DEZESSEIS LUAS – CRÍTICA DE FILME
DEZESSEIS LUAS – CRÍTICA DE FILME
1 - Sinopse e Critica do Adoro Cinema:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-176164/
2 - È inevitável termos agora comparações entre Crepúsculo e qualquer outro filme que fale de amor adolescente e seres com poderes. Se não fosse pela porcaria que era Crepúsculo, não teríamos filmes como esse, denso, bonito, com uma história a anos-luz de Crepúsculo.
Crepúsculo foi um arrasa quarteirão, talvez porque naquele minuto ele tenha vindo inaugurar uma idéia já usada no passado, mas que caiu num momento bom, para o livro e para o filme. De um livro viraram vários e de um filme viraram vários. Mas Crepúsculo tem um problemaço, a história é rasa. A história de Crepúsculo é previsível, se você é acostumado a ver filmes, ler livros e escrever alguma coisa. Pra começar, os seres mágicos são previsíveis demais: a luta de vampiros contra lobisomens. Tirando os atores bonitos, segundo alguns, não há novidades nos vampiros e nem há novidades nos lobisomens. Esperei com muita, mas muita boa vontade que alguma coisa mudasse até o final da saga Crepúsculo, mas foi por demais comum, as suas situações.
Mas se não fosse por crepúsculo, não existiria jamais Dezesseis Luas.
Em Dezesseis luas, uma família com poderes quase onipotentes, tem uma maldição, que ocorre quando a jovem da família realiza o aniversário de dezesseis anos.
Mas Dezesseis Luas tem algo que eu prezo muito: os plots. Um Plot é uma sequência na história, onde ocorre alguma coisa. No caso de Crepusculo, o filme 1, só como exemplo, parece ter apenas dois plots, duas sequencias apenas: uma delas é quando surge o vampiro, já no inicio do filme e o outro é descrever, muito mal, diga-se, não me convenceu, a rixa entre os lobisomens e os vampiros. Aliás, se olharmos por esse prisma, Crepúsculo teve, em cinco filmes apenas alguns poucos plots: sendo um dos mais importantes, a gravidez de Bela. Aliás , pra mim, a Bela foi a unic coisa que gostei da série. Adorei vê-la como Branca de Neve, mas odiei vê-la como uma roqueira drogada e besta num filme cabeça que lançaram e não merece nem que eu diga o nome pra você não ser tentado em ver aquela porcaria.
Dezesseis Luas começa comunzinho, mas vai ganhando força e quando já estamos totalmente cativos e fiéis, lá pelo fim, eu particularmente nem sonhava para que caminhos o autor dirigiria o filme. A partir de certo ponto, tudo era novidade pra mim e segui assim, com plots importantes a cada cinco minutos do filme. Eram idéias e mais idéias importantes, Até o final, que sinceramente, eu adorei.
O unico problema desse filme, é que fala de amor adolescente, o que nunca é levado a sério no cinema, mas os seres poderosos tinham poderes que se o filme virasse uma sequência, poderia ser imensamente usado. Num acesso de raiva a menina faz chover só no rapaz. Ele ia andando e a chuva, torrencial, ia acompanhando-o; num outro momento fizeram sumir um negócio que você fica de boca aberta; Existe uma tempestade no filme, que imagino o que foi aquilo no cinema, pois assisti o filme na telinha. Gente, que tempestade sensacional.
Não posso contar a história pra vocês, mas posso dizer que poderia haver muito pano pra manga, se o pai do moço, que ficou trancado dentro do quarto, desde que a mãe morreu, resolvesse sair e dar trabalho.
A história é tão boa, que foi-nos apresentado dois inimigos lá pelo meio do filme e só apareceram novamente no fim, pois a história se mantinha de pé, mesmo sem artifícios bobos, como sexo gratuito, que inexiste no filme - ou o inimigo dando trabalho a torto e a direito, só pra encher lingüiça - mas que foi substituído por palavras de carinho e juras de amor, que superam a gratuidade boba que vemos alastrada por todo canto e causam mais mal do que bem, ao cinema e à vida.
Se você conseguir superar a fase do já vi isso em outros filmes, em algum ponto a história muda o rumo e daí em diante é só alegria, você não sabe qual será o futuro da história e ela me surpreendeu bastante, eu não conseguia imaginar qual seria a sequencia lógica do filme na cabeça do escritor, então o filme me trouxe muita novidade.
Infelizmente foi criado para ser um só e acaba desvendando um monte de idéias boas que deveriam seguir adiante. A idéia de Dezesseis Luas poderia virar uma mini-série de sucesso, mas infelizmente, responderam muitas coisas, que poderiam ir seguindo adiante. Ainda assim, ficaram muitas perguntas sem resposta. Mas apesar do estrago em falar demais, com esforço dá pra criar o Dezesseis Luas 2, o que gostaria de ver.
Enfim, eu simplesmente adorei o filme, é lógico que a critica esculhambou; eles fazem isso por estarem acostumados a verem muita coisa diariamente. Achei o filme simplesmente sensacional. E de maneira nenhuma o vejo como um simples filme adolescente. A idéia do filme tem potencial para ir além e muito além. De olho, de agora em diante no escritor e diretor do filme: Richard LaGravenese.
Prá mim, um filme é bom quando me prende e não é previsível. Se já na primeira cena prevejo o final, pra mim é ruim, mesmo que tenha efeitos especiais os melhores do mundo. Gostei de Thor, Superman, o primeiro Hulk, o ultimo Homem aranha. Odiei Homem de Ferro, Quarteto Fantástico. Adorei o surpreendente A Pele que Eu Habito. Sou fã incondicional de Um Corpo que Cai. Adorei o filme novo de terror Mama. Adorei O Segredo da Cabana. Eu simplesmente amei os três últimos Batmans. Prometheus, foi uma absurda decepção. Anjos da noite, com Jonnhy Deep é bastante parecido com Dezesseis Luas, mas consegue ser ridículo. Gostei bastante de Django Livre, é só cinema pra entreter – o que é cinema de primeira, pois o cinema não é para entreter?
Dezesseis Luas, eu recomendo com louvor.
By
Paulo Sergio Larios