A MENINA E O PORQUINHO

(Charlotte's Web, 2006)

Jacareí 16 de janeiro de 2007.

Baseado no livro Charlotte’s Web, escrito por E. B., o livro infantil mais vendido em todos os tempos volta às telas.

Há 36 anos um menino/Erê entrava em um cinema pela primeira vez, levado por sua irmã; via cadeiras desconfortáveis, num ambiente enorme e uma tela gigantesca, em breve um mundo se abriria para ele. Em um desenho animado mostraria para essa criança que comum mais comum nem sempre é comum e sim pode ser uma magia e pode se transformar em algo especial. Lealdade, confiança, sacrifício e amizade este entre outros nobres valores humanos sendo desfilados e explorados na tela.

O lado negativo da vida passa por todo o filme como uma sombra.

Wilbur volta a aparecer de animação para um filme.

Fern (Dakota Fanning) questionando o seu pai salva a vida do porquinho "se eu tivesse nascido pequena?", todos nascem pequenos muitos morrem pequenos passam a existência não explorando os sentimentos, outros vivem e deixam os sentimentos tomarem conta de suas vidas e produzem mais sentimentos.

Radiante, Vistoso entre outros adjetivos mostra como Wilbur é.

Wilbur pode ser especial. Por ser educado por esquecer o preconceito e aceitar a amizade de Charlotte, mas alem de especial ele soube fazer o especial e é o que é importante em nossa vida.

A menina e o porquinho encantam, pois é repleto de lições da vida para a vida e nos vemos em estereótipos com Templeton, como o cavalo, ovelhas e vacas. Todo o universo interior de um garotinho e anos mais tarde de um adulto entram na tela se choca por se sentir um porquinho e outras vezes uma aranha.

O Erê de 36 anos atrás não existe mais, existem traços da matança que fizeram a ele. Hoje há o adulto/Erê, ha. Um adulto que consegue viver um sonho na pele do Wilbur se chorou na animação pela perda, este chora há 36 anos depois pela perda do que ele podia ter sido, mas ainda sonha e tenta ser Wilbur.

André Zanarella