GELO SEVERO NAS ALTURAS
GELO SEVERO NAS ALTURAS
O incidente da queda do Avião em Vinhedo SP, no ultimo final de semana, nos trouxe um aprendizado importante quando ao problema do gelo severo nas alturas.
Nós a maioria sabemos que quando mais alta as montanhas maiores é o frio, mas não conseguimos normalmente explicar tal fato.
Nos debates dos motivos da queda do avião surgiram muitas indagações a saber:
1) Um vídeo captado do avião em queda livre, caindo como se fosse uma folha de papel, indicou para os especialistas, que foi fator de transformou o avião em um objeto, tipo pedra, desgovernado, em principio eu pensei, que poderia ter acabado o combustível, mas pessoas testemunharam que os motores estavam funcionando quando o avião bateu no solo, o descaracteriza esta ideia.
2) E por este motivo surgiu então a ideia de que foi gelo severo, que é quando o avião passa por uma região aérea onde houve formação de gelo severo, com alguns tipos de cristais e que então começam a grudar no avião e nas asas principalmente, deformando a aerodinâmica das mesmas, tornando-as incapaz de voar.
2.1) Embora o avião tenha mecanismo para resolver este problema, que é aquecedor da lataria quando da formação de gelo grudando nas mesmas, que faz com que o gelo se solte, e a aeronave em questão tinha o equipamento, o que se deduz que no momento talvez não tenha funcionado adequadamente, levando o avião a se comportar com pedra não navegável nas alturas.
2.2) Outra hipótese que imaginamos é que o piloto não teve tempo, ou não percebeu a tempo ou achou que o equipamento de aquecimento iria funcionar e não arremeteu o avião altura abaixo para aumentar a velocidade de Stoll (velocidade necessária para o avião se sustentar no ar e voar), pois acredito que se o pilo tivesse jogado o avião de bico para baixo imediatamente ao inicio do problema, poderia aumentar a velocidade e sair da zona de congelamento(onde o gelo estava grudando nas asas) e não teria perdido a governabilidade do avião.
2.3) É certo que os avião tem obrigatoriamente voar em aerovias, e só podem sair daquela altitude determinada com autorização das torres vizinhas, que levaria tempo e talvez negação de mudança em virtude de certezas de aviões que transitavam naquele momento em um raio de ação muito pequeno para a velocidade em que voava, não sabemos ainda se o pilo tentou as duas coisas conseguir autorização, ou arremeter de bico para baixo para aumentar a velocidade, e não podemos esquecer que o avião estava muito próximo do terceiro aeroporto mais movimentado do Brasil, (Viracopos).
De qualquer forma, um outro avião que passou pela região uma hora antes, teve filmado formação de gelo nas asas, ato que inclusive colocou o voo em risco, pois o equipamento de congelamento não deveria permitir a imagem do vídeo que mostrou gelo nas asas.
A imagem da meteorologia no momento mostra realmente imagem de muita nuvens na região, e nuvens normalmente são ( o ar frio, que ao receber o ar quente subindo entra em ponto de orvalho, ou seja, formam gotículas de agua, e se a temperatura for muito fria no local, poderá transformar em gelo severo, transparente ou não de diversas formas, que dificulta a passagem do avião, e poderá então se não tiver o equipamento descongelante grudar no avião ou nas asas do mesmo, levando a perder a voabilidade e desgovernar e perder velocidade de sustentação e entrar em Stoll e eventualmente a cair como poderia ser o caso.
Voltando à altitude e ao ar fria, na atmosfera quanto mais alto mais fria, e é normal temperaturas de 0 º, até -40º em altitudes acima de 3 km, bem como a partir de 4 km mais ou menos o ar rarefeito (falta de oxigênio), não permite que os passageiros respirem adequadamente, o que faz necessário aviões de altitude voando pressurizado com fornecimento de oxigênio suficiente para a saúde dos mesmos.
Pare que o problema surgiu a 17.000 pés, aproximadamente 5.500 mts de altitude, quando o avigão então entrou e Stoll e começou a cair como se fosse uma folha de papel, tendo caído para 4.000 pés em aproximadamente 1 a 2 minutos, que não é uma velocidade muito grande para um avião, pois esta queda foi entre 120 e 240 km por hora, velocidade inclusive sustentável para o ser humano, a não ser quando pressurizado, pois quando o avião sobre acima de 14.000 pés, precisa pressurizar e quando desce abaixo desta altitude precisa fazer o inverso despressurizar, pois a pressurização abaixo desta altitude é insuportável para o ser humano.
De qualquer forma elementos naturais do plante que gira a mais de 2.000 km por hora, e viaja em volta do sol a mais de 40 000 km por hora, só faz com que não percebamos estas velocidades por que estamos presos a gravidade do planeta, e assim nossa movimentação ou mesmo do avião que pode atingir 900 km por hora, só é possível com impulsão nossa ou dos motores do avião para fugirmos da gravidade e tudo sem considerar a movimentação da grande nave (o planeta).
Estes elementos que no caso foi norteador do resultado queda talvez, o gelo severo é muito natural e é por isto que os aviões que voam acima de 14.000 pés, tem que ter o descongelar das asas para que os gelos não grudem nas mesmas fazendo perder a aerodinâmicas de voar.
Não podemos esquecer que o avião é revisado, testado, feito manutenção, etc., mas sempre poderá também alterar as condições de funcionamento por um ou outro motivo, o que acontece de forma muito rara, levando os aviões serem os veículos de transporte mais seguro do mundo.
Não esqueçamos então que existe gelo severo formando nas altitudes, podendo serem gelo seco, ou gelo cristais, ou outros tipos, e que aviões a passarem por estas nuvens de gelos precisarão ter equipamentos descongelantes em funcionamento para não permitir que os mesmos venham grudar ou aderir as asas dos mesmos. 12/08/2024.