O ESTUDO DO PASSADO ATRAVÉS DO FENÔMENO CINEMATOGRÁFICO: A origem de Picos representada no filme Senhora dos Remédios

Stéfany Marquis de Barros Silva

RESUMO: Este trabalho insere-se na relação Cinema-História fazendo do seu objeto de estudo a origem de Picos – Piauí relacionando-a com a ida de tropas picoenses à Guerra dos Balaios e a chegada da imagem de Nossa Senhora dos Remédios à cidade representadas no filme Senhora dos Remédios (2011), dirigido por Flávio Guedes e com roteiro adaptado pelo mesmo. A metodologia desenvolvida para a execução do presente artigo foi a entrevista oral realizada com o diretor do filme e com integrantes das famílias tradicionais de Picos, além da análise documental e pesquisa bibliográfica.

PALAVRAS-CHAVE: Cinema-História. Flávio Guedes. Picos. Guerra dos Balaios. Senhora dos Remédios.

1. INTRODUÇÃO

A escolha deste tema para o artigo foi dada a partir do interesse em trabalhar com cinema e relacioná-lo com a História. Ao iniciar a pesquisa percebi que há poucos documentos históricos sobre a origem da cidade e sobre a participação de picoenses na Guerra dos Balaios, e absolutamente nenhum sobre o filme escolhido como objeto de estudo, segundo Jaison Castro Silva (2007): “O cinema é um objeto relativamente pouco explorado pelo historiador”, fatos que me estimularam a prosseguir com o trabalho.

Este artigo objetiva fazer uma análise do filme Senhora dos Remédios (2011) trabalhando em cima da origem da cidade de Picos, e de como se deu a participação de tropas picoenses na Balaiada e da trajetória da imagem de Nossa Senhora dos Remédios à cidade e sua importância para a sociedade picoense desde o início. O filme é baseado na obra O auto da chegada de Nossa Senhora dos Remédios a Picos, de Mundica Fontes e Ozildo Albano com roteiro adaptado pelo diretor Flávio Guedes.

Este trabalho tem base na teoria da História Cultural que, de acordo com o historiador francês Roger Chartier: “tem por principal objeto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade cultural é construída, pensada, dada a ler” (CHARTIER, 1990, p.17). Uma das contribuições de Chartier para a História Cultural está relacionada à elaboração das noções complementares de “práticas”, “representações” e “apropriação”, a construção deste artigo foi feita em cima desses conceitos.

A proposta deste trabalho é usar o cinema como forma de representar o passado, em sua dissertação de Mestrado em História do Brasil o historiador Jaison Castro Silva afirma:

Estudar o passado por meio do fenômeno cinematográfico pode, ao focar aspectos e singularidades de uma cultura e sociedade em uma articulação original, resultar em significados históricos de imenso potencial. (SILVA, 2007, p. 14).

A parceria entre Cinema e História envolve várias possibilidades de gerar resultados positivos. O cinema como forma de expressão é uma riquíssima fonte para compreender a realidade que o produz, sendo assim promissor para a História como área de conhecimento. E como meio de representação possibilita o historiador a apresentar novas formas de passar conhecimento histórico.

A historiografia durante muito tempo negou a legitimidade do filme como documento histórico, apenas a partir dos anos de 1970 com a Escola dos Analles ocorre a reformulação dos conceitos e dos métodos de história e surgiu a Nova História, que deu uma nova perspectiva nos estudos históricos contribuindo para o surgimento de diferentes reflexões, trazendo novas formas de abordagem, novos objetos de estudo além da escrita, tais como pinturas, desenhos, e fotografias que antes eram desprezados pela história tradicional e desde então são considerados documentos históricos.

O cinema também está incluído entre essas novas formas de abordagem da história. Os filmes encenam ou não o passado de um lugar, mas sempre refletem seu presente, são expostos à sensibilidade das pessoas que o assistem, e por isso são considerados documentos de época.

O cinema permite ao historiador fazer história e a história, por sua vez, sempre fascinou cineastas. O diretor do filme explica o porquê da escolha de um longa metragem contando um pouco da história de Picos:

É interessante essa relação entre cinema e história, acho importante que as pessoas conheçam a história da origem da cidade e com o filme podemos fazer esse aprendizado ser mais divertido, mais dinâmico. (BARBOSA, 2011).

