"ERROS NA NOVELA SALVE JORGE"
PS- Assista alguns vídeos no final do artigo.
Juro que tento, mas não consigo. Deixar que incontáveis erros de “Salve Jorge” passem batidos exige autocontrole demais... O pior é que o folhetim se perde também em cenas decisivas, deixando escancarada a falta de cuidado de todos os responsáveis por levá-lo ao ar, fazendo com que o público perceba mais facilmente a sucessão de equívocos que esta novela teima em apresentar.
Temos como exemplo o último absurdo exposto no horário nobre. Como disse um blogueiro, pelo menos não podemos dizer que “Salve Jorge” não está se superando.
Lívia (Claudia Raia) matou Rachel (Ana Beatriz Nogueira) dentro de um elevador, porque – e o público é obrigado a acreditar nisso, como se fosse criança – a moça só conseguiu achar sinal de telefone naquele lugar. A autora Glória Perez foi ao seu Twitter explicar que a vilã tem contatos dentro do hotel e, por isso, a gravação da câmera de segurança dentro do elevador é inútil.
Esse tipo de coisa é como dar um susto em alguém que está dormindo, sonhando, embarcando numa fantasia. Ou tentando embarcar com muito esforço.
A grande verdade disso tudo, e que algumas pessoas não se dão conta, é que uma novela em que a autora precisa ir às redes sociais explicar capítulo por capítulo é um trabalho mal feito, no mínimo. Pois, fosse realmente convincente, como deveria ser por natureza, então “Salve Jorge” não precisaria de justificativas muito menos explicações. Falaria por si própria. Esta talvez seja a maior prova de incompetência desta obra.
A maior, não a única.
Ficção e realidade poderiam certamente se confundir nesta novela, caso não houvesse alguns empecilhos: toda a população da Turquia não falasse português, coincidências inacreditáveis não acontecessem com frequência bem como falhas em sequências de cenas (erros de continuidade), falta de entrega por parte de alguns atores em vários momentos decisivos, e falta de alinhamento cronológico entre os diferentes núcleos.
O público quer acompanhar “Salve Jorge” e isso já está mais do que escancarado. A história é atraente e talvez a forma como Glória Perez contou também desperte curiosidade. Mas faltou prestar atenção nos detalhes, especialmente naqueles que podem danificar a obra.
Sim, “Salve Jorge” é um bom produto. Com defeitos.
Breno Cunha escreve sobre mídia e televisão há quatro anos e sempre foi conhecido por grandes discussões provocadas por suas críticas. No NaTelinha não é diferente. Converse com ele: brenocunha@natelinha.com.br / Twitter @cunhabreno
http://youtu.be/FPFY4_1u5Tc - Morte de Jéssica
http://youtu.be/EG-Z7qF22GA - Erros de continuidade
http://youtu.be/tfbg3vuEuig - Cena que Theo briga com bandido
http://youtu.be/KHZp82XWw4Q - Diversos erros
Meu facebook - Seja bem vindo!
https://www.facebook.com/verissimo.junior.14?ref=tn_tnmn
PS- Assista alguns vídeos no final do artigo.
Juro que tento, mas não consigo. Deixar que incontáveis erros de “Salve Jorge” passem batidos exige autocontrole demais... O pior é que o folhetim se perde também em cenas decisivas, deixando escancarada a falta de cuidado de todos os responsáveis por levá-lo ao ar, fazendo com que o público perceba mais facilmente a sucessão de equívocos que esta novela teima em apresentar.
Temos como exemplo o último absurdo exposto no horário nobre. Como disse um blogueiro, pelo menos não podemos dizer que “Salve Jorge” não está se superando.
Lívia (Claudia Raia) matou Rachel (Ana Beatriz Nogueira) dentro de um elevador, porque – e o público é obrigado a acreditar nisso, como se fosse criança – a moça só conseguiu achar sinal de telefone naquele lugar. A autora Glória Perez foi ao seu Twitter explicar que a vilã tem contatos dentro do hotel e, por isso, a gravação da câmera de segurança dentro do elevador é inútil.
Esse tipo de coisa é como dar um susto em alguém que está dormindo, sonhando, embarcando numa fantasia. Ou tentando embarcar com muito esforço.
A grande verdade disso tudo, e que algumas pessoas não se dão conta, é que uma novela em que a autora precisa ir às redes sociais explicar capítulo por capítulo é um trabalho mal feito, no mínimo. Pois, fosse realmente convincente, como deveria ser por natureza, então “Salve Jorge” não precisaria de justificativas muito menos explicações. Falaria por si própria. Esta talvez seja a maior prova de incompetência desta obra.
A maior, não a única.
Ficção e realidade poderiam certamente se confundir nesta novela, caso não houvesse alguns empecilhos: toda a população da Turquia não falasse português, coincidências inacreditáveis não acontecessem com frequência bem como falhas em sequências de cenas (erros de continuidade), falta de entrega por parte de alguns atores em vários momentos decisivos, e falta de alinhamento cronológico entre os diferentes núcleos.
O público quer acompanhar “Salve Jorge” e isso já está mais do que escancarado. A história é atraente e talvez a forma como Glória Perez contou também desperte curiosidade. Mas faltou prestar atenção nos detalhes, especialmente naqueles que podem danificar a obra.
Sim, “Salve Jorge” é um bom produto. Com defeitos.
Breno Cunha escreve sobre mídia e televisão há quatro anos e sempre foi conhecido por grandes discussões provocadas por suas críticas. No NaTelinha não é diferente. Converse com ele: brenocunha@natelinha.com.br / Twitter @cunhabreno
http://youtu.be/FPFY4_1u5Tc - Morte de Jéssica
http://youtu.be/EG-Z7qF22GA - Erros de continuidade
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