Interpretação de Sonhos - Como Fazer
INTRODUÇÃO
Devido à extensão do tema “Interpretação de Sonhos” o conteúdo foi separado em alguns artigos. Os quatro anteriores trataram: o primeiro de seu significado; o segundo de sua importância e dos benefícios trazidos pela interpretação; o terceiro sobre a abordagem junguiana à interpretação dos Sonhos; e o quarto sobre as técnicas e etapas da interpretação de Sonhos. Este tratará de como fazer a interpretação de Sonhos.
Dentro de o propósito estabelecido, com este artigo conclui-se o embasamento teórico, julgado necessário, para a interpretação dos Sonhos.
Antes de desenvolver-se a orientação ao Sonhador de como fazer a interpretação de Sonhos, apesar de não ser suficiente, vamos rever alguns conceitos julgados necessários e relevantes abordados nos artigos anteriores.
CONCEITOS RELEVANTES
Psique
O termo psique tem origem no grego “psyché”, alma. A Psique refere-se a tudo o que é formado pelos fenômenos inerentes à personalidade, ou alma humana. Sentimentos, pensamentos e percepções se desenvolvem na Psique, que permite que o ser humano se relacione e se adapte ao meio, por meio de processos.
Consciente
Consciência Pessoal (Consciência) - corresponde à percepção consciente ordinária
Inconsciente
Não sabemos o que é realmente o Inconsciente, mas conhecemos suas manifestações: Sonhos; visões; padrões de comportamento; afetos; mitos; contos de fadas; e as consideradas doenças psíquicas.
Inconsciente Pessoal, ou individual
Exclusivo de Psique individual, mas não consciente. Vizinho ao Consciente, constituído pelos elementos da história de nossa vida pessoal: conteúdos reprimidos; percepções subliminares; conteúdos de memória desnecessários; e Complexos.
Inconsciente Coletivo, ou Psique Objetiva
É a camada do Inconsciente onde todos os humanos são iguais. Diferente do Inconsciente Individual, que depende das experiências de cada indivíduo, o Coletivo é a camada mais profunda da Psique e constitui-se dos materiais que foram herdados da humanidade: padrões de vida, símbolos, imagens que fazem parte de nossa natureza psíquica – as Imagens Arquetípicas.
Si-mesmo, ou Self
É o centro de toda a personalidade. Dele emana todo o potencial energético de que a Psique dispõe. É o ordenador dos processos psíquicos.
É o principal Arquétipo do Inconsciente Coletivo, o arquétipo da ordem, da organização e da unificação; atrai a si e harmoniza os demais arquétipos. Confere à personalidade um sentido de unidade.
Individuação
É a busca da unicidade. É a Psique indo ao encontro de seu centro. É a volta do Ego as suas origens.
No Inconsciente existe espécie de instinto profundo de totalidade, de personalidade única em nós; instinto que atua sobre o homem e o impele a procurar a totalidade e a perfeição – Desejo de Individuação.
Imagens Arquetípicas
É o conteúdo básico de o Inconsciente Coletivo, ou Psique Objetiva. São imagens profundas e fundamentais que se formam pela ação dos Arquétipos, sobre a experiência que vai se acumulando na Psique Individual.
Arquétipos e Símbolos
São importantes conceitos junguianos e estão intimamente ligados. Os Símbolos são as manifestações exteriores dos Arquétipos. Os Arquétipos só podem-se expressar através dos Símbolos, em razão de se encontrarem velados profundamente no Inconsciente Coletivo.
Processo de Individuação
Processo de vida real em que tentamos consciente e deliberadamente compreender e desenvolver as potencialidades individuais inatas de nossa Psique.
Sonho
É processo psíquico regulador, análogo aos mecanismos compensatórios de nosso organismo. É expressão de nosso Inconsciente, em linguagem simbólica, na qual nos é revelada parcela de conhecimento, que nos torna mais conscientes e desenvolvidos.
