido da cura antes mesmo que o próprio protagonista, mas aos que não atentarem aos detalhes, terá uma grande surpresa no final.
Não podemos também deixar de lado, um fator não muito comum, principalmente nos filmes do Brad Pitt. Dessa vez, ele não está combatendo e nem se infiltrando, e sim, em praticamente todo o filme, está fugindo das ameaças. Normalmente, nós assistimos a filmes em que o protagonista enfrenta meio mundo, muitas vezes sem sofrer um arranhão, mas nesse isso não acontece. As cenas de ação não são protagonizadas pelo personagem principal. O filme tenta ser ao máximo realista com o que vem acontecendo no mundo da trama. Esse realismo é alcançado podendo ser dito que é o filme, baseado em um apocalipse zumbi, mais realista já feito. Não espere ver muitas cenas em que Brad Pitt larga o dedo no gatilho ou brigue feito um faixa preta, pois você mais verá ele correndo, fugindo e se machucando.
Um fator negativo, porém não crítico, é a quebra de uma expectativa. Tanto em trailers quanto em imagens, nós víamos a presença constante da família de Gerry Lane (Brad Pitt), composta pela esposa Karen (Mireille Enos) e pelas filhas Rachel (Abigail Hargrove) e Constance (Sterling Jerins). Aparentemente isso nos mostrava uma possível trama na história: o esforço de um pai dedicado à sobrevivência da família em meio ao caos. É exatamente neste ponto em que a expectativa é rompida. Antes, imaginava-se que Gerry Lane percorreria o apocalipse junto à família, mas na verdade, ele atravessa todo o terror quase que sozinho, enquanto sua esposa e filhas ficam abrigadas sãs e salvas. Esse fator não diminui a trama da história, apenas incorporaria, caso estivesse presente.
Mistério é algo que também não falta neste filme, já que o motivo ou como tudo começou não é esclarecido. Pelo menos por enquanto. Mas não é necessária a preocupação, pois este é o primeiro filme de uma trilogia. Uma franquia nova. Algo novo no universo Apocalipse Zumbi. E a pergunta que surge é: Brad Pitt terá condições para filmar as sequências? Porque, no mínimo, o segundo filme virá em 3 anos e o terceiro em 6 ou 7. Temos que relembrar que o ator beira a casa dos 50. Talvez ele tenha sido usado como o "Abre Alas", um ícone, dando fama à trilogia trazendo público para suas sequências. A verdade é que ainda não sabemos se Brad continua como ator, mas sabemos que uma trilogia está por vir. E com certeza, será daqui a muitos anos, por enquanto, o nome mais lembrado desse gênero apocalíptico.