Filme "Sociedade Dos Poetas Mortos"
Filme “Sociedade dos Poetas Mortos” (Dead Poets Society) – Touchstone Pictures/Peter Weir Film (1989) – Assistido em 04/jan/2009.
Nos idos de 1950, nos Estados Unidos, um colégio rígido na sua disciplina, preparatório, para jovens de dezessete anos, onde os valores morais são respeitados por todos, menos um, John Keating (Robin Williams), um professor de Inglês. Nesse colégio o lema a ser seguido é “Tradição, Honra, Disciplina e Excelência”. Keating usa ensinamentos nada ortodoxos para lecionar, para acordar os poetas adormecidos dentro de cada aluno, nas suas aulas de Poesia.
Em sua primeira aula o ‘Capitão’ incita os estudantes a praticarem o Carpe-Diem (colham o dia)... Todos serão comida de minhocas um dia, morrerão; a Medicina, a Engenharia, o Direito, a Física, são necessários para a sobrevivência, mas a verdadeira essência de viver está na poesia... Os Poetas Mortos dedicavam-se a extrair essa essência da vida.
Após algumas aulas, os curiosos discípulos, extasiados com as citações do mestre e inúmeras pesquisas feitas, decidem visitar a taverna onde funcionava a Sociedade dos Poetas Mortos, lá eles se reúnem para recitar seus primeiros ensaios poéticos e se livrarem dos livros e trabalhos elaborados e apenas curtirem a liberdade de criação.
Frases marcantes como “Quando você ler, não considere apenas a opinião do autor, considere a sua, tem que se encontrar a própria voz”, citadas pelo “Capitão”, é uma espécie de libertação.
O clímax do filme é quando o jovem Neil Perry, tentando mentir para seus pais e dar vasão ao seu sonho de interpretar no teatro, tem sua chance quando é escolhido para o papel principal, após uma seleção. Seu pai, um autêntico conservador, descobre tudo e decide após assistir à apresentação impecável do filho em sua primeira peça, retirá-lo desse colégio e mandá-lo para outro, para cursar medicina, em intermináveis dez anos de preparação. O fim do personagem é trágico, após ver seu sonho desfeito, seu último ato é realizado, o suicídio põe fim à sua curta trajetória no palco do mundo.
O professor Keating é considerado culpado por esse ato, forjado pelo pai do jovem ator e é expulso do colégio. Em sua despedida, na mesma sala que mostrava seus discípulos enxergarem o mundo por outro ângulo, é homenageado pelos aprendizes de poeta, todos que o admiravam sobem nas suas respectivas carteiras.
Uma história emocionante, comovente, uma escolha certa para um filme que fala a mesma língua do curso em andamento, pois resgata ensinamentos de aulas recentes de Literatura e mostra estímulos diferentes para os alunos praticarem de forma saudável, o “Carpe-Diem”.
Edir Gonçalves
egpoesias@hotmail.com