O artigo será desenvolvido a partir de dois momentos, onde no primeiro será feita a abordagem sobre o contexto histórico no qual o filme se insere, e no segundo será trabalhado o filme em cima dos aspectos históricos.

2. ASPECTOS HISTÓRICOS

2.1 Origem de Picos

À semelhança de inúmeras cidades brasileiras, Picos teve o seu marco histórico resultante do pouso e comércio de gado efetuadas por tropeiros e fazendeiros oriundos em sua maioria de Pernambuco e Bahia. As boas condições do solo atraíam compradores desses estados, que ali realizavam bons negócios. Muitos deles acabaram por fixar residência no local contribuindo para o crescimento do aglomerado urbano.

Ao longo das décadas, a partir do século XVIII, eles foram se fixando nas ricas e extensas pastagens naturais existentes na região do sudeste piauiense.

Por volta de 1712, os irmãos Borges Leal vieram de Portugal para a Bahia e tempos depois, na década de 1740, chegaram ao Piauí, trazendo escravos e gado e ocupando grandes áreas de terras, localizando-se na região que atualmente fica a Bocaina-PI, Antônio Borges Leal Marinho casando-se com Maria da Conceição Pereira de Sousa Brito. Albino Borges Leal Marinho ficou na região de Piracuruca-PI, especificamente onde hoje está Buriti dos Lopes-PI, e Francisco Borges Leal Marinho ficou na região de Inhamuns, estremo do Piauí com o Ceará.

Em meados do século XVIII, um dos filhos de Borges Leal Marinho, de nome Félix Borges Leal, chegou à região de Picos-PI e se apossou de grandes áreas de terras, fundando ali uma de suas mais importantes fazendas, instalada às margens do rio Guaribas, região excelente para a agricultura e criação de gado, denominada Fazenda Curralinho e cercada de montanhas picosas que inspiraram a denominação da cidade. As funções mencionadas exercidas pelos fazendeiros e vaqueiros da região centralizavam-se, preferencialmente, no espaço da fazenda Curralinho que se encontrava inserida num contexto maior de outras fazendas, entre elas Sussuapara, Samambaia, Bocaina.

Em 1828, por iniciativa dos descendentes de Borges Leal, foi edificada a primeira capela, inicialmente com o nome de São José das Botas e, mais tarde, de “Coração de Jesus”. Com adiantado estágio de desenvolvimento, foi a povoação elevada à categoria de Freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios, em 1851, e o seu território desmembrado de Oeiras. O progresso continuou, sendo a Freguesia elevada à categoria de Vila, em 1855. Cinco anos depois, ganhava categoria de Cidade.

Entre as famílias tradicionais de Picos podemos citar a família Albano. José Albano de Macêdo, mais conhecido como Ozildo Albano, juntou utensílios domésticos, documentos, fotografias, arte sacra, livros, discos, e objetos pertencentes a sua família e fundou o Museu Ozildo Albano em Picos, posteriormente enriquecido por doações de outras famílias da região e de outras localidades. Após sua morte, a manutenção do museu ficou por conta dos seus irmãos Albano Silva e Maria da Conceição Silva Albano.

De acordo com as informações de Maria da Conceição Silva Albano, a família Albano é natural de Picos e morou por muito tempo na localidade conhecida como Curralinho, localizada na zona rural a 6 km da cidade de Picos, segundo ela:

O surgimento do núcleo populacional de Picos remonta ao Brasil Colônia. A formação ocorreu lentamente, impulsionada pela criação de gado e cavalos nas fazendas situadas próximo à Rua Velha, local de solo muito fértil e bom para as atividades pastoris. Ali havia comerciantes de cavalos que vinham do Pernambuco e da Bahia para comprarem animais de boa qualidade na região. (ALBANO, 2007).

No que se refere à chegada da família Albano a Picos, o que muito contribuiu para o desenvolvimento populacional da cidade a entrevistada informa que esta teve início com a chegada do Capitão-mor João Gomes Caminha, que passou a residir na localidade Samambaia onde deram início aos relacionamentos com outros grupos familiares da região.