Os Sonhos são originados no Inconsciente, cumprindo seu propósito a serviço do Processo de Individuação, se constitui de experiência pessoal, na qual, por meio de linguagem simbólica nos é revelada parcela de conhecimento, que nos torna mais conscientes e desenvolvidos.
Ego Vígil
Denominação dada ao Ego quando se está em vigília. É o responsável por tudo que é feito em nome da Psique e, inclusive, está sujeito a prestar contas à sociedade.
Ego Onírico
Denominação dada ao Ego quando se está sonhando. Tem características distintas do Ego Vígil.
A atividade do Ego Onírico, no mundo dos Sonhos, é extensão do mesmo Processo de Individuação, que constitui a mais profunda tarefa do mundo vígil. Assim, a relação do Ego Onírico com o Ego Vígil é vista, portanto, como uma interação profundamente útil para a evolução e realização individual. Esse diálogo entre o Ego Vígil e o Sonho mediado pelo Ego Onírico, é parte do mais amplo diálogo entre o Ego e o Si-mesmo.
Interpretação de Sonhos
É espécie de atividade tradutora da linguagem simbólica em que os Sonhos se expressam. Quando sonhamos, aquele pensamento, ou sentimento que expressaríamos com palavras e que nosso Ego Vígil está bem familiarizado, passa a ser expressos por meio de símbolos. É nosso Ego Onírico que nos traz essas imagens, esses símbolos, essas histórias em metáforas...
Imagem Onírica Objetiva
É aquela que corresponde à realidade. É explícita e não traz qualquer dificuldade para interpretação dentro do contexto do Sonhador. São imagens compensatórias do mundo vígil, referentes ao cotidiano.
Imagem Subjetiva
É aquela que não corresponde à realidade. É velada, mesmo que a imagem pertença à realidade do Sonhador, ela traz implícito um significado. São tão diversas que foram criados glossários de Sonhos.
Essas imagens subjetivas ocorrem em Sonhos em momentos críticos da vida do Sonhador e ao Sonhador envolvido com seu Processo de Individuação.
Técnica de Associação de Imagens Oníricas para Interpretação de Sonhos
Consiste em exprimir pensamentos e sentimentos que surgem com as imagens de Sonhos. Um bom começo para interpretar Sonhos é estimulando essas associações com perguntas a respeito das imagens surgidas nos Sonhos. Basicamente sobre o que o Sonho despertou emocionalmente e racionalmente.
Essas associações revelam a natureza do Complexo e o quando de seu desenvolvimento em torno de núcleo arquetípico. Na prática, pessoas, lugares, ou eventos conhecidos têm grandes probabilidades de conter um significado objetivo. Entretanto, especialmente, quando as imagens oníricas vêm acompanhadas de pronunciado tom emocional, podem referir-se a realidades intrapsíquicas do Sonhador.
Imaginação Ativa
Consiste no processo de desdobramento de uma imagem onírica, ou uma associação do Sonhador, que as desenvolve, deixando a fantasia trabalhar livremente. O processo se daria por determinadas condições psíquicas inconscientes que, utilizando-se do material consciente disponível, atuariam como reguladoras e como estimuladoras da atividade criadora da fantasia.
Ampliação (Amplificação)
É técnica de associação que envolve, em linhas gerais, “o uso de paralelismos pessoais, míticos, históricos e culturais a fim de esclarecer e ampliar o conteúdo metafórico do simbolismo onírico.
A ideia é que se parta de um fio condutor (algo que faça parte do mundo do Sonhador) comum ao tema trazido para que ele se enriqueça, criando-se, assim, um “tecido psicológico” mais amplo no qual se possa melhor contextualizar e visualizar a imagem trazida.
A Ampliação de imagem onírica é progressiva, pois se faz, primeiramente, encontrando as associações pessoais. Em seguida as imagens culturais e transpessoais e, por último, a ampliação arquetípica. Esta última considerada dispensável quando a interpretação é feita pelo Sonhador.
