3º Capítulo - Enquanto isso....
Logo após o Senhor Jacob ter saído a Senhora Sara foi aos aposentos na parte superior do rancho . O casal possuía três filhos. Uma moça e dois rapazes. Elizabete era o nome da moça.Bete, como era chamada pela mãe, era uma moça elegante, loira, olhos verdes, cabelos médios. Muito linda mesmo. Cobiçada por muitos homens que a viam.Mas ela ainda era muito moça para pensar em casamento, e também, Bete era romântica e esperava o homem certo por quem ela se apaixonaria. Robson era o seu irmão mais velho e Paul o mais novo. Robson herdara o jeito troncudo do pai. Paul e Bete herdou aos olhos azuis da senhora Sara. Elizabete faria dezoito anos naquele ano. Era uma jovem sonhadora como a mãe. Linda e sonhadora. Os homens que a viam logo se encantavam. Mas a moça era arredia . Nunca dava confiança a nenhum dos peões que a assediava. Naquela manhã , os dois rapazes acordaram e foram também para a lida. O rancho requeria muito trabalho . A construção foi feita no alto do morro, para melhor visão dos visitantes que chegassem.Aquela região do Colorado era montanhosa. Havia poucas planícies. Os irmãos Haullin eram responsáveis pelo bom andamento dos pastos, dos currais, da irrigação da água que vinha do Rio Mississipi, que passava próximo do rancho. Robson era bem rebelde. Ele queria tomar conta logo do rancho. Pensava que já estava na hora de tudo passar pelas suas mãos. Com vinte e cinco anos , já tinha se metido em muitas confusões, e nunca ele estava errado, sempre querendo ser o melhor atirador da região. O velho Jacob o ensinou a lidar com armas desde os cinco anos de idade. Já Paul era mais calmo, tranqüilo. Com apenas vinte anos , ainda não sabia o que queria. Pensava até em fazer curso de Direito para na Capital.Em Denver já havia faculdade.Seu sonho era ser advogado, mas o pai ainda não permitira. Sempre acompanhava a irmã em seus passeios pelos arredores do rancho. Bete era o seu apelido. Mas os vaqueiros não podiam chamá-la assim. Apenas os familiares , parentes, e amigos da cidade. Naquela manhã , Bete e Paul foram cavalgar pelas redondezas do rancho. Seguiram os rastros dos vaqueiros e do Senhor Jacob até encontrarem também o círculo amassado nas gramas da campina. Eles ainda puderam ver quando eles estiveram parados naquele local. Após se retirarem do local a moça e seu irmão mais novo aproximaram-se do círculo. Não entenderam nada, mas ficaram bem impressionados e resolveram ficar calados e não revelar nada a ninguém que eles haviam descoberto o círculo durante o passeio a cavalo. . Voltaram para casa pensando o que poderia ter pousado por ali e deixado aquelas marcas .Chegaram do passeio umas duas horas antes do bando do seu pai.Eles apareceram numa nuvem de pó que subia pela estrada.Bete subiu correndo os degraus que a levariam ao pavimento superior. Foi se lavar para o almoço. O seu pai gostava que a família se reunisse para o almoço , pois assim ficava a par do que acontecia no rancho durante sua falta. A Senhora Sara já havia colocado a mesa . Todos estavam já reunidos para a refeição. Absorta em seus pensamentos a moça sequer tocava na refeição. O pai então a arrancou dos seus pensamentos com sua voz irritante:
- O que está acontecendo Elizabete? Viu alguma coisa que a está preocupando? A moça voltou dos seus pensamentos e respondeu:
- Não ...não tenho nada. Só um pouco de dor de cabeça. Vou subir para o meu quarto. O pai olhou-a com olhos perscrutadores:
- Ninguém levanta sem eu mandar.
Paul olhou para ela e piscou o olho direito.
Bete se conteve. Não entendia o motivo do pai ser tão rude. Às vezes ouvia-o gritar com sua mãe e não achava correto.Mas sabia que havia alguma coisa de errado com o pai, e também não entendia por que a mão agia como se nada acontecesse naquela casa. Só depois de algum tempo , depois que o pai levantou- se arrastando a cadeira conseguiu ir para o seu quarto.
Autora : Margareth Rafael