Emoção na dose certa
Já fui uma cinéfila,mas atualmente vejo alguns filmes muito tempo depois de saírem do circuito comercial.É o caso do filme “Um sonho possível”, que acabei de assistir.A película estrelada por Sandra Bullock e Quinton Aaron é divertida e, principalmente, comovente.
Sou professora de escola pública e os desafios para se fazer um bom trabalho com a garotada são muitos.O maior deles está ligado à questão da violência.Os jovens estão sem bons modelos a seguir.Famílias desestruturadas ou ausentes são, a meu ver, o maior complicador relacionado à educação.Se somarmos a isso o descaso do poder público em relação às urgências do ensino, temos o caos instalado.Então, a tarefa hercúlea passa a ser dos educadores e dos próprios alunos.A gente vai tentando uma cumplicidade, vai matando um leão por dia e vai fazendo a diferença.E o diferencial acontece em nosso trabalho mais ou menos do jeito como se dá no filme aqui apresentado: pela linguagem do amor. O sonho só se tornou possível porque alguém acreditou nele, no caso a personagem de Bullock:Leigh Anne.E é a grande atuação de Sandra Bullock que me chamou a atenção e me emocionou às lágrimas.É claro que o jovem Quinton Aaron como Michael Oher saiu-se muito bem.Toda a sua inexpressividade, as suas lacunas e silêncios contribuiram para a emoção da história. O garoto S. J. com sua esperteza e os demais membros da família também estavam bem situados na trama.Mas a Sandra.... Ela conseguiu o ponto certo, o equilíbrio perfeito entre o riso e a lágrima.É ela que, a meu ver, sabota o espectador, nos prende a atenção.Em torno dela tudo acontece.Ela é o dínamo, a razão e o coração a um só tempo.
As comédias românticas sempre me encantaram.Sempre as preferi aos dramalhões ou aos filmes de guerra ou de ficção científica.Talvez pelo fato de ser uma romântica incorrigível.Mas sempre que vejo uma história assim ,de linguagem simples e terna,empolgar os meus jovens alunos, penso que nem tudo está perdido.
Enquanto assistia com eles ao filme, pude perceber a emoção de cada um.Eles torciam pelo Michael, riam do S.J. e se encantaram com Leigh Anne.Pude observar os suspiros das garotas ( e de alguns garotos também!) nas raras, leves e belas cenas de sensualidade do filme ,envolvendo o casal Tuohy.Muitas dessas meninas e desses rapazes são carentes de ternura em suas vidas.Alguns foram levados precocemente à prática sexual sem as orientações devidas ,além da ebulição hormonal pela qual a maioria está passando. Daí o frissom que as cenas de amor sempre despertam em todos eles.Ouvi comentários de uns e outros mais ou menos assim: Que legal, cara.Amigo é assim mesmo, ajuda o outro; Olha lá, ele não a deixou sair do carro; Nossa, duro mesmo vai ser ele conseguir as notas.
Acho que o fascínio do filme, como outros tantos do gênero, está na ternura, na fantasia, mesmo que exagerada.É que as pessoas andam cansadas de tanta violência, de tanto desamor, de tanto abandono.Por isso, quando vemos a maravilhosa interpretação de Bullock num filme tão prosaico , a gente pensa: Não é preciso muito para ser feliz.O problema é que se ninguém fizer o pouco, nada de bom acontece e a sociedade como um todo continuará cada vez mais doente.
Então ao colocar como título deste artigo “A emoção na dose certa”, quis ressaltar que o Bem quando praticado redime muito mais quem o pratica do que quem dele se beneficia. A socialite rica e multifuncional tinha um olhar sem pouso certo, uma amorosidade não tão consistente, até que encontrou Michael Oher.Leigh Anne deixou a sensibilidade aflorar ,mesmo não estando acostumada a parecer frágil.Daí em diante a vida de todos melhorou significativamente.O amor, gratuito e despreendido como deve ser, pode fazer esse milagre.