Um fator que contribuiu para o fortalecimento desses relacionamentos foi a construção da Catedral de Nossa Senhora dos Remédios, momento em que toda a população se unia em mutirão para dar continuidade à referida construção, que ocorreu de forma gradativa, à medida que a capelinha anterior ia sendo demolida. Isto para não prejudicar as atividades religiosas, que, segundo a entrevistada, não podiam parar em nenhuma hipótese.

2.2 Nossa Senhora dos Remédios – a Padroeira de Picos

De 1838 a 1841, período em que aconteceu a Guerra dos Balaios, tendo como cenário o Maranhão, as tropas de Picos foram enviadas para essa batalha sob o comando do Capitão José Francisco Fontes. Entre eles, estavam os filhos do vaqueiro João das Dores e o do coronel Victor de Barros Silva. A história revela que o vaqueiro, que trabalhava na fazenda do coronel Victor, fez a promessa a Nossa Senhora, para que os jovens voltassem vivos da guerra.

Como a promessa do vaqueiro foi atendida e os rapazes retornaram a suas famílias, o coronel encomendou de Portugal uma imagem de Nossa Senhora dos Remédios, no valor de $40.000,00 (quarenta mil réis), o equivalente ao preço de dez vacas paridas, o que, na época, era considerada uma imensa fortuna.

Ao ser comunicado que a imagem havia chegado a Salvador, na Bahia, o coronel designou um dos seus escravos, cujo nome se perdeu com o tempo, para ir a pé buscar a santa e traze-la até Picos. O escravo e a imagem chegaram à cidade na tarde do dia 31 de dezembro de 1847, o que valeu ao escravo a concessão da carta de alforria por este ter cumprido essa importante missão.

A imagem foi abençoada em janeiro do ano seguinte pelo padre cearense Francisco de Paula Moura, que foi o primeiro sacerdote do povoado de Picos. Assim Nossa Senhora dos Remédios passou a ser a santa de devoção da população. Nesta época, Picos era apenas um povoado e foi escolhido em 1851 para ser sede da freguesia de Nossa Senhora dos Remédios, que, somente em 1855, passaria à condição de Vila.

Mesmo sendo grande a devoção a Nossa Senhora dos Remédios a capela em sua homenagem só foi construída em 1871 pelo padre José Antônio Maria Pereira Ibiapina, venerado apóstolo dos sertões nordestinos. Essa construção iniciada há bastante tempo, 1848, foi efetivada em 90 dias e a imagem de Nossa Senhora foi conduzida da capela de São José das Botas para o novo templo acompanhada de uma grande multidão.

2.3 Guerra dos Balaios

A Guerra dos Balaios iniciou-se em meados de 1838 no Maranhão, tendo posteriormente se espalhado pelo Piauí, impulsionada por questões políticas entre os partidos dos liberais, também conhecido como Bem-te-vis e o partido dos conservadores, ou Cabanos.

Os Cabanos representavam os interesses dos portugueses e eram simpáticos à Coroa Portuguesesa. Os Bem-te-vis por sua vez, eram compostos pelas camadas oprimidas: vaqueiros, sertanejos, escravos, mestiços, pardos e pobres e se diziam liberais. Naquela época, segundo Maria Lourdes Mônaco Janotti:

Ser liberal era posicionar-se contra a forma de governo monárquico, defender os brasileiros natos livres e ser radicalmente contra os portugueses natos e seus descendentes diretos, porém não eram abolicionistas. (JANOTTI, 1987, p. 17).

Ainda no mesmo ano, o movimento elitista tomou o aspecto de movimento popular. Isto é, o foco objetivado mudou completamente por razões alheia a vontade dos Entives, e continuou como movimento popular apartidário armado contra os interesses das elites de então (tanto Cabanos, quanto bem-te-vis). O cenário dos acontecimentos mais importantes centralizou-se na cidade de Caxias- Maranhão, cujo levante resistiu até 15 de janeiro de 1841, tendo sido violentamente desmantelado pelo aplaudido e vitorioso carioca, o então Coronel de Brigada Luis Alves de Lima e Silva, nomeado pelo menino D. Pedro II governador do Maranhão e comandante geral das forças oficiais imperiais na campanha militar contra os Balaios.