Circo-ambulação
Consiste em girar ao redor da imagem onírica, em especial as Imagens Oníricas Subjetivas. Olhar essa Imagem Onírica sob os mais diversificados ângulos, ter as mais variadas perspectivas sobre a mesma e desdobrá-la nos mais variados significados
PASSOS PARA A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS PELO SONHADOR
Os passos para a interpretação dos sonhos, sem auxílio de um analista são: Registro dos Sonhos; Exploração dos Sonhos; e Compreensão da Mensagem.
REGISTRO DOS SONHOS
A primeira coisa a fazer com os Sonhos, se a interpretação for pelo Sonhador, é proceder como se em análise estivesse:
- Manter um diário de Sonhos perto de onde dorme e, ao acordar, registrar tudo o que lembrar de os Sonhos.
Fazer de forma mais completa e detalhada possível: observações relacionadas às emoções sentidas; e pensamentos e emoções durante a descrição dos sonhos.
Tornar o registro de Sonhos um hábito, um ritual de todos os dias, ao acordar.
- Registrar todos os Sonhos, mesmo aqueles que não fazem sentido. Sonhos que não fazem sentido ou pareçam estar fora de contexto, podem ser valiosos.
Ao se recordar Sonhos, a consciência modifica-se gradual e muito sutilmente. Acrescenta-se nova dimensão à vida.
Algumas vezes, refletem essas modificações. Por exemplo num Sonho descobre-se novos quartos na mesma casa onde se vive há tanto tempo, ou muda-se para casa maior e mais luxuosa. Sonhos que expressam as mudanças que estamos passando.
EXPLORAÇÃO DOS SONHOS REGISTRADOS
São três as formas mais utilizadas na exploração: Revivência; Meditação; e Imaginação Ativa
Revivência
Essa exploração é espécie de anamnese dos Sonhos e consiste em o Sonhador fazer para si algumas perguntas:
Como me senti no Sonho?
Qual parecia ser meu sentimento, na sequência dos vários acontecimentos do Sonho?
Que impressão me causaram tais e tais figuras do Sonho?
Que pensamento me traz essa ou aquela figura do Sonho?
Quando senti essa emoção, ou tive esse pensamento em vigília? Recente ou no passado?
Vi coisas no Sonho que já foram experimentadas?
Que aspectos de minha vida podem ser encontrados no Sonho? Algum aspecto encontrado relaciona-se a minha vida e exige preocupação ou muita disposição minha? E, sobretudo
Por que será que tive esse Sonho?
Não esquecer que Sonhos são enviados por inteligência superior, com motivos e propósitos específicos. Ao respondermos “Por que tive este Sonho?”, nos aproximamos do sentido do mesmo.
Meditação
Podemos explorar os Sonhos também pela meditação. Servimo-nos de cena, símbolo ou imagem do Sonho, como objeto de contemplação.
Ao meditar sobre os Sonhos encontra-se mais energia para a vida, pois os Sonhos contêm grande quantidade de energia. Imagine essa energia fluindo e refluindo do Inconsciente para o Consciente, depois voltando, em circulação permanente.
A energia acumulada no Consciente deve ser utilizada e substituída por outra nova. O Inconsciente é grande fonte de energia e a meditação sobre os Sonhos faz conexão com a mesma.
Imaginação Ativa
Técnica de relacionamento com o Inconsciente e desenvolvida por Jung. Eficaz para extrair as coisas do Inconsciente.
A Imaginação Ativa parte de manifestação do Inconsciente e tenta entrar em relação consciente com o Inconsciente. É ativa porque é realizada em vigília, com o Sonhador atuando no processo. Também, é imaginação porque permite que o Inconsciente se apresente a nós espontaneamente.
Por estarmos despertos e com a Imaginação Criativa, construirmos respostas e conclusões. A experiência é diferente daquela do Sonho.
