Brasileiro cria app que lê caixas de remédios para cegos
Lidar com remédios pode ser um desafio para pessoas cegas ou analfabetas. Como diferenciar uma caixa da outra para ter certeza de que está tomando o remédio correto? Um desenvolvedor brasileiro criou um app para auxiliar essas pessoas nessa tarefa. Batizado de Amynk, o app foi criado inicialmente para Android e utiliza inteligência artificial do Gemini para ler as embalagens de remédios a partir da câmera do celular. Seu criador é Bruno Moura, que trabalha como líder de dados nas redes Droga Raia e Drogasil.
As ações do app são coordenadas por comando de voz, incluindo a abertura da câmera. E as respostas com as informações sobre o remédio também são por voz. O app funciona com médicos do mundo inteiro e fala na língua em que o smartphone estiver configurado. Está no roadmap permitir também o reconhecimento das cartelas dos remédios.
“Configurei um prompt para que o Gemini atue como um especialista farmacêutico. Uma vez reconhecido o medicamento, ele fala as informações mais importantes: nome; para que serve; posologia; efeitos colaterais; precauções; e recomendações médicas no final. Fechei o prompt para que retornasse apenas esse conjunto de informações”, explica Moura, em conversa com Mobile Time.
A ideia do app veio depois de ele escutar em um podcast sobre um projeto parecido feito por uma estudante da Paraíba, mas que não usava reconhecimento de voz.
O Amynk ainda não está disponível para download nas lojas de aplicativos. Ele foi desenvolvido para concorrer a um prêmio internacional do Google para soluções que usem o Gemini.
Moura pretende lançar o app gratuitamente até o fim do ano, mas precisa de parceiros para dar conta dos custos. Para evitar a cobrança por requisições a um LLM, poderia usar algum modelo multimodal gratuito – mas ainda seria necessário arcar com os custos do servidor.