A Guerra dos Balaios foi uma das maiores e mais significativas rebeliões populares já registradas em terras do Maranhão e com forte repercussão em todo o país.

3. FENOMENO CINEMATOGRÁFICO

3.1 O Roteiro

O enredo do filme conta parte da história de Picos e a participação de picoenses na Guerra dos Balaios e a epopeia vivida pelo escravo que vai à Salvador para buscar a imagem da santa que viria a ser a padroeira, Nossa Senhora dos Remédios, para a cidade.

O roteiro de Senhora dos Remédios foi concluído por Flávio Guedes em 25 de Junho de 2009 em Teresina, e misturando realidade e ficção, centra-se em três personagens principais: o Coronel Victor de Barros, fazendeiro e dono de escravos do Retiro, o vaqueiro João das Dores, trabalhador da fazenda do Coronel e o negro Tição, escravo que trouxe a imagem para Picos.

O enredo mostra o sofrimento dos escravos numa Picos do século XIX, onde o coronelismo imperava, e tem como pano de fundo a Guerra dos Balaios, que teve início no Maranhão e, posteriormente, se estendeu pelo Piauí e Ceará. Recrutando homens para essa guerra, Manoel de Sousa Martins, mais conhecido como Visconde da Parnaíba recebe apoio em Picos que envia seus jovens filhos para a batalha. Dentre estes, vão os filhos do Coronel Victor de Barros e do vaqueiro João das Dores, que temendo perder seu filho na guerra, faz uma promessa à Virgem dos Remédios de trazer à Picos uma imagem sua se seus filhos voltassem vivos.

Com os filhos de volta, sãos e salvos, a promessa é cumprida pelas mãos de um escravo que é enviado pelo Coronel à Salvador, a pé, para trazer a imagem vinda de Portugal. No filme, esse escravo é seu mais odiado, por terem dividido, na juventude, o amor pela mesma mulher: uma escrava, morta no tronco por não se render ao Coronel e continuar fiel ao negro Tição. Com a imagem no povoado, as famílias iniciam o culto que se estende até nossos dias e que fez da Senhora dos Remédios a padroeira de Picos.

3.2 O uso da ficção

Para produzir um filme que conte a história da origem de algum lugar é necessário pesquisa, para dar ao espectador uma noção de como era a vida da sociedade naquela época, assim como os costumes, os trajes, o vocabulário, a cultura, entre outros aspectos do cotidiano, mas, partindo do pressuposto de que “todo filme é ficção” (GUTFREIND, 2006, p.02), isto é o cinema pode modificar pessoas, objetos e narrativas no tempo e no espaço a fim de encaixa-las ao roteiro do filme a ser produzido. No caso de Senhora dos Remédios o diretor Flávio Guedes misturou ficção aos fatos do século XVIII:

Embora embasada numa história real é preciso acentuar que se trata de uma obra de ficção. Tínhamos pouco material histórico sobre as famílias e nomes envolvidos na obra , por isso criei a maioria dos personagens para incrementar a história. Usei da ficção também para ligar o contexto histórico aos relacionamentos da época, para dar sentido ao filme. (BARBOSA, 2011).

O diretor e roteirista do longa ampliou também o número de personagens a fim de enriquecer o filme com fatos do cotidiano da época, tanto relativos à vida dos escravos na região de Picos quanto dos poderosos da época: “além de enriquecer o roteiro, ampliamos o número de personagens relevantes dando mais oportunidade a bons atores que, por uma questão puramente de perfil físico estariam de fora. Dessa forma, poderão ser incluídos” (BARBOSA, 2011).