De forma semelhante aos Sonhos, também, podemos utilizar a Imaginação Ativa com fantasias, ou seja, através de imaginações, que não param de assaltar nosso Consciente.
Se a fantasia surge espontaneamente, significa que recebe energia do Inconsciente e que nela há algo que possui objetivos. Interagindo deliberadamente com essa fantasia, através da Imaginação Ativa, temos oportunidade de melhorar a relação com a grande fonte de energia que é o Inconsciente, a qual, doutra maneira, se tornaria obsessiva em nós.
Há um leve perigo no trabalho da Imaginação Ativa, o de darmos início ao seu fluxo e não sermos capazes de fazê-la parar.
A técnica pode ser realizada de duas formas: diálogo; e história.
Diálogo
É a maneira mais simples, pois quase sempre, se processa nas mentes como um diálogo. Simplesmente, registra-se esse diálogo por escrito. Assume-se nesse diálogo o papel de um dos protagonistas.
Não é raro, quando estamos conscientes de que espécie de discussão desenvolve-se em nossas mentes. “Voz” dentro de nós, independente, autônoma, atormenta nossas mentes. Voz com pensamentos, que julgamos impossíveis de serem nossos; voz acusadora, crítica, espécie de promotor interior, que faz comentários sobre nós, e nos faz sentir inferiores, indignos...
Atuar com a Imaginação Ativa seria escrever o que o promotor interior nos diz, tomar posição definida e responder em confronto com a voz acusadora.
Entretanto, também há voz positiva, espécie de assessor, ou conselheiro, que experimentamos quando, subitamente, nos vem pensamento criativo e bom. Nesses casos, também nos relacionamos com esta voz positiva que nos guia, e registramos por escrito.
História
Técnica aplicada, principalmente para: Sonho que não chegou à conclusão satisfatória, mas terminou abruptamente; e Sonho, cuja resposta, ou conclusão trazida descontentou o Sonhador.
Completa-se, imaginando o desfecho do Sonho, ou outra conclusão. Não dê atenção a provável voz retrucando: “isso não tem significado, é apenas uma composição.”
Escreve-se, como se fosse uma história, tudo que ocorre à medida que se completa e /ou se conclui o Sonho. Assim, o Inconsciente pode nos oferecer as imagens que necessitamos.
Apesar dessa técnica ser a aconselhada para quando o Sonhador interpreta os próprios Sonhos, pode-se utilizar, com muito mais dificuldades, as outras técnicas apresentadas anteriormente.
COMPREENSÃO DA MENSAGEM
Depois de ter registrado os sonhos e de tê-los explorados dentro dos princípios e técnicas experimentados com êxito, vai ocorrendo série de estalos mentais em que a linguagem do Inconsciente é compreendida pelo Consciente.
A abordagem mais eficaz dessa etapa final da Interpretação dos Sonhos é com a ilustração dum caso. Para facilitar a ilustração, será utilizado um dos temas oníricos comuns, Sonhos com casas.
Ilustração de Interpretação de Sonhos
Identificação do Sonhador
Mulher na faixa dos 35 anos, solteira e que vive com mãe incapaz mentalmente.
Contexto da Sonhadora
Tem consciência de que têm problemas e inclusive já recorreu a ajuda psicanalítica, mas interrompeu.
Sente raiva da mãe por ter sido bastante negligenciada na infância e sente-se incapaz de lidar com o problema porque a mãe é insana mentalmente e não pode ser responsabilizada.
Registro do Sonho (Sonho que já se repetiu outras vezes)
Preciso reformar uma casa para a qual terei que mudar. Casa velha com mofo nas paredes, a mobília velha e mal cuidada, cobertas por lençóis e com algumas peças quebradas. Caminho pela casa com medo e falo com alguém desconhecido que me acompanha o que preciso fazer para poder mudar.
Nesse Sonho, com frequência significativa, a casa tem salas secretas e, algumas vezes, com escadas bizarras que rodeiam o lugar, mas sem ligação com algum lugar.