Já fui uma cinéfila,mas atualmente vejo alguns filmes muito tempo depois de saírem do circuito comercial.É o caso do filme “Um sonho possível”, que acabei de assistir.A película estrelada por Sandra Bullock e Quinton Aaron é divertida e, principalmente, comovente.
Sou professora de escola pública e os desafios para se fazer um bom trabalho com a garotada são muitos.O maior deles está ligado à questão da violência.Os jovens estão sem bons modelos a seguir.Famílias desestruturadas ou ausentes são, a meu ver, o maior complicador relacionado à educação.Se somarmos a isso o descaso do poder público em relação às urgências do ensino, temos o caos instalado.Então, a tarefa hercúlea passa a ser dos educadores e dos próprios alunos.A gente vai tentando uma cumplicidade, vai matando um leão por dia e vai fazendo a diferença.E o diferencial acontece em nosso trabalho mais ou menos do jeito como se dá no filme aqui apresentado: pela linguagem do amor. O sonho só se tornou possível porque alguém acreditou nele, no caso a personagem de Bullock:Leigh Anne.E é a grande atuação de Sandra Bullock que me chamou a atenção e me emocionou às lágrimas.É claro que o jovem Quinton Aaron como Michael Oher saiu-se muito bem.Toda a sua inexpressividade, as suas lacunas e silêncios contribuiram para a emoção da história. O garoto S. J. com sua esperteza e os demais membros da família também estavam bem situados na trama.Mas a Sandra.... Ela conseguiu o ponto certo, o equilíbrio perfeito entre o riso e a lágrima.É ela que, a meu ver, sabota o espectador, nos prende a atenção.Em torno dela tudo acontece.Ela é o dínamo, a razão e o coração a um só tempo.
As comédias românticas sempre me encantaram.Sempre as preferi aos dramalhões ou aos filmes de guerra ou de ficção científica.Talvez pelo fato de ser uma romântica incorrigível.Mas sempre que vejo uma história assim ,de linguagem simples e terna,empolgar os meus jovens alunos, penso que nem tudo está perdido.
Enquanto assistia com eles ao filme, pude perceber a emoção de cada um.Eles torciam pelo Michael, riam do S.J. e se encantaram com Leigh Anne.Pude observar os suspiros das garotas ( e de alguns garotos também!) nas raras, leves e belas cenas de sensualidade do filme ,envolvendo o casal Tuohy.Muitas dessas meninas e desses rapazes são carentes de ternura em suas vidas.Alguns foram levados precocemente à prática sexual sem as orientações devidas ,além da ebulição hormonal pela qual a maioria está passando. Daí o frissom que as cenas de amor sempre despertam em todos eles.Ouvi comentários de uns e outros mais ou menos assim: Que legal, cara.Amigo é assim mesmo, ajuda o outro; Olha lá, ele não a deixou sair do carro; Nossa, duro mesmo vai ser ele conseguir as notas.
Acho que o fascínio do filme, como outros tantos do gênero, está na ternura, na fantasia, mesmo que exagerada.É que as pessoas andam cansadas de tanta violência, de tanto desamor, de tanto abandono.Por isso, quando vemos a maravilhosa interpretação de Bullock num filme tão prosaico , a gente pensa: Não é preciso muito para ser feliz.O problema é que se ninguém fizer o pouco, nada de bom acontece e a sociedade como um todo continuará cada vez mais doente.
Então ao colocar como título deste artigo “A emoção na dose certa”, quis ressaltar que o Bem quando praticado redime muito mais quem o pratica do que quem dele se beneficia. A socialite rica e multifuncional tinha um olhar sem pouso certo, uma amorosidade não tão consistente, até que encontrou Michael Oher.Leigh Anne deixou a sensibilidade aflorar ,mesmo não estando acostumada a parecer frágil.Daí em diante a vida de todos melhorou significativamente.O amor, gratuito e despreendido como deve ser, pode fazer esse milagre.