3.3 O figurino

Segundo Cristiane Freitas Gutfreind:

A linguagem cinematográfica constrói-se a partir de referências do real na composição de suas imagens, é executada para garantir a compreensão da estrutura narrativa desejada por aqueles que o produzem. Roupas e objetos são, nesta visão, elementos fundamentais para a constituição do entendimento das narrativas do cinema e podem apresentar diferentes papéis em cada circunstância apresentada na telona. (GUTFREIND, 2006, p.04)

As roupas que vestimos e vemos nos outros são parte imprescindível da linguagem visual, corporal e estética das pessoas que as usam. Uma peça de roupa pode nos remeter a um acontecimento, um lugar, um espaço: “um sentimento que é libertado não através das palavras, mas por uma imagem do objeto” (GUTFREIND, 2006, p. 04). Suas formas e cores têm significado próprio e particular para aquele que vê a imagem da roupa.

A responsável pelo figurino de Senhora dos Remédios é a artista plástica, bióloga e também escritora Raimunda de Moura Fontes, mais conhecida como Mundica Fontes que, junto com Ozildo Albano, escreveu o texto que deu origem ao filme.

3.4. A representação do filme na visão do diretor

A visão de mundo de quem produz o filme é importante na compreensão do mesmo, para saber se o que os espectadores entenderam foi o mesmo que o diretor quis passar:

Eu quis plantar uma sementinha da história de Picos no espectador. A intenção é que quem assista critique a história em si, questione se os fatos aconteceram como alí representados e a partir daí possa fazer seu resgate pessoal da história de Picos. Vivemos num Estado em que nossas memórias, nossa história, nossos heróis são pouco vistos, lembrados e conhecidos. E em Picos a realidade não é diferente. Há que se conhecer as próprias raízes para compreender o mundo com uma mente mais consciente. Muita coisa que está no filme não aconteceu... Talvez a própria essência entre os três protagonistas não tenha de fato acontecido... Pode tudo não passar de uma lenda. Mas para se descobrir isso é preciso pesquisar, questionar. Uma obra cinematográfica nada mais é do que FICÇÃO, independente de muitas vezes se embasar na realidade. Quis também debater o sincronismo religioso, não exatamente o catolicismo, como aparentemente pode parecer. No filme, catolicismo, ceticismo e umbanda se misturam e dentre os próprios atores houve essa diversidade religiosa, pois no elenco tínhamos céticos, evangélicos, católicos, espíritas e umbandistas, todos unidos, para contar um pouquinho de nossa história para nossa gente. (BARBOSA, 2011).

Se o filme alcança o objetivo de sensibilizar as pessoas que o assistirem da mesma forma que o diretor está sensibilizado, o trabalho deu valeu a pena. O filme, como tem caráter histórico, além de emocionar as pessoas com o enredo, ainda faz o papel de disseminar conhecimento acerca da origem da cidade de Picos – PI.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, o trabalho buscou mostrar as formas de trabalhar o cinema como pesquisa histórica, sendo o objeto de estudo os fatos representados no filme ou o estudo da sensibilidade das pessoas na época em que o filme foi lançado.

Com este trabalho analisamos a representação da história da origem de Picos, da participação de picoenses na Balaiada e sua relação com a chegada da padroeira da cidade, além das formas de trabalhar o cinema na pesquisa histórica, objetivando assim uma exploração maior do fenômeno cinematográfico na educação.

REFERÊNCIAS

CHARTIER, Roger. A História Cultural – entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Difel, 1990.

DUARTE, Renato. A Reconstrução de uma Cidade – plano de desenvolvimento para Picos. Recife: Ed. Nordeste, 1995.

GUTFREIND, Cristiane Freitas. O filme e a representação do real. Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.

JANOTTI, Maria Lourdes Mônaco. A Balaiada. São Paulo: Brasiliense, 1987.

REALI, Noeli Gemelli (org.). Cinema na Universidade: possibilidades, diálogos e diferenças. Chapecó: Argos, 2007.

SILVA, Jaison de Castro. URBES NEGRA: Melancolia e Representação urbana em Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri. Dissertação (Mestrado em História do Brasil). Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2007.

REFERÊNCIAS ORAIS

ALBANO, Maria da Conceição Silva. Entrevista concedida a Francisca Maria Batista de Moura, em junho de 2007.

BARBOSA, Flávio Guedes. Entrevista concedida a Stéfany Marquis de Barros Silva, em outubro de 2011.

Stefany Marquis
Enviado por Stefany Marquis em 10/01/2013
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