Cerca de 180 milhões de anos após o big bang, o evento explosivo que ocorreu há 13,8 bilhões de anos e deu origem ao universo, as primeiras estrelas se acenderam. Nessa época, que corresponde a menos de 3% da idade atual do universo, a gravidade começou a moldar as primeiras galáxias, cerca de 400 milhões de anos após o big bang. Atualmente, os astrônomos acreditam que quase todas as galáxias, com algumas possíveis exceções, estão envoltas em enormes halos de matéria escura. De acordo com modelos teóricos, no início do universo, longos filamentos de matéria escura forneceram o suporte gravitacional necessário para que a matéria normal se unisse e formasse as primeiras galáxias.

 

Pequena Nuvem de Magalhães por ESA/ Hubble

 

No entanto, ainda existem questões em aberto sobre o processo de formação das galáxias. Algumas teorias defendem que as galáxias surgiram a partir de aglomerados menores, conhecidos como aglomerados globulares, compostos por cerca de um milhão de estrelas. Outros argumentam que as galáxias se formaram primeiro e, em seguida, deram origem aos aglomerados globulares.

 

Além disso, é desafiador determinar quantas estrelas de uma galáxia específica se formaram in situ, a partir de seu próprio gás, em comparação com aquelas que se formaram em outra galáxia e migraram posteriormente. Instrumentos avançados, como o Telescópio Espacial James Webb da NASA, permitem que os astrônomos explorem os recantos mais distantes do universo, incluindo seus primeiros momentos, e ajudarão a esclarecer essas questões persistentes.

 

As galáxias que não se enquadram nas categorias de espirais, lenticulares ou elípticas são chamadas de galáxias irregulares. Essas galáxias, como as Grandes e Pequenas Nuvens de Magalhães que cercam a Via Láctea, apresentam formas desordenadas e não possuem uma estrutura distintiva, muitas vezes devido à influência gravitacional de outras galáxias próximas. Elas são ricas em gás e poeira, o que as torna ambientes propícios para a formação de novas estrelas.