Exploração do Sonho
Senti-me com medo de caminhar pela casa.
Senti raiva de ter necessidade de mudar para casa tão abandonada.
Senti ansiedade e de estar perdida, quando encontrei as salas secretas e as escadas bizarras.
O sentimento raiva sinto por minha mãe, na vida real. E ansiedade sinto, em vigília, toda vez que penso nas mudanças que tenho que fazer na minha vida.
O Sonho registra aspectos de minha vida: negligência durante a infância e espécie de preguiça ou impotência de resolver meus problemas.
Tive esse Sonho para que reconheça que estou precisando de ajuda e volte à terapia.
Compreensão da Mensagem
É como o Inconsciente estivesse mostrando-me que deixei os problemas de infância ficarem lá por muito tempo, juntando poeira, acumulando mofo, negligenciados, mas que já está mais do que na hora de mudanças. Está na hora de trata-los adequadamente.
Somente para efeito comparativo, vamos encerrar essa ilustração com o que dizem os estudiosos sobre esse tema onírico comum, casas.
As casas aprecem nos sonhos como imagem da Psique.
Casas bem cuidada, confortável nos Sonhos representam que o Sonhador está satisfeito consigo mesmo, pelo menos no momento do Sonho.
Casas mal conservada, suja, ou em ruínas, o Sonhador deve analisar que problema precisa de melhorias.
Dependências desconhecidas, secretas indicam áreas inexploradas da Psique.
Partes da casa são simbolicamente importantes, como exemplos:
Porão- lugar da Psique onde se guarda atitudes, comportamentos, lembranças que se gostaria de esquecer ou camufla-las;
Sótão – onde, na Psique, são guardadas ideias e metas espirituais. Onde se guarda aquilo que perdeu utilidade. Se o Sonho acontece no sótão alguma coisa precisa ser trazida de volta a sua vida e ser enfrentada.
Cozinha - Lugar de transformação de alimentos em pratos para as refeições. Às vezes, nos Sonhos simbolizam laboratório alquímico, lugar das mais profundas transformações. Quando um Sonho acontece na cozinha é sinal que algo está em preparação: ideia, mudança...
Banheiro – Podem simbolizar, no aspecto emocional, alívio ou dificuldade para se soltar.
CONCLUSÃO
Julga-se que o material pesquisado e transformado em série de artigos prepara satisfatoriamente todos aqueles que tiverem interesse em utilizar a Interpretação dos Sonhos como ferramenta de autoconhecimento e de Processo de Individuação.
Essa série de artigos dividiu-se em dois blocos um voltado para o entendimento dos princípios básicos da psicologia junguiana e outro voltado para o entendimento dos Sonhos e sua interpretação
Este bloco voltado para o entendimento dos Sonhos e de sua interpretação encerrou-se com este artigo que, por sua vez, teve como último passo para a interpretação, a compreensão da mensagem trazida pelo Inconsciente por meio dos Sonhos, praticamente, por meio de ilustração da interpretação dum Sonho.
Encerra-se, assim, essa série dedicada a utilização dos Sonhos como ferramenta de autoconhecimento, evolução individual e de terapia. Ainda temos a intenção de reforçar esse entendimento sobre a interpretação de Sonhos com novos exemplos de interpretação de Sonhos.
FONTES
LIVROS:
Jung e a Interpretação dos Sonhos – James A. Hall
Os Sonhos e a Cura da Alma - John A. Sanford
SITE
pt.wikihow.com
ENDEREÇOS RELACIONADOS
FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA JUNGUIANA (Psicologia; Psique; e Estruturas Gerais)
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6764031
FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA JUNGUIANA – ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS
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FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA JUNGUIANA – INCONSCIENTE, SI MESMO E INDIVIDUAÇÃO
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O QUE SÃO OS SONHOS
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COMPLEXO – SIGNIFICADO, CARACTERÍSTICAS E MANIFESTAÇÕES
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