A DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA GLOBAL E RESILIÊNCIA DOS HIDROCARBONETOS
O petróleo ainda será útil pelos próximos cem anos, ou mais, obviamente, com mais tecnologias na extração e produção de seus vários derivados, que chega até a remédios e alimentos.
A energia elétrica ainda tão cedo não poderá prescindir da matriz hidrocarboneta (gás e petróleo), embora, se ampliem as matrizes eólica, solar, hidrogênica, nuclear e outras (lixo, esgoto, etc).
Sou eco-humanista, portanto, defendo o meio-ambiente e a preservação dos ecossistemas, mas sem deixar de compreender a necessidade do desenvolvimento humano sustentável, onde as riquezas naturais do planeta Terra sejam utilizadas com ciências, planificação e responsabilidade.
Os extremismos político-econômicos não farão bem à proteção do nosso planeta e no campo ambiental penso que um maior equilíbrio se obterá na condução político-econômica mais pragmática, que equacione e propicie equidade e universalidade à cadeia global de produção e consumo.
A lógica global necessita ser menos capitalista, hoje o sistema econômico-político hegemônico no mundo, e mais ecossocialista-democrática, que vise propiciar mais bem-estar e qualidade de vida à toda humanidade protegendo a fauna e a flora e o equilíbrio da vida na Terra.
Neste contexto, os hidrocarbonetos serão ainda úteis por muito tempo e cabe às sociedades humanas e seus estados-nações saberem explorar e industrializar esse recurso natural finito.
Responsabilidade ecossocial, que resolva as equações da sustentabilidade eco-ambiental e da necessária sustentabilidade do desenvolvimento humano, pois ciências existem, onde extrair os hidrocarbonetos não seja sinônimo de desastre e destruição dos ecossistemas.
Que os seus processamentos industriais degradadores sejam superados e a utilização econômica não represente mais desigualdades sociais, pobreza, miséria e degradante poluição planetária.
Este é um dos grandes desafios científicos e políticos-econômicos à toda humanidade, neste século e nos séculos vindouros, para que o aquecimento global seja contido e a Terra siga sendo o lar da humanidade e de toda a fauna e a flora, que compartilha a vida aqui conosco.
Claro que, sem perdermos de vista a prospecção da substituição de recursos naturais, como os hidrocarbonetos, que haverão de se exaurirem e se extinguirem na Terra, e substituí-los por outros recicláveis e efetivamente sustentáveis e não poluentes.